Convivendo

O poder do “não” em nossas vidas

Mulher branca segurando a palavra "no".
Vie Studio / Pexels
Escrito por Fernanda Colli

E nossa vida vai passando bem como o tempo, e a nossa coleção de “nãos” só parece aumentar. É o não que você recebe num emprego, o não de um projeto, um não no relacionamento… o fato é que essa coleção, que convenhamos, não é nada agradável, é o que nos torna mais fortes e mais resilientes durante nossa jornada.

Dói. Sabemos que dói. Quando o não é relacionado à sua essência, à sua vida e à sua história. Saímos na maioria dos “nãos” destruídos, como se acabássemos de tomar um pontapé rumo a um imenso buraco, escuro e fundo. O não pode fazer mal, mas por outro lado, temos a escolha de fazer com que esse não seja um acréscimo ou uma nova oportunidade de repensarmos sobre nossas atitudes. Renovar-se. Por que recebi um não daquela pessoa? Será que agora é a hora de mudar ou simplesmente não era pra mim aquele lugar?

Esse poder de escolha é único e exclusivo de nós mesmos. Costumo sempre utilizar o exemplo do ovo e da cenoura: os dois, quando envolvidos em água fervente, têm reações diferentes: o ovo quanto mais cozido, mais duro se torna; ao contrário da cenoura, que se torna macia e saborosa. Cabe a nós escolher se nessa quentura de “nãos” seremos o ovo ou a cenoura.

Mulher branca de cabelos curtos e castanhos com a mão aberta em frente ao rosto.
Isaiah Rustad / Unsplash

O mais importante é sabermos que demos o nosso melhor. Isso ninguém poderá mudar nem com um não. E saia da situação se amando; amando que deu o seu melhor; que foi uma boa pessoa; que tem a consciência tranquila. Siga com a noção de que você respeitou seus valores, sua educação e sua essência.

Que tenhamos a fé verdadeira sobre todas as coisas, inclusive pelo nosso não. E quando falo em fé verdadeira, significa que não é sobre Deus nos dar tudo o que pedimos, mas sim Ele nos providenciar o que há de melhor em nossas vidas.

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Que a gente chegue, permaneça e vá embora de todos os lugares, sob todos os “nãos” sabendo que fomos fiéis a quem somos. Sempre.

Porque o preço de ser verdadeiro muitas vezes é alto demais, mas a sensação da consciência sempre tranquila é incomparável.

Sobre o autor

Fernanda Colli

Educadora e escritora brasileira, natural de Araçatuba, São Paulo. Formada em Pedagogia, Psicopedagogia e Arte-Educação, possui também graduações em Letras, História, Artes e Educação Física. É especialista em Literatura Brasileira, Educação Infantil e Educação Especial.

Como membro da Comissão Infantopedagógica da IOV Brasil (Organização Internacional de Folclore e Artes Populares), dedica-se à pesquisa e promoção da cultura popular brasileira, com ênfase nas tradições caipiras do interior paulista. Ela é catireira e coordena projetos culturais em Araçatuba, como o "Catira e Folclorear".

Na literatura é autora de obras como "Um Conto de Fadas à Moda Caipira" e sua sequência, que mesclam elementos dos contos de fadas tradicionais com a rica cultura caipira brasileira.

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