Estamos em meados do final do mundo, e a massagem existe desde o começo dos tempos como intuição e sensibilidade aos sentidos da cura. É uma medicina milenar que se fundamenta no equilíbrio da energia do corpo. Seja pelo tato ou sabedoria, ela se manifesta de forma eficaz por parte de quem pratica e cultiva essa técnica.
Por algum motivo, o seu sentido foi deturpado no decorrer do tempo, para mascarar outros tipos de trabalhos corporais, e hoje infelizmente sofremos vestígios desse disfarce, de forma que grande parte do público que procura esses serviços acaba chegando com segundas intenções, com uma visão errada sobre esse tipo de trabalho.
Então algumas pessoas diferem a massagem ou a massagista como classe erótica, enquanto a massoterapia e a massoterapeuta como uma profissional clínica. No entanto, ambas são profissões milenares não eróticas, bem como seus profissionais. Não há por que seguir com tal classificação, pois, em suas infinitas técnicas terapêuticas, o erotismo não se fundamenta em raiz, logo não há necessidade em seguir com tais classificações.
O erotismo, na verdade, se manifesta em tudo, desde a terra que germina e brota, a chuva que cai do céu, aos nossos pés escondidos como nossas nádegas. Enfim, não há como rotular o erotismo com a massagem, pois muitos profissionais acabam se prejudicando e até largando a profissão por tal preconceito. Ao saírem da teoria e irem pra prática, muitos não têm jogo de cintura para driblar equívocos.
Todas as vertentes são no âmbito de bem-estar e lazer, para bebês, gestantes, mulheres, homens, LGBT, idosos, e assim por diante. E inúmeras técnicas para “n” situações, desde dores, estresse, cólicas, redução de medidas, rejuvenescimento, circulação, libido, enfim, mas sempre nessa vertente de tratamento de uma patologia, mesmo na linha sagrada do tantra, em que se observam os distúrbios sexuais.
Outro tipo de profissional que trabalha em outra linhagem sem essa ética terapêutica não é melhor nem pior do que ninguém, apenas optou por seguir com tal prática, então merece todo o respeito de qualquer pessoa, pois tem o direito de existir e ser quem é. No entanto, tem o direito de ser verdadeiro com seu ofício e não se mascarar com nomes de profissões alheias.
Você também pode gostar
Bem como um terapeuta holístico trata de um ser humano com um olhar oriental e suas práticas, apesar de estar lidando com um ser humano, não se designa um médico “doutor” – pois um médico tem um olhar ocidental alopático, e são práticas e técnicas diferentes, como os nomes. É muito importante que esse conceito seja expandido, pois é uma questão de informação, de coletivo de classe trabalhadora se designar, para conquistar mais respeito e espaço no mercado.
Por mais que, um dia, tenhamos um hospital que ofereça massagem como na Índia, e uma sessão com um massoterapeuta, terapeuta holístico, terapeuta corporal, massagista, acupunturista, seja mil vezes melhor e mais satisfatória que com um doutor alopático, ainda que dividam o mesmo espaço, não terão o mesmo nome, bem como como enfermeiros, anestesistas, se diferem enfim.
Sigamos com a verdade e informação, valorizando esses profissionais tão queridos e tão necessários em uma sociedade, impedindo que sejam ofendidos ao serem confundidos com outras práticas, e que as máscaras caiam, e a boa nova siga como o vento flui e permeia em todos os cantos.
Que todos os seres sejam felizes!