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O que é amor?

Ilustração de um homem tentando entregar flores para uma mulher, enquanto ambos se equilibram sobre em um coração gigante sobre a água.
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Você já se perguntou o que é amor? É comum nos perguntarmos isso quando acreditamos que estamos gostando de alguém de um jeito especial e quando queremos traduzir o que sentimos por um(a) amigo(a) ou por uma pessoa da família.

Para muitos, amor é a resposta para tudo, é o que o mundo precisa para ser um lugar melhor, para que todos sejam capazes de se respeitar, para que as guerras acabem e para que não exista mais desigualdade. Será que o amor pode promover tudo isso?

O amor pode ser, para outras pessoas, algo a ser esquecido. Uma experiência ruim e dolorosa pode fazer um indivíduo criar aversão a esse sentimento. A falta de amor pode trazer consequências irreversíveis para uma pessoa que cresceu assim, tornando-a a incapaz de reconhecer gentilezas e boas amizades.

Ilustração de um casal de perfil, com os rostos encostados virados um para o outro, formando um coração.

E há também quem acredita que o amor é transformador. É por meio do amor que uma pessoa pode se tornar alguém melhor, agir para mudar a realidade em que vive, reconhecer as dores que outros sentem e se esforçar para minimizá-las ou até recuperar a confiança que existe dentro de si.

Embora nenhuma dessas definições esteja errada, o amor é ainda mais do que isso. A seguir, você vai conhecer as mais variadas respostas para a questão “o que é amor?”. Com quantas dela você concorda? Explore este sentimento!

Amor de todas as formas

Quatro mãos segurando linhas que se enroscam formando um coração.

A primeira forma de amor que uma pessoa conhece é o amor que sente pela própria família. É um amor incondicional e que não tem medo de nada, porque sabe que sempre haverá pessoas em quem se apoiar, em quem confiar e com quem contar. Nem todas as famílias fornecem essa base de carinho, compreensão e respeito, mas é isso que uma criança espera receber.

O amor que sentimos pelos nossos parentes é diferente do amor que sentimos pelos nossos amigos, que vamos conhecendo aos poucos, conforme amadurecemos. Neste caso, nós podemos escolher as pessoas que vamos amar, então nos identificamos mais com umas do que com outras. O amor de uma amizade parte da identificação de uma pessoa com outra, por mais diferentes que elas sejam.

Depois que fazemos nossos primeiros amigos e já temos o amor dos nossos familiares, uma nova forma de amar se apresenta para nós. As pessoas que querem se envolver romanticamente com outras encontram alguém com quem desejam passar os dias, compartilhar segredos e sonhos, alguém com quem sonhar. Esse amor é constituído por admiração, paixão, atração, amizade, confiança, respeito e compreensão.

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Muitas pessoas ainda defendem que esta forma de amor só pode existir entre um homem e uma mulher, mas isso não faz parte da definição de amor. O que importa é o sentimento que uma pessoa nutre por outra, não o sexo ou o gênero de cada uma delas. Recusar a existência desta forma de amor é a prova de que uma pessoa não entende muito bem o que é o sentimento chamado amor.

Quem não nutre o amor por si, não se ama e não reconhece os próprios defeitos e as próprias qualidades tende a destilar ódio sobre outras pessoas, como se elas fossem as culpadas por essa falta de carinho. Essas pessoas são as que mais precisam se perguntar o que é amor e como é possível praticá-lo no cotidiano.

O amor-próprio pode ser difícil de conquistar e nem sempre é incondicional ou eterno, mas é um processo de aprendizado sobre nossas vontades, sobre nossas habilidades, sobre nossos gostos e sobre nossas características. É um amor difícil, mas que pode trazer resultados incríveis a longo prazo.

O que é amor para cada religião

Ilustrações de diferentes símbolos sacros de religiões diversas.

O amor também está presente em cada uma das religiões, com definições distintas e, por vezes, inusitadas. No hinduísmo, por exemplo, a maior prova de amor se manifesta quando uma pessoa que segue essa religião é capaz de sentir devoção e desejo por uma divindade. Seria a união espiritual entre a pessoa e a divindade que revelaria a forma mais profunda de amar.

Para o judaísmo, por outro lado, o verdadeiro amor está ao lado de quem ama. Não é preciso que haja uma conexão entre uma pessoa e uma divindade, mas entre as próprias pessoas. Para esta religião, é preciso amar ao próximo como amamos a nós mesmos. O cuidado, a atenção, o respeito e o carinho devem guiar as relações humanas, então uma pessoa deve cuidar da outra como cuidaria de si mesma.

De acordo com o budismo, o amor é a força que será capaz de vencer o ódio. Não se trata de um sentimento afetuoso, mas de um sentimento de ação e de humanidade. O amor, para o budismo, é uma forma de trazer ao mundo melhores condições de vida, por exemplo. Por meio da meditação, segundo esta religião, é possível resgatar a força amorosa necessária para ajudar o próximo.

Ilustração de um casal se aproximando de uma figura budista, com os chakras alinhados.

No caso do cristianismo, o amor pode assumir duas formas. A primeira forma é a do amor que uma pessoa nutre pela outra, que é a base para constituir famílias e amizades. A segunda forma é o amor que uma pessoa sente por algo divino, como amar a Deus. A primeira forma pode ser considerada um amor que tem como objetivo suprir a carência e o desejo, enquanto a segunda refere-se a um sentimento puro e pleno.

No espiritismo, o amor só pode ser manifestado por meio da caridade. É fazendo o bem para outras pessoas e nos libertando de bens materiais que somos capazes de mostrar todo o amor que existe dentro de nós e que pode ser compartilhado com os outros. Neste caso, não há referências ao amor carnal ou ao amor divino.

Para as testemunhas de Jeová, o mundo está carente de amor. Esse amor ao qual se referem, no entanto, não é o amor entre uma pessoa e outra, nem mesmo os atos de bondade que deveriam praticar. O amor que falta no mundo, segundo esta religião, é o amor e a adoração por Deus, além da necessidade de seguir os mandamentos divinos.

Ilustração de uma mãe muçulmana carregando seus dois filhos no colo.

O islamismo traz uma nova perspectiva sobre o amor que não foi abordada pelas religiões anteriores. Segundo esta crença, o amor só é possível se as pessoas odiarem o mal. O amor e o ódio caminhariam juntos, portanto, e seriam essenciais para a existência do outro. Ao odiar a maldade, é possível amar a bondade e recusar tudo o que há de ruim.

Na umbanda e no candomblé, o amor é uma virtude concedida pelos orixás. É uma forma de levar luz e amor ao mundo, reconhecendo o dom que foi dado às pessoas para que elas fossem capazes de transformar a realidade com luz e paz. É um amor que parte, essencialmente, da bondade.

Ainda que as definições para amor sejam diferentes em cada religião, todas poderiam responder à pergunta “o que é amor?” dizendo que é um sentimento positivo. O amor sempre terá como objetivo trazer e fazer o bem, seja para uma divindade, para outra pessoa ou para si mesmo. O amor nunca limita, o amor nunca machuca. O amor é sempre respeito, compreensão e bondade.

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