Autoconhecimento Psicologia

Natal, um dia mais que especial

Merry Christmas and Happy Holidays! Mom and daughter decorate the Christmas tree indoors. The morning before Xmas. Portrait loving family close up.
Escrito por Ana Racy

Ah, como o tempo passa rápido! Mais um ano se aproxima do final, mas um pouco antes de o ano terminar, todos se envolvem com uma festa que poderia ser tão especial.

Muitos me perguntam: “como assim ‘poderia ser tão especial’?”. E nessa hora começo a me lembrar dos Natais da minha infância e adolescência, dia em que também comemorávamos o aniversário de alguém muito especial: minha mãe, Natalina Genny. A família sempre reunida, muita alegria e muita comida.

Uma família de mãe e tias artistas que tantas vezes fizeram os presentes aplicando neles não apenas os bordados e pinturas, mas todo o amor e carinho que sentiam por nós. Todo esse talento foi ensinado para as filhas, continuando assim a tradição de trabalhos manuais que hoje enfeitam portas, árvores e casas de tantas pessoas.

Uma coisa, no entanto, me marcou mais que tudo. O dia 25 de dezembro não era apenas o aniversário da minha mãe, mas o de alguém que representou na Terra o maior exemplo de amor e moral. No dia 25 comemora-se também o nascimento de Jesus. O seu aniversário sempre foi lembrado em nossa família e oferecíamos como presente aquilo que ele nos ensinou: “Faça ao outro aquilo que gostaria que fosse feito por você”.

Assim, com o mesmo amor que preparávamos nossas coisas, preparávamos também para aqueles que não tinham uma família, que não tinham alimento e, junto com o material, levávamos o nosso abraço e o nosso amor.

Hoje, percebo muitas pessoas incomodadas nessa época porque gastam muito ou porque não tem o que gastar. Vejo muitas pessoas preocupadas com o presente que precisa agradar. Vejo muitas pessoas bravas por terem que ficar com essa ou aquela família e também vejo pessoas muito tristes por não terem uma família para ficar. E por isso penso que a festa poderia ser tão bonita. Para uns, de fato é, mas outros ainda buscam o significado do Natal.

Nesse momento, reflito sobre o que seria o verdadeiro espírito do Natal e me lembro do poema escrito pelo meu pai, Wanderley Racy, chamado “Natais Antigos”. O poema diz assim:

“Hoje resolvi escancarar todas as portas, cortinas e janelas da memória do coração.

Banhei com a luz do sol das lembranças minhas saudades empoeiradas.

Bati com o vento das recordações cada um dos cantos frios do passado, onde se amontoam os dias vividos.

Varri o chão pisado dos desenganos e fiz jorrar a água clara dos meus cantares.

Do fundo, lá do fundo da memória foi crescendo a mais pura das recordações.

A dos Natais que vinham e passavam sem presentes, mas que ficaram com o calor sublime da fraternidade cristã entre os homens que se amavam no respeito mútuo de suas diferenças, pela glória maior do exemplo de Deus-menino.

E a minha velha casa de repente se encheu de luz….”

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Com ele, encerro esse artigo desejando a todos um feliz Natal, no seu sentido mais puro. Que possamos olhar para o lado e que enxerguemos no próximo um irmão, exercitando em nós o verdadeiro espírito natalino!

Natal é, acima de tudo, comunhão com o Divino!

Um abraço fraterno a todos que me acompanharam esse ano.

Sobre o autor

Ana Racy

Psicanalista Clínica com especialização em Programação Neurolinguística, Métodos de Acesso Direto ao Inconsciente, Microexpressões faciais, Leitura Corporal e Detecção de Mentira. Tem mais de 30 anos de experiência acadêmica e coordenação em escolas de línguas e alunos particulares. Professora do curso “Psicologia do Relacionamento Humano” e participou do Seminário “O Amor é Contagioso” com Dr. Patch Adams.

E-mail: anatracy@terra.com.br