Não julgueis para não seres julgado! Com a mesma medida com que julgas, serás julgado. Você já parou para refletir a respeito dessas frases? Bem, essas são frases bíblicas, que eu imagino que a imensa maioria já ouviu falar. E hoje eu vou fazer uma analogia sobre elas e a forma que o cérebro humano funciona, quando o assunto é julgamento.
Para que haja um entendimento acerca dessas frases, é necessária uma reflexão um pouco mais profunda, das implicações que o comportamento de julgar pode trazer à vida de quem o adota como hábito! Então vamos lá!
Por que o ato de julgar não é legal? Por que não devemos julgar? Bem, eu trouxe hoje duas razões para você se policiar quando for julgar alguém.
A primeira:
Não se deve julgar, porque você será julgado também. Pelo outro? Pode até ser… mas muito pior do que isso é que você será julgado por você mesmo. COMO ASSIM? Ficou confuso? Calma, que eu explico! Isso funciona da seguinte maneira: tudo o que nós proferimos o nosso cérebro registra e armazena. Algumas palavras, ele pode deixar na consciência, outras podem ir para o subconsciente. Mas o fato é que ele registra todas as nossas palavras; e depois uma hora ou outra poderá usá-las contra ou a favor de nós mesmos. E o mais perigoso de tudo isso é que o cérebro não consegue diferenciar quando estamos nos referindo a nós ou aos outros. A sua consciência diferencia, mas o seu subconsciente não. Ou seja, seria assim: sempre que você fala de alguém, estaria falando de si mesmo. Então se você tem o hábito de julgar e falar negativamente das pessoas; para a sua mente você se refere a si próprio, porque ela não consegue processar essas informações como sendo do outro. Claro, a nível inconsciente. Então, de certa maneira, isso refletirá em você em um momento posterior. Para que você entenda melhor, vou lhe dar um exemplo:
Vamos supor que alguém está palestrando, está ensinando, e você está assistindo. E aí você começa a falar mal e julgar o palestrante sem dó e sem piedade. Talvez você diga: “Olha como ele não sabe o que fala, olha que ridículo, olha como está nervoso, olha como gosta de aparecer, olha a roupa dele, e por aí vai. Então encontramos um problema aqui: se por acaso um dia surgir uma oportunidade para você palestrar, para você ensinar algo em público, para você manifestar a sua opinião em grupos de pessoas ou para você se posicionar diante de alguma situação… Você acha que conseguirá tranquilamente, sem desembaraço e com autoconfiança? Bem, a probabilidade será bastante remota. Certamente você irá “tremer nas bases”, pois como você julga severamente os outros, na sua mente, as pessoas farão o mesmo com você. E será assim para todas as outras áreas da sua vida, caso viva julgando os outros. Ou seja, todas as vezes que você precisar tomar decisões, ficará com medo de ser julgado, de ser criticado, ficará com medo do que as outras pessoas irão achar de você.
Percebeu como você perde, por viver julgando os outros? Você se bloqueia, e automaticamente fecha os seus caminhos.
E a segunda razão, e a mais perigosa na minha humilde opinião, é:
Cada vez que julgamos alguém é como se nos colocássemos diante dos problemas das pessoas como os solucionadores. Veja bem! Não é isso que os juízes fazem? Os juízes solucionam os problemas dos outros, dando uma decisão, que de acordo com a interpretação deles, e que esteja em conformidade com a lei, seria a melhor. Então quando julgamos, nos comportamos como juízes. Sendo assim, mentalmente seria como se precisássemos resolver os problemas dessas pessoas. De fato, quando julgamos, achamos que somos melhores, e que temos as melhores condições para solucionar tais problemas, e caso os tivéssemos assim faríamos. Ou seja, se estivéssemos no lugar daquele que julgamos, faríamos melhor.
Dessa maneira, quando menos esperarmos, a vida trará para nós situações semelhantes, para que nós confirmemos para nós mesmos que de fato podemos fazer melhor. Afinal de contas, o nosso cérebro sempre está certo. Percebeu o perigo?
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Nós apenas perdemos em julgar os outros, pois só atrairemos para nós situações negativas!
É por isso que existe aquele ditado popular tão verdadeiro:
“Quem tem telhado de vidro não joga pedra no telhado dos outros!”