Autoconhecimento Terapias Integrativas

Mitos e verdades sobre a Terapia de Regressão

Escrito por Tereza Gurgel

Terapia de Regressão, como qualquer outro procedimento terapêutico complementar, visa oferecer ao indivíduo mais conhecimento sobre as verdadeiras causas de suas dificuldades do momento e como superá-las.

Aqui no Brasil ainda não há cultura, ou hábito, de se procurar um procedimento terapêutico a fim de aumentar o conhecimento sobre si mesmo, para superar suas limitações e viver uma vida plena, ou para promover a evolução da própria alma. Na opinião geral, quem procura terapia, é porque tem “problemas” – e algumas décadas atrás, a opinião corrente era que a pessoa que fazia terapia devia estar “louca”.

Como se formam os bloqueios?

Nós geralmente evitamos sentir dor ou desconforto. Quando a pessoa encontra uma barreira (um fato traumático),  torna-se difícil conseguir a completa realização de si mesmo, formando-se áreas de resistência, atrito e tensão.  Os bloqueios distorcem a percepção da realidade e a compreensão das manifestações interiores e sentimentos do próprio indivíduo.

A energia vital precisa fluir. Se ela encontra “pequenos” bloqueios, ela os contorna e mantém seu curso. Mas se a energia é constantemente desviada e represada, o indivíduo apresentará comportamentos inadequados ou inexplicáveis.

Durante uma sessão de regressão, procuramos trazer à tona, ou melhor, à mente consciente aqueles fatos traumáticos já sepultados no fundo da memória, mas que continuam a impedir que nossa vida tenha mais sabor, mais qualidade. Liberando as memórias, compreendendo o real motivo dos bloqueios, estes serão eliminados e a energia voltará a fluir sem impedimentos.

Consequentemente, o indivíduo se sentirá pleno, confiante, inteiro e fortalecerá a sua capacidade de percepção e compreensão, permitindo que tome decisões com um grau de clareza e adequação até então nunca sentidos.

Um dos grandes mitos em relação à Terapia de Regressão é o medo de “ir para longe e não conseguir voltar”. O cliente deve estar em uma postura relaxada, solta, mas a sua mente consciente estará presente o tempo todo da sessão.

Mesmo que a pessoa atinja um estado Alfa (ondas cerebrais relativas ao estado de relaxamento) mais profundo, em momento nenhum ela irá “apagar” ou ” viajar”. O que ela vai fazer é abrir os arquivos de sua própria memória, que estavam trancados há muito tempo. E vai “ler” estes arquivos até onde seu Eu Superior entender que é adequado, de acordo com sua maturidade emocional e espiritual.

Uma ampulheta com areia caindo, mostrada de cima.
Towfiqu barbhuiya / Unsplash

Durante uma sessão de regressão, o cliente está consciente. Todas as noites, quando dormimos e sonhamos, “viajamos” com o  nosso corpo sutil no mundo astral – e pouquíssimas pessoas fazem essa “viagem” com consciência. É preciso esforço e estudo para dominar a arte de se projetar conscientemente no plano astral! Então, não existe perigo em realizar uma sessão de regressão. Ninguém vai a lugar algum.

Outro medo recorrente é o de que durante a sessão possam ser abertos “portais” para o passado, e que de lá surjam coisas ruins. A regressão pode trazer certas histórias e quadros não muito agradáveis.

Mas nenhum portal é aberto, não é uma cerimônia de magia! Você estará acessando a leitura de um “livro” muito especial, pois ele registrou a história de sua alma! Se entendemos a civilização como um processo que se iniciou há milênios, é nítido que a humanidade foi passando de um estado de selvageria e luta pela sobrevivência para um estado mais civilizado, com o despertar e evoluir da cultura e educação.

E, se vivemos várias vidas aqui neste planeta, passamos também por este processo, que nunca cessa. Muitas vezes tivemos que lutar e até matar para sobreviver. Mas se o fizemos, houve um motivo e um tempo em que isto foi necessário.

Trazer de volta esses acontecimentos à mente consciente só acontece se houver algo ainda a ser entendido e superado. E você está relembrando a sua história, não uma história de ficção. Quantas vezes nós esquecemos de quem somos e onde estamos assistindo a um filme interessante, por exemplo?

Torcemos pelos “mocinhos”, esperamos que os vilões tenham uma punição, perdemos completamente a noção das horas, absorvidos. Quando o filme acaba, retornamos às nossas vidas, talvez impressionados ainda com a trama, mas não deixamos de retomar nossas vidas, de sermos quem somos.

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Se a alma está madura para dar o próximo passo em sua evolução, a regressão vai servir como uma ferramenta útil à alma. Se não estiver pronta, o Eu Superior de cada um irá proteger a mente consciente de quaisquer lembranças que possam desestabilizá-lo.

E aí, existem outras alternativas terapêuticas igualmente eficazes. O que não deve acontecer é não enfrentar o medo e se acomodar, achando que não existe solução para os problemas. Vale a pena descobrir a real causa de nossas dificuldades; o ganho é inestimável.

Referências

“Por que fazer terapia? ” – Luis C. T. de Freitas – Editora Ágora, São Paulo

Sobre o autor

Tereza Gurgel

Formada em Psicologia (F.F.C.L. São Marcos - SP). Filiada à ABRATH (Associação Brasileira dos Terapeutas Holísticos) sob o número CRTH-BR 0271. Atua na área Holística com Reiki, Terapia de Regressão e Florais de Bach. Mestrado em Reiki Essencial Metafísico e Bioenergético Usui Reiki Ryoho, Shiki, Tibetano e Celtic Reiki. Ministra cursos de Reiki e atende em São Paulo (SP).

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