O homem que abre a porta do carro para a mulher, pega as compras para ela não carregar peso e quando saem paga a conta pelos dois… O tipo de homem que era considerado cavalheiro em algumas décadas atrás, hoje pode ser visto como machista por algumas mulheres. Em época que o tema “empoderamento feminino” está em alta e os grupos feministas ganham mais adeptas, alguns costumes masculinos caem em desuso, mas não em todos os casos. O que o homem deve fazer em tempos como esses?
A mulher nunca teve tantas oportunidades de ser independente como hoje. A situação está longe do ideal, mas é possível que a mulher seja independente e não precise de um marido para ser feliz tanto na vida pessoal quanto na profissional. O que reflete também em como ela espera ser tratada pelos homens. E é aí que está algo que não é consenso entre as mulheres. Cavalheirismo ou machismo? Para algumas, um simples ato de gentileza pode ser uma demonstração que o homem coloca a mulher como submissa. Para outras, é apenas um ato de gentileza.
E os homens como ficam? Algumas vezes perdidos, algumas vezes aliviados. Perdidos quando tentam ser agradáveis e acabam sendo acusados de machismo. Mas aliviados quando sabem que não precisam se comportar como seus avôs faziam no século passado. Já para saber se as mulheres vão aprovar algum comportamento masculino, depende muito de cada mulher.
A solução para esse problema é conhecer a mulher com quem você está saindo. Nós, homens, só podemos saber qual o nosso papel em um relacionamento quando entendemos quem é a mulher com quem estamos lidando. Se ela for do tipo que gosta de demonstrações de afeto e gentilezas, ela não vai se ofender se você demonstrar carinho de forma sincera. Já se ela for do tipo extremamente independente, ela não vai se ofender em dividir a conta do restaurante. Ou seja, tudo depende. O importante é conhecer de verdade a mulher e não colocar como se todas fossem iguais. Cada mulher é única e o papel do homem em um relacionamento vai variar de acordo com o que ambos esperam de um caso amoroso.
Já para as mulheres, o que os homens têm a dizer sobre isso segue o mesmo raciocínio. Não adianta colocar todos os homens em um mesmo pacote, como se todos exercessem o machismo ou se todos fossem cavalheiros. Isso não existe. Cada homem tem uma personalidade e uma forma diferente de lidar com os relacionamentos. Então, antes de julgar se o cara é machista ou não, as mulheres também devem conhecer cada homem como único, respeitando a individualidade dele e entendendo as suas motivações. Nem tudo que parece é machismo e nem toda gentileza é sincera. Cada caso é um caso.
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Esperar ter um guia politicamente correto que indique o que o homem deve ou não fazer em um relacionamento é se iludir. O lado bom de as mulheres estarem ganhando o seu espaço independente dos homens é exatamente poder se relacionar com elas de uma forma única e verdadeira, sem se preocupar com rótulos e aceitando que cada interação deve ser respeitosa, mas sem deixar de lado o afeto e a compreensão. Sem machismo e sem cavalheirismo. O papel do homem nos relacionamentos de hoje é saber tratar cada mulher como ela é: única!
Escrito por Ricardo Sturk da equipe Eu Sem Fronteiras