Vimos no artigo passado uma breve explicação sobre o que é assédio sexual no âmbito profissional e convém falarmos do assédio sexual nas ruas, aquele que, cruzando a fronteira entre o flerte saudável e a cantada interessante, expõe a mulher e sua integridade física e psicológica; aquele que, de maneira deliberada e covarde, ataca a vítima nas ruas, no transporte público, impondo sua vontade inescrupulosa.
São inúmeros os casos de assédio nas ruas, e as marcas deixadas são aterrorizantes e duradouras. É importante que se saiba o que é assédio sexual e como defender-se. Já sabemos, nós mulheres, que quando não é agradável e não há troca entre as partes, deixa de ser bom e respeitoso, e força a vítima ou a constrange, é crime. O responsável deve ser punido e, para isso, denunciado.
Quando é assédio, então?
Podemos iniciar a resposta simplesmente dizendo: quando não é recíproco, quando não queremos, quando não nos respeita! Assédio é qualquer ato de constrangimento, palavras ofensivas, contato ou gesto libidinoso forçado e desrespeitoso; a prática do alívio masculino na mulher durante uma viagem de trem, por exemplo; o toque forçado e bruto, constrangendo-a, impossibilitando sua defesa, já que em alguns casos, o assediador utiliza-se do recurso de atacar sua vítima enquanto ela dorme.
O que eu preciso saber?
O assédio sexual nas ruas não reflete a verdade sobre o que se ouve a respeito de suas vítimas: vestimenta provocante, possível interesse da vítima, etc. Quando deixa de ser agradável e respeitoso, quando se força o contato ou quando se desrespeita com xingamentos e atos libidinosos, é assédio, sim!
Assim como descrito no artigo anterior, a denúncia deve ser feita diante de autoridade, no caso uma Delegacia, e a partir daí dá-se início a um processo judicial. As formas de provas são: uma imagem do assediador, a descrição de suas roupas, traços físicos, o local onde ocorreu o ato e testemunhas.
Disque 180 também, se quiser denunciar.
E a vítima?
Cabe aqui dizer que a vítima merece cuidados emergenciais, devendo ser levada a um hospital em especial se algum contato íntimo por parte do assediador foi mantido. A ajuda psicológica também é primordial.
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