Nana Fukujin são os 7 deuses da sorte e da fortuna e possuidores de conhecimento, prosperidade, saúde, boa vida, riqueza, etc. Os 7 deuses fazem parte da mitologia e tradição japonesa com relação ao Ano Novo, mais conhecido como Shougatsu.
Assim como para nós, ocidentais, o Papai Noel e seu trenó, juntamente com as renas são símbolos do Natal, os 7 deuses em sua arca, o Takarabune (arca do tesouro) são referências do réveillon no Japão, para presentear as pessoas com fortuna, felicidade e boa sorte. Saiba mais sobre cada um deles:
Direto ao ponto
- 1 – Hotei: Deus da abundância e da felicidade
- 2 – Jurojin: Deus da Longevidade
- 3 – Fukurokuju: Deus da sabedoria, riqueza e fertilidade
- 4 – Bishamon: Deus da guerra e dos guerreiros
- 5 – Benzaiten: Deusa da beleza, arte e conhecimento
- 6 – Daikokuten: Deus da riqueza e do comércio
- 7 – Ebisu: Deus dos pescadores e da riqueza
1 – Hotei: Deus da abundância e da felicidade
Também conhecido como ‘Buda risonho’, Hotei é retratado como um monge budista eremita, que viveu pela China no século X. É conhecido como o protetor das crianças pobres e necessitadas, e entrega presentes em sua grande bolsa que carrega consigo.
Por ter uma estatura baixa, ser careca e possuir uma grande barriga, é simbolizado por ter um grande coração e ser muito amado pelo povo da época. Além disso, Hotei acerta todas as previsões do tempo, seu corpo não se molha mesmo deitado sob a neve e nunca errou suas adivinhações acerca da sorte das pessoas.
2 – Jurojin: Deus da Longevidade
Assim como Hotei, Jurojin tem sua origem na China entre os séculos X e o final do XI. Também conhecido como Gama, possui uma barba longa branca, cabeça alongada e careca e está sempre sorridente.
Por onde passa carrega um pergaminho, um copo com saquê e seu cajado. No pergaminho está escrito o tempo de vida de todos os seres vivos que habitam a Terra e também sobre a sabedoria do mundo. Está sempre viajando na companhia de animais tsurus, tartarugas e cervos, símbolos da longevidade no Japão.
3 – Fukurokuju: Deus da sabedoria, riqueza e fertilidade
A tradução de seu nome de forma literal é: Fuku – Felicidade, Roku – Riqueza e Ju – Longevidade. Possui origem chinesa e costuma ser confundido com Jurojin, devido à semelhança nas características, pois ambos têm testa alongada, representando o símbolo da sabedoria, possuem barba branca e são carecas.
O que diferencia Fukurokuju dos outros deuses é o fato de que ele é o único dotado de capacidade de ressuscitar os mortos e de sobreviver sem se alimentar. Enquanto Jurojin está sempre carregando um copo de saquê com ele, Fukurokuju não.
4 – Bishamon: Deus da guerra e dos guerreiros
Conhecido também como Bishamonten ou Tamonten, é cultuado por guerreiros e pessoas que buscam a vitória em suas vidas. De origem hindu, Bishamon se veste com armadura, capacete e sua arma é uma lança. Considerado protetor dos lugares onde Buda pregou A Verdade e se tornou uma Divindade na Índia, Bishamon é defensor da paz e protetor das pessoas justas.
Considerado símbolo de suprema autoridade e com o poder de salvar enfermidades dos imperadores, expulsar demônios e eliminar a peste, Bishamon vive no centro do Monte Sumeru. Na batalha, protege seus devotos e traz boa sorte às pessoas pobres e justas.
5 – Benzaiten: Deusa da beleza, arte e conhecimento
De origem indiana, Benzaiten também é conhecida como Saraswati pelos hindus. Dentre os 7, é a única deusa mulher. Suas dádivas consistem na fluidez de todas as coisas: a voz, a água, a música, e todo tipo de arte e tudo que envolve as áreas do conhecimento. Benzaiten é filha do Rei Dragão de Munetsuchi, com beleza sem igual e sua imagem está sempre associada a algum instrumento musical, sentada sobre uma serpente ou um dragão.
Ela tem o poder de se transformar em uma serpente, sendo originalmente representada como a divindade de 8 braços, na Índia. Em cada um deles ela segura o arco, a flecha, espada, machado, lança, pilão de comprimento, rodas de ferro e corda de seda. Durante o período de Kamakura (1185-1333) retratavam a deusa com dois braços e sempre carregando algum instrumento musical, geralmente a Biwa, instrumento de quatro cordas feito de madeira.
6 – Daikokuten: Deus da riqueza e do comércio
Originário da Índia, Dikokuten representa a sorte e a riqueza. Em ilustrações e estátuas, é caracterizado com roupas de caça, gorro ou capuz. Está sempre de pé e sua grande barriga indica prosperidade e abundância na alimentação.
Em sua mão direita carrega um martelo de madeira, distribuindo sorte às pessoas. No saco que carrega no ombro, contém tesouros como a sabedoria e a paciência. Imagens de Daikoku são muito comuns nas cozinhas em mosteiros budistas e casas.
7 – Ebisu: Deus dos pescadores e da riqueza
Único deus entre os 7 que se originou no Japão. Seu nome de origem é Hiruko e ele nasceu sem os ossos, devido a uma transgressão de sua mãe durante o ritual sagrado de casamento dela. Antes de completar 3 anos, diz a lenda que ele foi lançado ao mar em um barco, pois nascera muito fraco.
Um indígena da tribo Ainu o encontrou, salvando sua vida. Sua imagem sempre é retratada como um homem forte usando uma vara de pescar na mão direita e um peixe grande na mão esquerda. Ebisu é o guardião dos pescadores, tanto profissionais quanto os aventureiros de primeira viagem. É considerado também guardião das crianças pequenas no Japão.
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Atualmente, o termo Schichi não é mais utilizado por significar “morte”. O termo correto é “Nana Fukujin.”
Texto escrito por Bruno da Silva Melo da Equipe Eu Sem Fronteiras.