“Preciso de um carro novo”, “quero trocar o meu celular por um mais atual”, “tenho que comprar aquilo”, quantas vezes você já não escutou algum comentário desse tipo de um amigo? Aliás, em muitas ocasiões nós somos responsáveis por manifestar essa vontade. Mas quantas vezes paramos para indagar se realmente precisamos daquilo que estamos prestes a adquirir?
A nossa cultura ocidental prega essa ideologia consumista em todos os aspectos. A visão de uma pessoa bem-sucedida é aquela que adquire mais e mais bens, mesmo que não tenha a mínima necessidade na vida dela. Não é por acaso que muitos produtos quebram com extrema facilidade e o preço do conserto praticamente equivale a adquirir um novo. Cada vez mais os objetos tem uma vida mais curta e são relançados em uma nova embalagem, mesmo sem nenhuma inovação e rendem bilhões de dólares.
Para as gerações mais antigas que hoje possuem um smartphone, por exemplo, elas se lembram que até pouco tempo não tinham acesso a essa tecnologia? Porém a utilidade desse artefato torna na vida tudo mais fácil, afinal ele cria uma necessidade que não tínhamos até ter acesso ao smartphone.
Sem falar na aquisição de bens que perdem o seu valor de utilidade apenas pelo status. Podemos citar a moda dos aparelhos dentários coloridos, no qual muitos jovens que não precisam usar o corretor acabam optando por ele somente para estarem inseridos na moda de seus grupos de convivência.
Consumismo desenfreado de toda a humanidade vai nos levar à destruição. Uma ótima definição para status é aquilo que você compra, mas que no fundo não quer, com um dinheiro que você não tem, para mostrar a quem você não gosta aquilo que você não é. Esse tipo de aquisição de produtos chama-se consumo conspícuo, que nada mais é do que os gastos em bens e serviços adquiridos principalmente com o propósito de mostrar riqueza.
A grande verdade é que cada um cuida e leva a sua vida como bem entender. A reflexão para essa situação entra no campo pessoal no momento em que o indivíduo deixa de consumir o essencial para viver em função do ostentatório, prejudicando a si mesmo. E também no aspecto ecológico, afinal precisaríamos de três Terras para fornecer toda a matéria-prima necessária se todos consumissem igual aos estadunidenses.
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A grande verdade é que o consumismo desenfreado de toda a humanidade vai nos levar à destruição. Hábitos e costumes precisam ser revistos por todos nós, mas podemos começar a fazer nossa parte. Você realmente consome o essencial para viver ou vive para consumir?
- Escrito por Diego Rennan da Equipe Eu Sem Fronteiras.