Convivendo

Nada será como antes e a estrada não será a mesma

Mulher em capo de flores com uma na mão cheirando
123RF | Petar Paunchev
Escrito por Fabiano de Abreu

A pandemia da Covid-19 será um agente de transformação para a sociedade de maneira irreversível.

A pandemia do coronavírus trouxe profundas transformações em curtíssimo prazo ao nosso modo de vida e costumes. Desde que a ameaça da Covid-19 se tornou real, vivemos em uma sociedade que está tomada por inseguranças e medo. Mas, afinal, como tudo deve ficar daqui para frente?

Acredito que, seja qual for o caminho que a Humanidade decida seguir, uma coisa é certa: a estrada não será a mesma: “A caminhada da nossa espécie faz-se por estradas que nos colocam constantemente à prova. Todos os grandes eventos do mundo têm a capacidade de nos mudar. Cada guerra, cada pandemia, cada episódio climático, são frutos que produzimos para uma evolução necessária. Num dia tudo está normal, no outro tudo desaparece. E, quando abrimos a porta, o mundo que nos espera já não é mais o mesmo. É a força da impermanência nos mostrando que somos mortais.”

Mulher tirando a máscara do rosto na rua
Pexels | Anna Shvets

Covid-19 pode moldar o mundo

A pandemia que vivemos, neste exato momento, é mais um desses acontecimentos que tem o poder de mudar e moldar o nosso mundo: “É um desses momentos que traz à superfície o melhor e o pior da humanidade. É um desses momentos em que o homem é invadido e dividido por sentimentos duais. Vivemos provavelmente a maior mudança presenciada por esta geração.”

Devido à quarentena e a redução do ritmo de atividades e da rotina, a humanidade tem se dado conta de prioridades e de onde tem investido seu tempo: “E, o mais assustador de tudo, é que entendemos que nos falta tempo. Tempo para viver, para decidir e estruturar. Vivemos numa sociedade imediatista, em que tudo deve ser decidido agora, na emergência que a situação acarreta. A sociedade que reclama da falta de tempo, efetivamente não o tem agora. Nossas vidas estão estagnadas. O mundo que não dormia é agora obrigado a adormecer enquanto a batalha ocorre no silêncio das cidades vazias; silêncio apenas quebrado pelo som das sirenes que nos adoecem no medo e no pânico que nos assola a alma de aflição.

Clausura e incertezas da quarentena

Na clausura das nossas casas resta-nos o pensamento, muitas vezes voltado para o pior: “Imaginar quantos dos nossos vão sucumbir a essa crise, mas sempre com aquela esperança de que a humanidade não irá perecer. Contudo quando isso acabar mudanças serão inevitáveis. Há uma fenda aberta entre o que fomos e o que seremos.”

Cultural, política, econômica e globalmente haverá um antes e um depois da Covid-19: “O mundo conectado em rede, a era da informação, do acesso rápido aos conteúdos, o mundo global, que quando posto à prova teve que se recolher. A ameaça criou novamente barreiras. As fronteiras voltam a reerguer-se e cada um se sente infinitamente mais seguro na diminuição da escala. Ora, temos a certeza de que não estamos divididos em países e distritos, a nossa cidade, a nossa freguesia, a nossa casa. Somos todos habitantes de um mesmo planeta. Mas, para nos salvarmos e salvarmos os outros, temos que reconhecer a nossa individualidade.

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Novos caminhos profissionais, sociais e econômicos

Podemos repensar formas mais libertadoras e mais rentáveis de trabalho e renda: “As empresas vão descobrir que o home office pode ser uma ótima opção para a nova era e para o momento atual da economia mundial. A distribuição do investimento terá que ser repensada. Afinal, um sistema de saúde saudável é mais necessário do que equipamentos de guerra. Essa constatação já é um caminho a se seguir! Vivemos acima de tudo uma experiência social alargada.

Uma transformação irreversível em nível mundial como consequência da pandemia da Covid-19: “Seja qual for o caminho que a Humanidade decida seguir, uma coisa é certa: a estrada não será a mesma.”

Sobre o autor

Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu Rodrigues é um jornalista, psicanalista, neuropsicanalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e especialista em neurociência cognitiva e comportamental, neuroplasticidade, psicopedagogia e psicologia positiva.

Pós PhD em Neurociências e biólogo membro das principais sociedades científicas como SFN - Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Sigma XI, sociedade científica onde os membros precisam ser convidados e que conta com mais de 200 prêmios Nobel e a RSB - Royal Society of Biology, maior sociedade de biologia sediada no Reuno Unido.

É membro de 10 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa, Intertel, ISPE, Triple Nine Society, coordenador Intertel Brazil, diretor internacional da IIS Society e presidente da ISI e ePiq society, todas sociedades restritas para pessoas com alto QI comprovados em testes supervisionados. Criou o primeiro relatório genético que estima a pontuação de QI através de teste de DNA e o projeto GIP - Genetic Intelligence Project com estudos genéticos e psicológicos sobre alto QI com voluntários.

Autor de mais de 50 estudos sobre inteligência, foi voluntário em testes de QI supervisionados, testes genéticos de inteligência e estudo de neuroimagem já que atingiu a pontuação máxima em mais de um teste de QI em mais de um país corroborando com os demais resultados genéticos e de neuroimagem.

Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional.

Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo, criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil.

Lançou os livros “Viver Pode Não Ser Tão Ruim”, “Como Se Tornar Uma Celebridade”, “7 Pecados Capitais Que a Filosofia Explica” no Brasil, Angola, Paraguai e Portugal. Membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo, Fabiano foi constatado com o QI percentil 99, sendo considerado um dos maiores do mundo.

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