Quantas vezes você já viu na televisão alguém criticando o ensino público? A má qualidade das escolas é visível, basta avaliar os resultados dos alunos e compará-los com o resto do mundo. Mas afinal, o que podemos fazer para resolver esse problema?
A resposta óbvia é “investir mais na educação”. Mas investir como? Aonde aplicar os recursos? Aprimorar a formação dos professores? Melhores salários para os educadores? Colocar equipamentos de última tecnologia nas salas de aula? Materiais escolares e uniformes gratuitos? Merenda nutritiva? Horários flexíveis? Transporte escolar gratuito? São muitas as vertentes que precisam de investimento, mas qual é a prioridade?
O primeiro fator que deve ser avaliado é: o que os pais esperam das escolas? Elas devem formar futuros trabalhadores ou cidadãos?
Muitas famílias lamentam os períodos de férias escolares, pois as crianças passarão o mês incomodando em suas casas. Como explicou o filósofo Mário Sérgio Cortella, as escolas não têm o papel de educar as crianças. Esse é o dever dos pais e da família.
Portanto, segundo Cortella, as famílias são responsáveis pela educação e a escola tem a tarefa da escolarização da criança. Por mais que uma criança passe grande parte do dia dentro de uma sala de aula, o maior tempo é (ou deveria ser) com a família.
Muitos pais compreendem com exatidão que as escolas estão com variados problemas, alguns dos mais absurdos, porém nunca abriram o caderno da criança e lhe ajudaram em um dever de casa ou nunca foram em uma reunião. Não os culpo totalmente, afinal nem sempre é possível sair do trabalho, este que garante o sustento familiar, e acabam exaustos no final do dia.
Se o governo não está fazendo o seu papel, então é muito importante que os pais possam acompanhar o mais próximo possível o desenvolvimento escolar desse jovem. Qualquer queda no desempenho escolar ou alteração no comportamento da criança é muito mais fácil de ser percebida dentro de casa do que na sala de aula, que muitas vezes é composta por 40 ou até 50 estudantes.
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Com um ambiente estudantil deficitário, os obstáculos são muito maiores na trajetória acadêmica, porém não são insuperáveis. Cobre que os governantes façam o dever deles, mas também faça a sua parte. Somos todos responsáveis pelo futuro de nossos jovens.
- Texto escrito por Diego Rennan da Equipe Eu Sem Fronteiras