Na primeira parte desse artigo, você conferiu o que é a metafísica e como as dores e crises se manifestam em nosso corpo. Abaixo, o autor explica como recuperar o equilíbrio físico e mental.
Método de ajuda: localize o que em você, não é você (não é seu)
Ou seja, as expectativas que você tem, são suas ou são, por exemplo, de seu pai com relação a você? Determine o local do sinal e o tipo de sinal (crise) e volte atrás no tempo para descobrir quando estava no seu melhor e o que mudou. Ao identificar a ação construtora do problema, voltar atrás em algumas ações ou decisões é a solução para eliminarmos o problema.
Exemplos: temos que ter coragem para nos livrar de nosso orgulho e voltar atrás saindo de posturas do tipo: não vou me rebaixar – não vou voltar àquela vida. Temos que valorizar essa experiência problemática.
Exercício: imagine que a sua dor ou problema é uma pessoa ao seu lado querendo lhe passar uma mensagem: “Eu estou aqui para …..”
Nesse momento, com um sentimento muito voltado para dentro de si mesmo, busque a sensação que esse pensamento que a “pessoa“ (que representa a dor, doença ou problema) te passou. Se você racionalizar, é possível interpretar erradamente a mensagem, vindo carregada de valores morais.
Combata esses valores, que nada mais são do que crenças ou processos culturais assimilados por você, muito tempo atrás, e que não têm a ver com seu verdadeiro jeito e com a verdadeira mensagem que os sinais te trazem.
Sinais de alerta para recuperar o equilíbrio
1 – Os problemas ocorrem em lugares específicos do corpo.
2 – Não são casuais e vêm em forma de dor, inflamação, defeitos no carro, na casa e crises em geral.
3 – Aí entra o complicador – nossa “cabeça” imaginativa cria ilusões como o estado de orgulho e seus derivados, como vaidade, por exemplo. Nessa ilusão, agimos muitas vezes contra o nosso melhor, que não é o que pensamos que é bom, porém, o que já foi bom, em alguma experiência anterior. É nessa hora que entramos na ilusão e caímos na doença.
4 – Outro erro é julgarmos que o que é bom para os outros é bom para nós.
Bom para mim depende das minhas experiências, depende do que eu senti que é melhor, conforme essas experiências. Poderíamos dizer que o melhor para os outros é difícil e perigoso para nós.
Não devemos negar nossas experiências e nem o que sentimos. Porém, se entramos nesse estado de negar, o sistema tenta nos avisar. Às vezes, antes de lesar o corpo, o sistema avisa através do carro, da casa, dos negócios, etc. E se ainda assim não nos ligarmos, o sinal vem para o corpo, podendo no extremo nos levar até a morte.
Como já descrevi acima, se as energias se atraem por semelhança, quer dizer que se temos um problema ou estivermos numa crise, as nossas coisas como carro, casa, relacionamentos, trabalho e outras também estarão com problemas muito semelhantes, energeticamente falando.
Outros exemplos de mensagens e leituras metafísicas
O carro representa a liberdade de ir e vir na sociedade – se te levam o carro, te levaram um valor e isso aponta para um momento em que estamos nos desvalorizando e, portanto, atraímos energia e a dor de perder valores para aprendermos exatamente a nos valorizar.
Quanto mais sabemos e conhecemos, e quanto maior é o nosso grau de consciência, mais graves e fortes podem ser os sinais que apontam o que devemos mudar quando saímos de nosso equilíbrio. Ex: no erro de uma criança e no erro de um adulto, sem dúvidas, há um efeito (sinal) diferente e mais suave para a criança.
A dor nos ensina que ao não fazermos o nosso melhor em alguma coisa, estaremos em alguma ilusão e longe de nossa verdade, seguramente nos enganando.
Portanto, dores e crises de toda a espécie apontam para esse autoengano e nos dão a chance de descobrir o erro e recomeçar.
É claro que não erramos porque queremos, porém, negamos a nós mesmos quando ouvimos os outros ou damos atenção às situações mundanas que nem sempre servem como parâmetro.
Ex: você não se expõe na vida e tenta ficar no seu melhor com uma falsa ideia de facilidade (modo fácil de levar a vida). De repente, surge uma promoção, ou uma mulher, um namorado, ou uma novidade, e aí você começa a se perder e começa a fazer coisas contrárias ao seu melhor, pois vivia uma falsa ideia de segurança, uma vez que não se expunha para as experiências da vida.
Quando somos desonestos conosco criamos problemas de perfil emocional (lá vem o sinal). Todo problema emocional é originado da desonestidade conosco (falta de transparência).
A nossa reorganização depende de vencermos o orgulho, a vaidade e a arrogância.
Temos que localizar onde começou a mudança, fazer perguntas do tipo: “Como eu era antes de surgir o problema?”, “O que eu fazia de diferente?”
Se os sinais estão ligados com a área profissional, a leitura é que comportamentos do tipo que descrevo a seguir te levaram aos sinais de problemas nessa área: “Eu tenho que ser alguém – Eu tenho que dar conta – Eu tenho que prover”.
Depois de afetar carreira e negócios estes aspectos podem mostrar-se em teu corpo até como calvície ou queda de cabelos. Veja que temos no exemplo acima a ilusão do orgulho atrapalhando o nosso melhor. Nessa visão é possível, então, fazer inúmeras leituras de mensagens que as crises e doenças trazem, por exemplo:
Colite – Inflamação intestinal que remete a um conflito em situação de capacidade de discernimento prejudicado/Permite ser invadido pelo mundo (semelhantemente às bactérias da Colite).
Por aspectos de vaidade e dificuldade em aceitar que estamos errados, às vezes há um lado nosso que camufla a dor ou a crise e mentimos dizendo estar no nosso melhor, dificultando, assim, a possibilidade de encontrar o momento onde ocorreu a mudança. (É o início dos sinais).
Mesmo quando o seu melhor parece conflitar e prejudicar os outros, é melhor continuar assim e sair desse conflito. Você será muito considerado e respeitado por isso.
Ex. os solteiros têm saúde 10 e após o casamento chegam sinais na saúde. Por quê? Porque saímos do nosso melhor (do nosso jeito) para agradar o parceiro (pelo menos achamos que estamos agradando).
Podemos relacionar o momento em que estamos com o estágio de evolução que atingimos e isso tem a ver com erros cometidos, sinais recebidos e entendidos e com a capacidade adquirida de resolver os problemas.
“O meu erro é do tamanho certo para mim”
“Cada um carrega o fardo que aguenta”
Mais exemplos de leitura metafísica de sinais de doença no estômago: o estômago é o órgão da aceitação e mostra como eu coloco o mundo para dentro ou como eu aceito as situações da vida.
Varizes – Segura o seu jeito de ser e as suas vontades.
Reumatismo – É duro e inflexível consigo mesmo. Cobra-se. Tem pretensão de ser maravilhoso, perfeccionista, exigente e ou rígido.
Miopia – Achatamento do globo ocular (pressão) – Metafisicamente é a pressão que exercemos sobre nós mesmos para falsificarmos o que somos verdadeiramente. É difícil destruirmos nosso orgulho, nossa vaidade, portanto, é preferível não ver, para não termos que decidir ou alterar nada.
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A importância em entendermos a mensagem da dor e das crises é fazer-nos ver o que não queríamos ver. Analisar os outros é mais fácil e gostoso. O duro é achar em nós mesmos os motivos das doenças.
Na terceira parte desse artigo, faremos uma reflexão sobre a dificuldade de encontrar em nós mesmos as causas de nossas dores e crises.