Comportamento Saúde Integral

O que é anorexia nervosa e como o autoconhecimento pode ajudar a curar?

Imagem de uma balança de peso de banheiro colorida e no visor dos números está escrito a palavra SOS em cor rosa. Sobre a balança os pés de uma mulher com as unhas pintadas de vermelho escuro.
Okolaa / 123RF
Escrito por Eu Sem Fronteiras

A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar grave, que pode acometer homens e mulheres, relacionado a uma preocupação excessiva com o peso corporal. As pessoas que são vítimas da anorexia nervosa se enxergam de maneira diferente, ou seja, é como se, ao olharem-se no espelho, refletissem uma imagem distorcida, no caso, muito acima do peso para elas. Além disso, mesmo estando muito abaixo do peso, essas pessoas continuam se privando da alimentação.

Com isso, o corpo começa a sofrer consequências, como desnutrição, perda dos cabelos, frio em excesso, amarelamento da pele, magreza extrema e, para as mulheres, a suspensão da menstruação. Em casos mais graves, a pessoa pode sofrer de arritmia e até mesmo uma parada cardíaca.

A diferença entre anorexia nervosa e bulimia

Muitas pessoas tendem a confundir anorexia com a bulimia, mas, embora ambas sejam consideradas distúrbios alimentares, existem diferenças entre elas. De acordo com a psiquiatra Mara Maranhão, do Hospital Albert Einstein de São Paulo, na anorexia “existe um medo “mórbido” de engordar, em que a pessoa se recusa a manter um peso mínimo adequado de acordo com a idade e a altura”, recusando-se a ingerir qualquer tipo de alimento.

Imagem de uma moça usando uma blusa com listras branca e cinza de manga longa sentada à frente de um prato vazio. Em suas mãos ela segura um garfo e uma faca.
Ana Blazic Pavlovic / 123RF

A bulimia, por sua vez, acontece após episódios de compulsão alimentar, isto é, quando a pessoa come em excesso, arrepende-se quase que imediatamente e toma “providências” para que não haja ganho de peso, como usar laxantes, diuréticos ou provocar vômitos.

O que pode levar algumas pessoas a se tornarem anoréxicas?

A maioria de nós sempre está preocupado com a saúde do próprio corpo, não é mesmo? Alimentação saudável, exercícios físicos e atividades que estimulam a saúde mental são hábitos importantes para nos mantermos bem física e psicologicamente.

Que atire a primeira pedra quem nunca se preocupou com uma gordurinha aqui ou ali. De vez em quando, se não estivermos tão satisfeitos com o nosso “shape”, uma dieta e/ou reeducação alimentar, devidamente acompanhadas por um profissional especializado, podem fazer bem para o nosso corpo e para a autoestima.

O problema está quando essa preocupação em manter um corpo magro se excede e isso leva muitas pessoas a distúrbios alimentares, entre eles a anorexia nervosa. Infelizmente, muitas pessoas são afetadas por esse distúrbio, que as conduzem a um medo muito grande de engordar, mesmo estando com o peso na faixa da normalidade ou até mesmo já estando muito abaixo do peso.

Sintomas, causas e tratamentos

Os transtornos alimentares como a anorexia nervosa estão entre as doenças psicológicas mais comuns do mundo. Muito é falado a respeito de comer bem, manter uma alimentação regrada e dos prazeres de experimentar a boa culinária; por outro lado, muito é cobrado acerca do padrão de beleza física, que, infelizmente, ainda é considerado por muitos a fala de que, para “ser bonito(a), é preciso ser magro(a) ”.

Imagem de um suporte para prato na cor cinza e sobre ele várias fitas métricas. Ao lado um garfo e uma faca.
Sosiukin / 123RF

Dependendo da situação em que nos encontramos psicologicamente, muito do que ouvimos “por aí” e muitas das situações ruins que vivemos no passado ou no presente podem afetar nossos sentimentos e, sem que percebamos, entramos em uma espiral que pode nos causar depressão, ansiedade, tristeza e autoestima baixa, fatores esses que podem provocar distúrbios como anorexia. Vale ressaltar e lembrar que a maioria de nossas doenças físicas se inicia na mente. Veja algumas das causas que podem causar a anorexia nervosa:

– Pessoas muito rígidas que estabelecem metas para si mesmas;

– Busca de aprovação social;

– Fatores genéticos.

O diagnóstico da anorexia nervosa ocorre quando há uma perda de peso extrema (não ocasionada por outras doenças) e ao notar essa preocupação descomunal de o paciente manter-se sempre magro, consumindo poucas ou nenhuma caloria, evitando fazer as refeições em público, entre outros sintomas.

Tanto na anorexia nervosa quando na bulimia, é primordial que haja acompanhamento médico e psicológico para que o paciente fique livre dos distúrbios, aprendendo a respeitar o próprio corpo. O tratamento envolve profissionais especializados em psiquiatria, psicologia e nutrição, pois há a necessidade de serem tratados igualmente corpo e mente!

O autoconhecimento pode ajudar na cura da anorexia nervosa

É muito importante saber que o distúrbio alimentar está relacionado a uma distorção da autoimagem. Muitos fatores, aqui já falados, como o fato de ser muito rígido com si mesmo, o medo da opinião de outras pessoas e a baixa autoestima, podem influenciar no distúrbio.

É crucial que você seja franco consigo mesmo, por isso o autoconhecimento torna-se fundamental ao exercício dessa sinceridade, pois você é o primeiro a se ajudar.

Imagem de uma balança corporal de banheiro e sobre ela uma linda e saborosa maçã vermelha enrolada em uma fita métrica.
Danny Kosmayer / 123RF

Conhecer-se melhor é o primeiro passo para entender suas emoções positivas e negativas e, consequentemente, aprender a lidar com elas, obtendo força e autocontrole sobre elas. É um exercício diário que, no início, pode até parecer um pouco difícil, mas em pouco tempo você perceberá os benefícios do bem-estar físico e principalmente emocional.

Identificar seus medos e suas inseguranças, conversar consigo mesmo e de frente ao espelho podem ajudar a identificar e, consequentemente, vencer distúrbios alimentares, como a anorexia nervosa. Ademais, é crucial procurar ajuda profissional.

Reflita e pergunte a si mesmo se há mesmo um motivo plausível para essa preocupação com sobrepeso ou se não há outros fatores por trás desse comportamento, fatores esses que também podem e devem ser tratados com respeito e não devem, jamais, afetar sua saúde física e mental.

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Se você conhece alguém que apresenta algum desses sintomas, trate a pessoa com empatia, não faça julgamentos, aconselhe-a a buscar um profissional e esteja sempre a estimulando se sentir à vontade para que ela fale sobre seus sentimentos.

Existe, sim, a recuperação do paciente que sofre com esse distúrbio, mas é necessário sempre um acompanhamento médico e, principalmente, psicológico para que não haja risco de recaídas.

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