Meditação consiste na atividade de interiorizar seu pensamento a fim de desconcentrar sua mente daquilo que está acostumada, com as visões, sons e sensações do mundo externo, do dia a dia. Com a prática, busca-se maior autoconhecimento e controle do corpo e da mente.
Aquele que medita passa a controlar respiração, movimentos do corpo e consequentemente a relaxar e compreender melhor seus pensamentos, o raciocínio e subconsciente.
Existem algumas vertentes da meditação. A prática é milenar e original da Índia. Pode estar associada a religiões como o budismo, que teve sua prática iniciada pela figura do Buda Shakyamuni, o qual disseminou a meditação como filosofia e atividade ligada a religião.
Atualmente, não é necessariamente espiritual ou atrelada a religiosidade, é comum também como simples prática de autoconhecimento e relaxamento, até mesmo como tratamento médico alternativo.
Preceitos da meditação budista
A meditação budista busca atingir o estado conhecido como Nirvana. A Nirvana é considerada um estado de paz prolongado em que a consciência do corpo é intensa e duradoura. A filosofia budista ainda associa a prática à libertação e paz ao ser humano.
Os praticantes desta vertente da meditação a levam como um estilo de vida mais do que como um simples momento de paz.
O budismo dita a meditação com metodologias como:
Vipassana:
O método Vipassana é a meditação focada na consciência realista, ou seja, tem como principal objetivo livrar o ser humano das visões acostumadas e iludidas da rotina comum. O desenvolvimento deste tipo de meditação permite que o indivíduo tenha uma noção mais realista e esclarecida sobre a natureza e comportamento humanos.
Sua prática inclui desapego às coisas materiais e às pessoas, com conhecimento mais profundo da vivência e experiência.
Smatha:
A corrente Smatha de meditação também envolve o afastamento das distrações comuns do dia a dia em prol de maior concentração no ser. Desenvolve-se o controle das sensações com foco no fortalecimento da compaixão e eliminação de sentimentos ruins em relação aos outros.
Prática budista
A prática em si envolve a realização de posições como aquela denominada lótus. Nesta posição a pessoa deve permanecer sentada com as pernas cruzadas, coluna ereta e ombros voltados para trás. Os músculos devem estar relaxados, os olhos preferencialmente fechados e as mãos viradas para cima apoiadas nos joelhos.
Durante a meditação, a respiração é um dos fatores mais importantes para que a interiorização seja efetivada. O fluxo de energias depende da respiração regrada e controlada para que os chácaras se equilibrem.
Para isso, anteriormente à meditação, os praticantes fazem uma sequência inicial para que a respiração entre em ritmo adequado. Ela funciona da seguinte maneira:
– Inspirar (puxar o ar) ao mesmo tempo em que a mão direita tapa a narina esquerda. Em seguida expirar (soltar o ar) esticando os dedos da mão esquerda que está sobre os joelho.
– Esta sequência deve se repetir com a troca de mãos. Ou seja, a próxima inspiração será pela narina esquerda com a mão esquerda tapando a outra narina, enquanto a expiração será feita com os dedos da outra mão sendo esticados.
Este procedimento funciona como uma limpeza de energia, eliminando tudo aquilo que é ruim de dentro do corpo.
O local adequado para a prática deve estar em silêncio e paz. A meditação pode ser feita no chão ou em bases de madeira, preferencialmente em cima de uma almofada.
Benefícios da meditação budista
A meditação não tem contraindicações. Como dito, é uma prática de relaxamento que pode ser feita por qualquer um, basta vontade e desempenho em tirar alguns minutos de seu dia para se conhecer melhor.
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Aquele que opta por inserir a meditação em sua rotina só percebe benefícios.
Ter um momento para olhar para si e esclarecer suas visões, livrando-se de pensamento enraizados pelo que vivemos no “mundo externo” faz com que o estresse, a ansiedade e do descontrole sejam diminuídos, trazendo apenas mais autoconfiança, autoestima e bem-estar.
É sempre tempo para iniciar. Tente começar a meditar, comece aos poucos, as práticas não precisam ser de longa duração. Ao longo do tempo se tornará um refúgio prazerosos e uma atividade costumeira e de bem.