Podemos começar a entender a nossa biografia, nossa história de vida – e, como resultado, quais forças derivamos dela – vendo o nosso desenvolvimento e, a partir daí, como este vivenciar impacta a nossa maturidade, nosso processo de envelhecimento.
Para ficar mais organizado, podemos separar nossa constituição em três partes: pensar, sentir e querer.
0-7 anos – Pensar
No primeiro setênio, desenvolvemos o Sistema Neurossensorial ou o Sistema Nervoso Central, sede do pensar, que nos ajudará a nos estruturar.
Junto com isso, desenvolvemos os sentidos, que são “janelas para o mundo”. É através dos sentidos que vamos começar a entender o que constitui a nossa vida, o que acontece ao nosso redor.
Na maturidade, quando nossas forças físicas se enfraquecem e nossos sentidos se desgastam (má visão, audição etc), os sentidos vão se transformar em uma capacidade de compreensão do mundo.
Segundo Gudrun Bukhard, sistematizadora da biografia antroposófica, se estes sentidos forem solicitados de maneira extrema ou fora do tempo neste período, haverá um desgaste que aparecerá na maturidade. Por exemplo, uma criança que aprende a ler muito cedo (as crianças estão preparadas para isto após a queda dos primeiros dentes, aos sete anos), pode resultar em uma pessoa com problemas de memória mais intensos dos 56 aos 63 anos, fase que espelha o primeiro setênio.
7-14 anos – Sentir
No segundo setênio, desenvolvemos o Sistema Rítmico, sede do sentir. Os órgãos desenvolvidos nesta época são o coração e o pulmão, órgãos de troca com o mundo.
É importante que a criança não seja bombardeada com conteúdo muito intelectual – o aprendizado deve ser por meio de imagens, para favorecer a imaginação. Caso isso não seja respeitado, no amadurecimento, haverá uma “cristalização”, um endurecimento do pensar.
Quando pensamos em coração e pulmão, pensamos também em ritmos – inspiração e expiração. Os ritmos são muito importantes nesta época, e vão doar força tanto neste setênio quanto dos 49-56 anos, momento em que devemos procurar um ritmo mais adequado às nossas necessidades físicas.
Na maturidade, o inspirar e expirar são também experienciados numa capacidade de entender melhor o mundo, escutar (inspirar) e de devolver ao mundo um pouco do que recebemos (expirar).
14-21 anos – Querer
No terceiro setênio, desenvolvemos o Sistema Metabólico-Sexual, sede do querer. Os órgãos desenvolvidos nesta época são aqueles relacionados ao querer (agir, vontade) – os braços, pernas e os órgãos sexuais.
Será com estes membros que o jovem vai transformar o mundo, portanto nada mais apropriado que nesta fase se desenvolvam também os ideais (pensar).
Na fase do espelhamento (42-49), em que as forças sexuais diminuem (menopausa etc.), os ideais serão amadurecidos e se transformarão em idealismo (fazer o que pensou).
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