Mitologia grega

Mitologia grega

Estátuas de deuses da mitologia grega.
dimitriosp / 123rf
Escrito por Tereza Gurgel

Nos dias atuais, questionamo-nos que importância podem ter em nossa vida as histórias narradas há muito tempo. Esse é um interessante fenômeno. O assunto sempre suscita grande interesse. Isso pode significar que há algo além da própria história sobre deuses e heróis. Eles falam de algo inerente à condição humana, atemporal e profunda.

Para o psicólogo suíço Carl G. Jung, “os mitos são principalmente fenômenos psíquicos que revelam a própria natureza da psique”. O mito pode ser visto como a condensação de experiências vividas repetidamente durante milênios pelos seres humanos. Assim, temas idênticos podem ser encontrados em lugares distantes entre si, variando apenas alguns elementos, segundo a época e a cultura que os produzem.

O mito encarna o ideal de todo ser humano: a conquista da própria individualidade. A luta pela vitória da consciência é o combate eterno de toda pessoa.

Os personagens principais dos mitos são geralmente deuses, semideuses (descendentes da união entre deuses e humanos) e heróis. Os mitos normalmente referem-se a uma época mítica, indefinida e intemporal – e alguns estudiosos pensam que pode haver um fundo de verdade em algumas narrativas.

Os mitos procuram explicar e demonstrar, por meio da ação e do modo de ser das personagens, a origem das coisas, do mundo (os seres humanos, animais, doenças, nascimento e morte, relações interpessoais, emoções e sentimentos, etc.). Assim, os mitos serviam como guias e modelos para a compreensão do mundo e do papel que desempenhamos nele.

Pilastras e construções antigas.
 Alex Azabache / Pexels

As religiões das antigas Grécia e Roma desapareceram, mas o legado de seus mitos e heróis continua presente em nossas culturas até hoje, tendo influenciado a literatura, as artes, a psicologia, etc.

As ideias sobre a estrutura do universo aceitas pelos gregos passaram para os romanos, que, por sua vez, as disseminaram entre outros povos. Por exemplo, para os gregos a Terra era redonda e chata e seu país ocupava o centro da Terra, cuja referência era o monte Olimpo. Tão grande era essa crença, que até mesmo os deuses tinham suas moradas nas alturas desse monte, que domina a região da Tessália. Ao redor da Terra corria um rio chamado Oceano e todos os rios e mares recebiam dele suas águas.

Do lado ocidental da Terra ficavam os Campos Elísios, para onde iam alguns mortais favorecidos pelos deuses, onde adquiriam a imortalidade. Interessante observar que a direção do ocidente, em outras culturas (como a cultura celta, por exemplo), era considerada uma terra de bem-aventurança, reservada aos escolhidos.

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A imaginação dos gregos povoava as extensões para além de seu conhecimento com uma enorme quantidade de figuras exóticas, tais como povos estranhos, gigantes, monstros e feiticeiras. Suas histórias incluíam um grande número de deuses e deusas, que tinham formas semelhantes às dos humanos, porém dotados de grande perfeição e beleza.

Apesar dos poderes sobrenaturais, os deuses agiam, sentiam e pensavam como os próprios humanos. Suas ações eram guiadas muitas vezes por ciúme, ódio, ganância, inveja, vingança, luxúria, etc.

Era muito comum os deuses e deusas se envolverem nos assuntos humanos, descendo do Olimpo e interagindo com as pessoas como mentores, amantes, aliados ou inimigos.

Esculturas de deuses.
engin akyurt / Pexels

A mitologia grega foi originada da união entre as mitologias micênica e dórica, sendo que seu desenvolvimento ocorreu aproximadamente em 700 a. C. O panteão dos antigos deuses gregos (“panteão”: do grego “pan”, todo; e “theoi”, deuses) consiste em doze principais deidades, além de outras menos importantes e semideuses.

Principais deuses/deusas:

Zeus – o principal deus do panteão grego, protegia a justiça e a ordem social, reinando sobre todos os deuses e todos os reinos.

Hera – esposa de Zeus, era a rainha dos deuses, protegia o casamento, a família e os nascimentos.

Afrodite – deusa do amor e da beleza, filha de Zeus.

Eros – filho de Afrodite, deus do amor. Desfechava as setas do desejo no coração dos deuses e dos humanos.

Ares – deus da guerra.

Atena – deusa da sabedoria. Saiu da cabeça de seu pai, Zeus, completamente armada para a guerra.

Hermes – o mensageiro dos deuses, patrono dos mercadores, viajantes e dos ladrões.

Deméter – deusa da agricultura.

Hefesto – deus dos ferreiros, do fogo e dos vulcões.

Héstia – velava pelas lareiras das casas. Em seu templo, ardia constantemente um fogo sagrado, sob a guarda de sacerdotisas.

Poseidon – deus dos mares.

Ártemis – deusa da caça e protetora dos animais selvagens.

Apolo – deus do Sol, das artes e da medicina.

Hades – deus do inframundo.

Perséfone – filha de Deméter, deusa do inframundo, casada com Hades.

Baco – deus do vinho.

Sobre o autor

Tereza Gurgel

Formada em Psicologia (F.F.C.L. São Marcos - SP). Filiada à ABRATH (Associação Brasileira dos Terapeutas Holísticos) sob o número CRTH-BR 0271. Atua na área Holística com Reiki, Terapia de Regressão e Florais de Bach. Mestrado em Reiki Essencial Metafísico e Bioenergético Usui Reiki Ryoho, Shiki, Tibetano e Celtic Reiki. Ministra cursos de Reiki e atende em São Paulo (SP).

E-mail: zenrunic7@gmail.com
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