Autoconhecimento Convivendo

Não é mais um artigo sobre Seaspiracy

Onda em oceano.
alexzaitsev / 123RF
Escrito por Giselli Duarte

A princípio eu havia relutado em assistir Seaspiracy, pois documentários que envolvem animais e seres humanos os explorando e maltratando me fazem muito mal. Nunca precisei assistir aos horrores da destruição humana para me conscientizar de algo que precisa ser feito no planeta, começa primeiro em mim.

Aliás, este artigo é profundo. Então deixo aqui o aviso de que, talvez, você não esteja pronta (o) para ouvir certas verdades. Tudo bem não ler até o final. Fica em paz. Um abraço.

Se você quiser ler, seja bem-vinda (o) em concluir a leitura e deixar um comentário educado, caso sinta no coração.

Vamos lá? 😊

Seaspiracy é um documentário da Netflix que aborda inúmeras questões no que diz respeito à vida marinha e seus oceanos, bem como a relação do homem com eles. É um formato bem parecido com Cowspiracy, a Conspiração da Vaca. Ambos são documentários sérios e muito tristes. Mostram a verdade por trás das mentiras que contam a respeito da vida de milhões de animais inocentes, massacrados diariamente.

No caso de “Seaspiracy: Mar Vermelho” ou Pesca Insustentável, o doc aborda as falácias por trás da pesca comercial, casos de escravidão, massacre com endosso de governos e ONGs que apoiam isso tudo, por debaixo do pano. Como eu já imaginava e sempre falei por aí, que não é uma luta pelo fim do canudo que vai fazer o oceano sobreviver. Aliás, o próprio documentário cita que os canudos poluem 0,03% dos oceanos, ou seja, é o menor dos problemas.

Casos como a pesca comercial, pesca ilegal, caças às baleias, mutilações em tubarões, descarte de redes e equipamentos de pescas nos oceanos, fazendas gigantescas de peixes, rações para peixes em viveiros, descarte de tubarões e golfinhos inapropriadas, massacres contra golfinhos, comercialização ilegal de atum e outros peixes em extinção e tantas outras coisas horrendas que o ser humano faz para satisfazer o seu bel-prazer que não cabem no gibi!

Existem, sim, as quantidades imensas de plásticos que são jogadas nos mares, por isso vários animais também morrem, enroscados nessas redes ou engolindo quantidades absurdas de plástico, além de tudo o que foi falado anteriormente.

Peixes uns sobre os outros.
Engin Akyurt / Pexels

Ao final do doc foi feita uma consideração para que esse grande absurdo perca a força e, quem sabe, inexista: parar de consumir peixes poderá levar ao fim disso tudo! E é aí que muita gente se faz de desentendida.

Sendo a vegetariana que sou, já ouvi e ainda ouço muitos absurdos por aí. Coisas que eu gostaria de não ter ouvido, vindo de pessoas conhecidas, inclusive. Alguns comentários especistas como: “animais existem para nós comermos”, “sou uma pessoa carnívora”, “se fosse ao contrário, eles nos comeriam” e assim por diante.

No yoga nós utilizamos o termo “Ahimsa”, ou seja, a não violência. Um convite para praticarmos a não violência. E quando falamos isso, estamos incluindo todos os seres. Inclusive, temos um mantra que diz “lokah samastah sukhino bhavantu”, traduzindo, quer dizer: “que todos os seres sejam felizes”. Aliás, não só no yoga, mas em várias terapias holísticas nós trazemos o senso do amor puro e incondicional sobre todos os seres. E quando dizemos todos os seres, não podemos incluir apenas aqueles que nós domesticamos e que são fofinhos, mas TODOS OS SERES, de todas as espécies, sem distinção.

Algo muito curioso aqui precisa ser repensado e talvez isso gere um certo incômodo, dependendo de quem vai ler, mas é um tanto contraditório pessoas que praticam das terapias holísticas, as estudam em profundidade e ainda assim consomem animais. Veterinários que cuidam de alguns animais e comem outros. Essas são algumas questões que eu não consigo conceber em minha mente.

Peixes em oceano.
Francesco Ungaro / Pexels

Voltando ao caso do documentário Seaspiracy, bem como todos os outros documentários que alertam ao consumismo desenfreado e doentio pela carne animal, é crucial deixar bem claro que, sim: quanto mais as pessoas se conscientizarem verdadeiramente sobre tudo o que vem acontecendo e exterminarem a carne animal como parte de suas refeições, e quaisquer outros usos, muitos problemas no mundo serão freados. Se você reparar, os casos do mundo inteiro que nos levaram à destruição de algo, pandemias, epidemias, doenças e enfermidades severas partiram da exploração animal.

Nós, que já possuímos conhecimento sobre tantas técnicas as quais permeiam o autoconhecimento e a espiritualidade, e sabendo que tudo é uma coisa só, por que não ouvir de vez o chamado da consciência cósmica para libertar-se das vaidades e crueldades humanas?

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Ter dó de um cachorrinho na rua é muito fácil quando você não quer se abrir completamente para a verdade que está diante de ti e enxergar que um peixe tem o mesmo valor que o doguinho e, inclusive, o mesmo valor que você! Ambos têm vida e sentem dores, alegrias e tristezas. Então o que o faz pensar que a sua vida importa mais?

Se quiseres mudar o mundo, realmente, comece pelo seu prato. Comece alinhando aquilo que tu faz, sendo congruente em todos os sentidos de sua vida.

Isso, sim, muda o mundo.

Sobre o autor

Giselli Duarte

Eu sempre fui uma pessoa curiosa. Já me aventurei em diversas áreas, desde uma carreira corporativa até um curso de DJ. Sempre gostei de aprender, independentemente de o curso estar relacionado ao meu mercado de trabalho ou não. Afinal, é assim que os melhores insights são gerados, não é mesmo?

Sempre tive uma veia empreendedora, graças aos meus pais. Iniciei no mercado de trabalho como jovem aprendiz aos 14 anos e nunca mais parei de aprender e trabalhar. A partir dos 18 anos, comecei a empreender de fato, legalizando meu primeiro negócio com um CNPJ, e desde sempre trabalhei em projetos empreendedores, sejam eles tradicionais ou com uma intenção em virar uma startup, em paralelo ao meu emprego ou a trabalhos em forma de projetos.

Sempre trabalhei arduamente e nunca hesitei em colocar a mão na massa, além de desenvolver estratégias. Na verdade, foi exatamente por isso que gradualmente direcionei meu foco para a saúde mental e para compartilhar esse conhecimento com as pessoas. Já enfrentei o burnout duas vezes e, a partir da primeira experiência, busquei tratamentos complementares, como o Yoga e a meditação, aliados à medicina tradicional.

Essa busca pelo autoconhecimento me levou a uma formação em Hatha Yoga. Essa experiência não apenas aprimorou minha compreensão sobre equilíbrio e bem-estar, mas também me permitiu explorar terapias naturais, culminando em uma especialização em outras terapias.

Atualmente, como professora de meditação e podcaster no Insight Timer e Aura Health, encontrei plataformas para compartilhar técnicas que promovem paz interior e equilíbrio diante das demandas diárias.

O ápice de minha jornada foi a publicação do livro "No Caminho do Autoconhecimento", onde compartilho insights e aprendizados acumulados ao longo do caminho. Além disso, contribuí como co-autora em antologias poéticas.

Minha missão é inspirar outros a trilharem o caminho do autoconhecimento e crescimento pessoal, fornecendo as ferramentas necessárias para uma vida mais plena e significativa.

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Meditação para quem não sabe meditar

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