Meditações Conduzidas – Histórias com Osho

Olá! Eu vou contar algo que acontecia na presença do Osho durante os seus discursos e também vou propor que nós façamos uma meditação conduzida por ele, disponibilizando vídeos e áudios para quem quiser praticar.

Os últimos meses de discurso do Osho eram sobre o zen: ele comentava textos zen para depois conduzir uma meditação. Em seu discurso, ele pedia que fechassêmos os olhos e o antecedia com duas coisas: a primeira, uma fase de piadas, em que ele contava três ou quatro piadas; e a segunda, o Dibrish, uma meditação catártica para aliviar as tensões falando uma língua que não existe de forma enfática. Durante essa fase, permanecíamos sentados e havia uma profundidade maior. Depois que ele começou a fazer o Dibrish, a profundidade da meditação conduzida acentuou-se. Essa começava conosco ainda sentados e depois o Osho dava um sinal para o Nivedano para que deitássemos de qualquer jeito e por fim nos levantássemos. Tudo isso enquanto falava.

A ideia, então, é que haja uma certa reprodução disso, na medida do possível. Lá, nós tínhamos um contexto de que a fala da meditação conduzida fazia parte do discurso anterior, com metáforas que não são possíveis de serem reproduzidas aqui. Então, fiz um compilado de frases do Osho para que nós tenhamos um pouco desse sabor. Era a fase do discurso mais agradável e profunda, a gente sentia uma conexão e a consciência ficava mais desperta.

 Não será a mesma coisa: eu falo português, ele não falava; há a escolha arbitrária de palavras, na qual eu separei as partes da transmissão que considero mais valiosas; tomei também a liberdade de traduzir dentro de um contexto em que possamos entender (por exemplo, ele usa muito a palavra “Buda” como sinônimo de “estado”, mas nós não teríamos o mesmo entendimento com esse termo). Por fim, não haverá um sinal ou sino sinalizando o término, visto que o Osho deixava que sentíssemos que a sensação prolongava-se mesmo depois da meditação conduzida, a fim de que a consciência desperta desencadeada se mantivesse o máximo possível. Ela traz uma presença maior e tem a característica de apontar e especificar o que é essencial na meditação. Mesmo que a pessoa tente praticar outras nessa mesma linha, é importante praticá-la em especial, porque ela vai se lembrar do que realmente importa no processo.

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Outro ponto é que não se espera que a pessoa ao se disponibilizar a fazer essa meditação espere que as palavras ditas vão levá-lo à introspecção. É preciso já estar meditando. As palavras ditas vão apenas agregar se a pessoa estiver disposta e aberta a isso. A meditação é estar atento à realidade do momento, seja ela qual for. Para quem não vivencia isso ou é muito ansioso, pode se tornar uma tortura, já que as pausas são bem longas. Eu dou pausas maiores que as do Osho, pois é aí que podemos saborear a presença e vivenciar profundamente o que foi dito. O ideal não é analisar conceitos durante a meditação, é para viver aquilo que se diz. Você é um observador, sua essência é sua própria consciência. O convite não é para filosofar, mas para vivenciar.

Era assim que acontecia esse momento de fato muito profundo e agradável. Hoje em dia, ao ler livros ou ver vídeos do Osho, sinto que isso foi perdido. Você não vê mais essa fase jubilosa, florida, profunda que nos era oferecida. A minha iniciativa é trazer um pouco disso. Espero que o clima que eu criei durante esta meditação se aproxime um pouco do que o Osho trazia para nós.