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Menopausa, uma nova fase da vida

Mulher idosa segurando flor no rosto. Conceito de menopausa.
SHOTPRIME / Canva Pro
Escrito por Priscila Sarmento

A menopausa marca o fim da fase reprodutiva na vida da mulher. Nesse período, o corpo feminino passa pela uma diminuição dos seus níveis hormonais, e surgem diversos incômodos e riscos à sua saúde. Um acompanhamento médico é essencial para lidar com os desafios dessa fase. A seguir, garanta qualidade de vida e uma transição tranquila!

Menopausa é o nome para a última menstruação, que ocorre em torno dos 45 a 55 anos, com o fim da fase reprodutiva de vida da mulher. Isso quer dizer que chegou o período de esgotamento da ovulação liberada desde a puberdade ao longo de 30, 35 anos. 

Mas, não é do dia para a noite que isso ocorre. Existe um período chamado climatério, que começa por volta dos 40 anos e vai até a pós-menopausa, ocorrendo transformações físicas e emocionais decorrentes do desequilíbrio na produção hormonal.

Os sintomas do climatério parecem com os da TPM, só que prolongados e intensos. Inchaços, dores de cabeça ou enxaquecas, e alterações de humor podem permanecer por até 15 dias antes da menstruação. Também pode ocorrer ciclo irregular e variação do fluxo menstrual. É um período conturbado com sintomas diversos, isolados ou em conjunto. Os mais comuns são os fogachos (o famoso calor), insônia, palpitações, diminuição da libido, falta de concentração e secura vaginal, causando desconforto na relação sexual.

Para as mulheres que desejam engravidar, devem saber que, após 12 meses da menopausa, não há mais chances de gestação natural com óvulos da própria mulher. No entanto, caso receba óvulos doados, ela poderá gestar. Para isso, é importante estar com boa saúde.

Riscos na menopausa

Durante a menopausa, a produção de estrogênio diminui. Esse hormônio é produzido pelo ovário e tem o papel de controlar várias funções do corpo, como o sistema reprodutivo feminino, os ossos, o sistema cardiovascular e o cérebro.

Com a diminuição desse hormônio, pode acarretar algumas doenças como osteoporose, depressão, cistos na mama, pólipos no útero ou câncer, pois as alterações nos níveis de hormônio facilitam seu desenvolvimento.

Conceito de câncer no útero.
atlasstudio / Canva Pro

Fazer terapia, reposição hormonal de forma natural ou com medicação é uma opção para aliviar os sintomas da menopausa, mas nem sempre é indicado ou suficiente para evitar essas doenças. Por isso, é necessário o acompanhamento médico, pelo menos uma vez ao ano.

Menopausa precoce

Algumas mulheres têm menopausa precoce, que ocorre antes dos 40 anos, com o envelhecimento dos ovários antes do tempo. Isso pode acontecer por vários motivos. O mais comum é a genética, endometriose, doenças autoimunes, tratamento de câncer, exposição à radiação ou quimioterapia. 

Outro motivo é o distúrbio hormonal, onde há redução na produção dos hormônios femininos, ou devido à falência do funcionamento dos ovários, conhecida como falência ovariana precoce (FOP). Nesse caso, ocorre a perda temporária ou definitiva da produção de hormônios, diminuindo o número de óvulos liberados e gerando alteração hormonal. Será necessário o acompanhamento ginecológico e, na maioria dos casos, a reposição hormonal.

Não existe uma prevenção para o envelhecimento precoce da função ovariana, no entanto, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, melhores são as chances de um bom diagnóstico. Para isso, é preciso uma rotina de acompanhamento médico regular.

Menopausa tardia

Popularmente conhecida como menopausa tardia, ela é notada quando a última menstruação ocorre após os 45 anos. Segundo estudos, esse período costuma se iniciar nas mulheres brasileiras a partir dos 55 anos. Apesar de parecer um problema, é preciso reforçar que esse é um processo natural.

A menopausa na terceira idade está ligada à genética ou hábitos de vida. No entanto, é preciso um acompanhamento médico, pois, em alguns casos, isso pode trazer certo impacto para a saúde. De modo geral, o maior número de ciclos menstruais regulares indica uma boa saúde reprodutiva.

Mulher com problemas uterinos em uma consulta ginecológica. Ginecologista analisa seu exame.
megaflopp / Getty Images / Canva Pro

O processo de ciclos menstruais de forma natural, retardando a menopausa, reduz estatisticamente o risco de complicações e de mortalidade geral. Afinal, os estrogênios exercem muitas funções e são considerados protetores do sistema cardiovascular, ósseo e articular, distribuição de gordura, sistema nervoso central e do risco de alguns cânceres.

Qualidade de vida

Como em todas as fases da vida, a qualidade de vida é fundamental.

Ter uma boa alimentação não somente previne a menopausa precoce, como também pode retardar a menopausa de forma saudável. Fazer exercícios, ter acompanhamento nutricional e, se for necessário, um profissional terapêutico, pode ajudar muito nesse processo.

O mais importante é estar sempre buscando informações sobre as mudanças do seu corpo e entender o que acontece para que se leve essa nova fase da melhor maneira. Isso ajuda na aceitação do processo, nos tratamentos e na qualidade de vida.

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Outro ponto importante, os fatores de risco não são uma regra, não quer dizer que terá uma dessas doenças ou todas. Podemos, sim, ter uma menopausa saudável, com muito calor, mas natural.

Sobre o autor

Priscila Sarmento

Formada em publicidade pela Escola Técnica de Publicidade e Propaganda — ETEC, em 2000. Superior completo em jornalismo pela Faculdade Candido Mendes — UCAM, em 2005. Pós-graduada em marketing também pela Faculdade Candido Mendes — UCAM, em 2009. Especialização em marketing digital EAD na UCAM, em 2019.

Jornalista na empresa de RH Simetria, assessora de comunicação na Fiocruz — INI, desenvolvimento de cooperado na UNIMED.

Realizei alguns trabalhos com criação de materiais publicitário, diagramação e arte como freelancer.

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