Hoje amanheci com um desejo enorme de sair com uma marreta e marretar o primeiro que cruzar meu caminho. Já se perguntaram por que ficamos assim, nesse estado ou estágio?
Existem razões sociais, neuroquímicas, psíquicas, emocionais, comportamentais, espirituais…
Aguardando peça de reposição a 6 meses em concessionária, atendente técnico que descumpre o prometido, reforma em casa e materiais que são entregues fora do especificado, pedreiros descumprindo prazos, coisas que não caminham, colegas de trabalho braço curto, invasão de privacidade dos sem noções de limite, cuidados com a saúde física, exercícios do sentir, autoavaliações constantes…
Status de hoje: frustrado com o mundo! E com todos!
Essa é uma pequena lista de alguns detalhes do momento de vida. Mas por que externar ou expor isso?
Justamente para fazermos uma análise do sentir e do momento sentido e vivido. Se perguntarmos ou abrirmos uma enquete, veremos que todo mundo passa por situações entendidas por elas no momento presente como “problemas” ou desafios de vida.
Quem está num processo de autoconhecimento ou de reforma do seu sentir, costuma se cobrar ou se culpar muita das vezes por sentir raiva, agressividade.
Já pararam para pensar que somos seres humanos e se frustrar com a vida faz parte do sentir?
Já pararam para pensar que a raiva é uma resposta de defesa do ser, e se bem conduzida pode ser útil?
Desejos e realizações em andamento em nossas vidas diariamente nos impulsionam para o viver e o realizar, salvo os processos depressivos em que o ser perde a razão do realizar e viver. É fato que, o mundo em que vivemos nem sempre responderá aos nossos desejos e impulsos, seja no tempo que esperamos ou até mesmo na resposta que esperamos. Essa projeção de tempo ou resultado chamamos de “expectativa”.
A energia aplicada “X” produzirá uma expectativa “Y” resultando em um fator realização ou frustração “Z”.
Cada um reage de uma forma diante das realizações e/ou expectativas frustradas. Bloquear essas reações é tão nocivo quanto não ter freio diante de algumas, pois essa energia fluirá para algum lugar, normalmente se castrada no próprio corpo. Se extravasada de forma impulsiva pode atingir quem ou o que não tem nada a ver, ou até mesmo atingir quem tem a ver, mas de forma a gerar um prejuízo maior que a resultante desejada, gerando então outros ciclos de problemas.
Como lidar com a raiva, a frustração, ou os polos negativos engatilhados?
Desenvolvendo o binômio razão-emoção, sabendo, em primeiro lugar, os gatilhos e os movimentos que disparam as reações; em segundo, entendendo como se reagem diante de cada emoção disparada pelo gatilho; e em terceiro, analisando o que fazer com o que se sente.
Sem sentir não haverá trânsito pela emoção.
Sem parametrizar, analisar não haverá trânsito pela razão.
Diante desses dados iniciais, avalia-se o que pode ser mudado, quando pode ser mudado, como pode ser mudado, por que ser mudado, para que ser mudado, ou não.
Ter consciência de tudo isso ajuda no processo de conhecimento interior; no processo de recanalização da raiva, por exemplo; no processo de várias patologias psicossomáticas; no processo de crescimento individual e coletivo.
O desejo de resolver muita coisa na marretada existe, mas…
Por Fábio Nasa — Texto
Vontades de desejos — O Dragão e a Espada
Hoje queria dar “porrada” em alguém! Quero, mas não posso; posso, mas não devo; devo, mas não vou, pois nem tudo o que quero eu posso, e tudo que posso nem sempre devo.
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A diferença entre o ser que está se “educando emocionalmente” e o ser “deseducado emocionalmente” está relacionada à condição do “ser ou estar”, ser um estado emocional ou estar um estado emocional. Hoje estou aprendendo a sair do “ser”, mas permitindo-me “estar”.
Hoje estou frustrado com,
Com raiva de,
Mas sei o porquê, para que e, principalmente, que “vai passar”.