A alimentação é um dos assuntos mais polêmico na vida de todo o ser humano. Seja em nosso país ou ao redor do mundo, todos tem uma reclamação e um elogio a fazer ao seu corpo e sua saúde. Tais agrados e desagrados estão muito ligados ao tipo de alimento que ingerimos e como os inserimos em nossa rotina alimentar.
Presente no mundo virtual, no ambiente de nossas casa, habitante da nossa mente e tema comum, a dieta e a vida saudável são pautas que podem gerar muita discussão.
Desde nutricionistas e outros profissionais de saúde até leigos no assunto, a quantidade de informações disponíveis sobre os alimentos e sobre nutrição são inúmeras, entre falsas e verdadeiras, dicas e hábitos são constantemente recomendados. Vale avaliar a veracidade de tais e ainda se são cabíveis ao seu tipo de corpo e seu estilo de vida.
Muitas pessoas mudam sua alimentação em função de algum outro exemplo de mudança assistido que deu certo. Entretanto, desconsideram que cada um tem um tipo de corpo, um nível de metabolismo e uma vida diferente do outro, sendo assim, é claro que os resultados para uns nunca serão os mesmos que para outros.
Os carboidratos
Muito temido por aqueles que desejam perder alguns quilinhos, os carboidratos são vistos como os vilões das dietas.
Carboidrato é a classe de alimentos fornecedores de energia para o corpo. Incluindo moléculas de amido e glicídios, são o que fazem com que os músculos tenham força para trabalhar e com que todas as outras funções do corpo desde comunicação entre neurônios até a regulação de hormônios na corrente sanguínea funcionem efetivamente.
A grande questão está no que o excesso de carboidratos pode gerar no corpo. Se uma grande quantidade de energia é consumida e o corpo não irá utilizá-la nas próximas atividades, o organismo entende que deve armazená-las para uso posterior.
Sendo assim, os carboidratos são transformados em gordura para ser “depositada” em algum lugar no corpo para eventual necessidade de queima para utilização. É aí que ninguém gosta da notícia, pois ela significa os pneuzinhos e gorduras localizadas.
Porém o controle da ingestão de carboidratos deve ser muito bem avaliada, principalmente por não se tratar apenas de uma questão de quantidade, mas sim de qualidade.
Existem carboidratos de diversos tipos, o que os diferencia é o seu índice glicêmico. O que é índice glicêmico? Basicamente, ele é um número que classifica como o alimento será processado pelo metabolismo. Ou seja, o tipo de molécula de açúcar (carboidrato) que o compõe faz com que o corpo reaja de certa maneira durante a digestão.
Por exemplo, os alimentos com alto índice glicêmico como arroz e aqueles compostos por farinha branca (pães, massas em geral) e frutas são rapidamente absorvidos pelo corpo fazendo com que a saciedade dure menos tempo e com que o fornecimento de energia seja imediato, se não consumida, logo será armazenada. É isto que faz com que este tipo de carboidrato seja conhecido por “engordar” mais facilmente.
Do outro lado, os classificados com baixo índice glicêmico fornecerão energia ao corpo de forma gradual, sendo mais bem aproveitados durante as atividades do dia e gerando saciedade por mais tempo. São eles: alimentos integrais (macarrão integral, pão integral, arroz integral, etc.), algumas raízes como batata doce e mandioca, alguns grãos como o feijão e o grão de bico e algumas frutas com menor IG (índice glicêmico) que outras.
As associações
A nutrição funcional é assim nomeada por ter como objetivo explorar da melhor maneira a função dos nutrientes dentro de nosso corpo. O princípio pode ser muito bem adotado para a ingestão de carboidratos.
A fim de reduzir seu IG, o consumo de gorduras boas, provenientes de oleaginosas como castanha do Pará, macadâmia, amêndoa, entre outras, auxilia na redução deste índice fazendo com que a molécula de glicose seja melhor aproveitada pelo corpo.
As substituições
A fim de eliminar os carboidratos de alto IG, como o pão francês, da alimentação, os brasileiros vêm adotando alguns hábitos da moda para substituí-los. Entre eles está a tapioca que vem entrando no lugar do pão na dieta de muitas pessoas.
A ideia surgiu primeiramente para atender aos pacientes da chamada doença celíaca.
A doença celíaca e sinônimo de tolerância ao glúten. O glúten é uma proteína presente no trigo, na cevada e em seus derivados. Sendo assim, o paciente celíaco deve deixar de consumir alimentos como pães, arroz e bebidas alcoólicas a fim de evitar distúrbios alérgicos e disfunções na absorção dos nutrientes e vitaminas proveniente do que se ingere.
A Tapioca
É aí que a popularidade da tapioca se fixou. Por não apresentar a proteína glúten, é uma boa opção para os celíacos.
Entretanto, algumas outras propriedades da tapioca tem sido ignoradas. Ela foi erroneamente associada à perda de peso, por poder “substituir” o calórico pão francês. Realmente em questão de calorias a tapioca apresenta menor valor energético que o pão, mas o seu índice glicêmico, como já explicado, é tão alto quanto o do famoso pãozinho francês.
Por ser proveniente da mandioca e não necessitar de nenhum óleo para seu preparo, ela é com certeza uma boa fonte de energia e também saudável. Porém, a atenção deve ser voltada para o seu rápido processamento como açúcar no corpo. Aqui vale a dica de associá-la à alguma fonte de fibras e gordura que diminua seu índice glicêmico.
A goma de tapioca pode ser facilmente encontrada em super mercados para ser preparada com recheios diversos. Para tornar seu consumo funcional, acrescente ingredientes como linhaça e chia, ou pasta de amendoim em suas receitas que levarão tapioca. Assim, sua absorção será mais inteligente e benéfica.
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Diversas receitas também podem ser encontradas para acrescentar a tapioca na dieta. Lembre-se sempre que ela é uma boa fonte porém não tão completa. É ideal para o período anterior a prática de exercícios físicos e deve estar associada com proteínas magras e gorduras de qualidade.
Procure um nutricionista que possa lhe indicar as quantidades e horários certos de como manejar os carboidratos em sua alimentação. Cuide para não exagerar e aproveite cada pedacinho de saúde que os alimentos podem lhe oferecer da maneira mais inteligente e funcional possível.
Texto escrito por Julia Zayas da Equipe Eu Sem Fronteiras.