Autoconhecimento Convivendo

Morte, a amante da vida

Pequenas velas acesas em uma fileira.
123rf/foodandmore
Escrito por Loraine Cristine

Poucos de nós observam a morte como parte da vida. Existe uma imagem coletiva bastante infantil a respeito da morte, como uma criança que teme o bicho papão embaixo da cama.
Quando ganhamos coragem e damos as boas-vindas a ela, percebemos a morte como uma amante da vida, honrosa e cheia de ternura, seguindo sua função independentemente da nossa vontade.

A amante apaixonada é aquela que olha para o amado e sente profunda ternura, um desejo ardente de estar perto. Quando o encontro acontece, eles se fundem numa união sagrada. Na hora da despedida os dois estão com o coração, o corpo e a mente renovados. Esse é um encontro profundo – arrisco dizer que seja um dos mais profundos que eu conheça. A vida e a morte dançando.

Rosa seca, mas com as pétalas ainda em seus devidos lugares.
Unsplash/Sharon McCutcheon

Neste momento em que tantos partem e levam partes nossas, ciclos são encerrados em empreendimentos e pontos-finais acontecem nas relações, transformar a visão que se tem da morte se tornou uma tarefa: nossa lição de casa. Gosto de pensar assim.

Quando o momento presente traz sua mensagem, é melhor sentarmos e escutarmos o que ele tem para nos dizer.

Aceitar a morte, transformar a maneira como olhamos para essa amante é estar um pouco mais inteiro na vida. Isso significa aceitar suas consequências e, além disso, encarar com naturalidade o que ela nos provoca: a tristeza, o luto, a introspecção, a raiva, a revisão, a solidão, as lágrimas, o isolamento e as cicatrizes.

Digerir a morte e seus efeitos é gerar energia para corpo, mente e coração.

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É renascer em coragem e vida. Saímos de uma visão infantil fúnebre, rígida, e passamos a um olhar mais amadurecido, compreendendo que o remédio amargo é tão necessário quanto a doçura do mel. E mais, a morte é um convite para olharmos nossos apegos e egoísmos.

Para aquele que se vai, seja pessoa, negócio ou relação, a morte traz a mensagem de missão cumprida, o ponto-final de dores, sofrimentos e cargas pesadas.

Caixão em velório com flores no topo, e pessoas ao redor.
Unsplash/Rhodi Lopez

Morre em mim durante a pandemia tudo aquilo que eu tinha mais medo de encarar: traumas e cargas antigas. O que morre em você? O que você tem segurado que já não suporta mais? Quais estão sendo as suas despedidas? Que sentimentos a morte traz e que você está com dificuldades de lidar, negando-os e reprimindo-os?

A morte fará você renascer. Respeite esse fato. Confie nisso. É um ciclo natural.

Sobre o autor

Loraine Cristine

Criadora do Método Mulheres que Cuidam®. Te ajudo a dar VOZ para mulher que você é e te ensino a como sustentar escolhas consciente. Palestrante. Artista.

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