Uma nova pesquisa revela um conceito totalmente original: o organismo humano pode criar vitaminas necessárias, incluindo a vitamina C, completamente sozinho!
Este fenômeno torna-se possível devido a bactérias que vivem em nossos intestinos e servem como fabricantes de uma vasta gama de vitaminas. Isso só confirma que a ciência moderna está longe de entender 100% como o organismo humano funciona, incluindo sua incrível capacidade de adaptações epigenéticas para a sobrevivência.
Todo o ser humano é composto de uma unidade de “formas de vida” que estão dentro e fora do nosso corpo. Estas “formas de vida” são chamadas de microbiotas.
Joshua Lederberg, um dos pioneiros da biologia molecular e vencedor do Prêmio Nobel de Medicina, criou este termo e tentou apontar a importância dos micro-organismos para determinar doenças. Nossos corpos contam com um grande número de micro-organismos que reagem de maneiras diferentes, e até mesmo desconhecidas. Além disso, é extremamente importante notar que, em cada um de nós existem 10 vezes mais bactérias do que o número total de todas as nossas células combinadas. Desde o nascimento, cada ser humano é literalmente colonizado por micro-organismos que vivem em simbiose.
Ao longo dos anos, se torna evidente que o sistema imunológico humano depende dos micro-organismos; a falta deles, pode causar não apenas a desnutrição, mas também tornaria impossível o combate de várias doenças.
As inovações nas pesquisas que dizem respeito a sinergia de micro-organismos do corpo humano permitiu trazer informações sobre estes pequenos ajudantes e as suas capacidades de geração de nutrientes como vitamina C.
Os microbiomes desempenham um importante papel na compreensão do corpo humano como um meta-organismo, que consiste em trilhões de outros organismos e vírus sem a qual não seriamos capazes de sobreviver. Esta é uma parte da Teoria Hologenômica da Evolução, que postula a idéia de que o tema da seleção natural não é um organismo individual, mas um “holobiont” ou seja, um organismo individual além de sua comunidade microbiana conjuntiva, incluindo uma rede complexa de bactérias, vírus, protozoários, fungo e helmintos.
Este trabalho de pesquisa aborda o papel da bactéria ácido leite com relação a comida; as bactérias encontradas no iogurte é um exemplo. Naturalmente, a parte mais relevante da pesquisa são as descoberta isoladas a partir de amostras bacterianas intestinais humanas, que são capazes de produzir um largo espectro de vitaminas, incluindo vitamina C, ou seja o ácido ascórbico.
No entanto, esta pesquisa não descreve exatamente a forma metodológica dessa descoberta, porém, Sayer Ji que é editor do portal de medicina “Publi Med” dos Estados Unidos olhou em detalhes este incrível trabalho, para descobrir mais fatos.
Sayer descobriu que uma amostra de estirpe bacteriana, conhecida por ser uma parte do corpo humano, é capaz de produzir ácido escórbico, além de bactérias que contem vias biossintéticas de L-ascorbato.
Naturalmente, esta descoberta não prova que o intestino tem o poder de produzir quantidades fisiologicamente relevantes de vitamina C por si próprio, mas com a ajuda desta estirpe bactéria obtem-se a prova de que é possível para o corpo humano produzir vitamina C. Esses valores podem ser pequenos, mas produzi-los pode ajudar a manter a nossa saúde.
Você também pode gostar:
Mesmo que de início, este pode ser um grande passo para o desenvolvimento de uma melhor compreensão de como nós, seres humanos, temos independência molecular, que deve ser bastante estudada, afim de analisar cuidadosamente as chances que temos de nos reinventar.
Referência: Green Med Info e PubMed.org
- Texto traduzido e adaptado por Natalia Ianonne da Equipe Eu Sem Fronteiras.