Autoconhecimento Meditação

Meditação X Medicação para atenção

Escrito por Juliana Ferraro
Um mês atrás assisti a um filme (muito bom, por sinal) que em português chama “Sem Limites”. É sobre um escritor que está super fracassado e ele encontra um antigo amigo que é traficante e lhe oferece uma pílula que vai mudar a sua vida.

Ele toma essa pílula mágica e fica concentrado. Organiza sua vida, tem energia, foco e criatividade. Ele percebe tudo ao seu redor e consegue ligar fatos, ideias e informações de forma rápida e ágil. Resumindo: ele fica presente. A vida dele vai mudando muito: contratos, dinheiro e parceiros. Mas acontece que ele fica viciado nessa pílula e não consegue mais fazer nada sem ela. Mesmo percebendo os efeitos não desejáveis, ele não pode parar de tomar.

No início, eu super liguei que os efeitos dessa pílula são iguais aos da meditação. Isso me marcou muito na primeira vez que fiz o curso de Meditação Vipassana de 10 dias, quando voltei para casa, eu estava tão presente, atenta, concentrada, focada e com energia. E cada vez que volto para o curso, eu sinto a mesma coisa. E para manter isso, basta seguir mantendo a disciplina de meditar em todos os dias. O foco permanece, a paciência, a atenção e a energia. Em resumo: presença!

Para mim, esse filme me mostrou como a meditação é poderosa. Só porque eu liguei os fatos com a minha experiência e não porque no filme fala sobre isso.

Porém logo descobri que esse filme é uma demonstração do que está acontecendo na realidade por aí, principalmente nos EUA. A indústria farmacêutica está faturando trilhões de dólares vendendo medicamentos para TDAH que dão os efeitos como os do filme.

Desde que estudei psicologia, tínhamos um grupo de estudo e foi quando começaram a aparecer os diagnósticos de TDAH. Para a gente, estava muito claro que viraria uma epidemia. É muito mais fácil fazer um teste duvidoso, montado a partir de pesquisas pagas pela indústria farmacêutica, diagnosticar o transtorno e medicar. E magicamente a criança fica obediente, concentrada e tira boas notas. Mas a gente sabia que a base para esses remédios é anfetamina, que em doses maiores é ilegal e considerada droga, em baixas doses chamamos de remédio e legalizado.

Quanto mais tempo meditar, mais saúde, mais calma, mais criatividade e mais compaixão.
Anfetamina é um estimulante, tem tudo o que uma droga ilegal tem: causa dependência, precisa sempre aumentar a dose para fazer o mesmo efeito, destrói a mucosa do estômago, sobrecarrega o fígado, causa problemas cardíacos, leva ao consumo de outras drogas (remédios para dormir). E a longo prazo ainda precisamos ver o que vai acontecer com as crianças que começaram a ser medicadas seis anos atrás.

E mesmo sendo vendidos sob prescrição médica, parece relativamente fácil conseguir uma receita para isso. Além de que as indústrias pagam os médicos para emitir receitas. É uma corrupção absurda!

E por isso que muitos adultos, adolescentes e jovens que querem melhorar sua performance nas faculdades, esportes e trabalho andam tomando Ritalina para estudar, jogar ou trabalhar. No começo, parece apenas maravilhoso… Quando os efeitos colaterais aprecem, fica difícil parar de tomar.

Onde eu quero chegar com isso? Gente! Meditação! Você não precisa de uma pílula mágica que vai acabar com a sua saúde física e psicológica para se concentrar e pensar. Você precisa trabalhar internamente, dedicar um tempo do seu dia e silenciar. Meditar. E a longo prazo isso só melhora.

Tem uma criança que não consegue se concentrar? Ensine-a a meditar!

É de graça e todo mundo pode!

Pratique e tudo virá!


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Sobre o autor

Juliana Ferraro

Juliana Ferraro é psicóloga por formação e viajante por amor às coisas novas da vida. Seu contato com diferentes línguas e culturas começou quando ela ainda trabalhava no Club Méditerranée. Depois fez um mochilão pelo mundo em busca de autoconhecimento. Em pouco mais de um ano conheceu diversos países asiáticos, em especial a Índia, onde fundou uma paixão profunda pela yoga e pela meditação. No Brasil: morou, deu aulas de yoga e se formou como massoterapeuta, em Paraty, RJ. Foi nessa época que concluiu quatro cursos de dez dias de meditação Vipassana e se aprofundou na prática de Ashtanga Yoga. Hoje, ela está estudando Ashtanga Yoga no KPJAYI, em Mysore, Índia. E dá aulas de Ashtanga Yoga online.

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