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Nosso castelo particular

Imagem de um homem sentado, cabisbaixo pensando em seus sentimentos e desejos. Ao fundo uma parede bege com alguns rabiscos, representando os seus pensamentos.
Bowie15 / Getty Images / Canva Pro

Nós, seres pulsionais, carregamos um vulcão de emoções, desejos e dores não ditas. Por trás de cada sorriso, há histórias não contadas e lágrimas acumuladas. Vivemos em busca de empatia e compreensão, enfrentando nossos dragões internos. A essência da humanidade está no silêncio compartilhado e na luta contra a superficialidade da vida.

Nós, seres pensantes, diferentes dos outros animais que agem apenas por instinto, somos criaturas pulsionais. Dentro de nós, habita um vulcão de desejos, sonhos, lágrimas e dores — muitas vezes atendidas, outras tantas não. Quantas lágrimas não choradas se acumulam em nossos olhos?

Quantas palavras ficam presas na garganta, não ditas? Saudades que nos rasgam por dentro, nos prostram e nos calam. As partidas, os amores mal vividos, entremeados por ofensas cortantes, compõem uma sinfonia de emoções que poucos conseguem perceber.

No elevador que nos leva ao andar de cima ou ao de baixo, ninguém conhece os castelos particulares que construímos, tampouco os dragões que, em algum momento, se rebelaram contra nós e já não nos protegem dos ventos uivantes da vida.

Somos seres em constante estado de espera, sempre desejosos do que não temos. E quando finalmente conseguimos o que almejamos, logo nos sentimos insatisfeitos, buscando algo que em breve se tornará “velho”.

O tempo mexe com todos nós, jogando em nosso colo presentes ingratos disfarçados de perguntas que nunca tivemos coragem de fazer. “Por que ele partiu?”; “Por que estamos tão distantes um do outro?”; “Meu Deus, houve um tempo em que não havia despedidas em nosso olhar”.

Imagem de um homem caminhando em uma estrada vazia.
Bowie15 / Getty Images Pro / Canva Pro

A vida nos impõe essas interrogações, e em meio ao caos da rotina, seguimos como se fôssemos figuras anônimas em um quadro. Na calçada por onde caminhamos dia após dia, ninguém conhece o mundo subjetivo que carregamos dentro de nós.

Estamos sempre à mercê dos imprevistos, com um crachá invisível que diz: “Diga, qual é a próxima estação?” Por trás de cada sorriso, por trás de cada cumprimento, há uma história não contada, uma dor não exposta, uma saudade não verbalizada.

E é nesse silêncio compartilhado que reside a essência da nossa humanidade. Em um mundo que parece cada vez mais superficial, talvez o que mais precisamos é de empatia, um olhar que realmente veja o que se passa no coração do outro.

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Afinal, todos carregamos nossos próprios dragões e castelos, lutando silenciosamente contra as tempestades que se abatem sobre nós. Que possamos, ao menos, encontrar um pouco de compreensão neste labirinto de sentimentos que nos define.

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Sobre o autor

Janio Ferreira Costa (Psicanálise Online)

Olá, sou Janio psicanalista, estou feliz por estar aqui. Fazer terapia é ler a si mesmo.

Trabalho com sessão online com adultos, veja meus contatos no final deste artigo. Grato.

Acredito que você é uma pessoa de grande valor e que nasceu para um propósito; dentro de você há um rico depósito de habilidades, mas a vida acontece e surgem situações que obscurecem a visão da gente, fazendo com que você sinta que "não vale a pena". Com isso pode vir a ansiedade ou uma série de transtornos.

Se isso ressoa em você, conecte-se comigo hoje e vamos conversar.
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