Assim com a água da fonte, em seu curso, corre por pedregulhos, lança-se em cachoeiras e se agiganta em torrente volumosa para ser merecedora do oceano; conosco lágrimas nos correm pelo rosto agitadas pelas pedradas da calúnia. Busquemos alívio no exemplo da água que se fez digna do mar, fortalecendo-nos ao usar do amor para conosco, não nos deixando marcar pela dor, para sermos merecedores do aconchego da vastidão espiritual à qual voltaremos.
Da mesma maneira que a poda desgalha a árvore, que no reviver dos ramos é enriquecida de frutos, também sentimos como se pedaços de nós fossem arrancados, quando entes amados se vão. No entanto, bendizendo com a paz os que foram e, com o equilíbrio, ajustando os que ficaram, estaremos, tal como o vegetal, frutificando-nos em espírito.
Ao trilharmos o caminho áspero da incompreensão alheia, somos feridos pelo escárnio daqueles que nos têm segundo seus conceitos. Apoiemo-nos, contudo, no exemplo do cacto que, embora incompreendido pelos seus espinhos, oferece frutos saborosos; continuemos em frente.
Nas olimpíadas, a prova nobre é a última delas, a maratona. O estádio repleto espera do vencedor e quando ele rompe a fita da chegada, a plateia, de pé, o aplaude.
O maior mérito dele não foi ter vencido a corrida, foi o de acreditar em si e ter dado o primeiro passo. Os demais também chegaram um a um, não foram perdedores, pois persistiram, e o público deixou as arquibancadas após a passagem do último, aplaudindo-o também.
Tal como se vê na simplicidade da natureza e no exemplo olímpico, dá-se, com mais apuro, no nosso atual estágio de evolução espiritual, noviços que somos no seminário terreno.
Não é necessário que atinjamos a perfeição para entramos no cosmo divino, basta que acreditemos em nós e daremos o primeiro passo para o acerto, tal como o atleta. Na maratona há muitos competidores, nós só temos um: nós mesmos, difícil de ser vencido.
Sigamos por nossa estrada sem nos atentar para aqueles que, à margem, permanecem parados apedrejando os que caminham.
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Passo a passo vamos fazendo por merecer o infinito áureo, numa jornada sem fim, lutando a melhor das batalhas que é triunfar sobre nós mesmos.
A vida é eterna, em eterna atividade, não acaba. Ao superar as vicissitudes terrenas, aos poucos, encontramos o nosso verdadeiro eu, fortalecendo-nos cada vez mais, para que sejamos aplaudidos pelos que nos esperam no excelso etéreo e aos quais nos juntaremos após o declínio do nosso envoltório carnal.
Preparemos esse dia.
Obrigado por me ouvir.