Se você gosta de aproveitar tudo que a natureza nos oferece, já deve ter feito um chá para melhorar uma dor de estômago ou preparou um banho de ervas relaxante. Isso porque as plantas que nos cercam apresentam componentes fundamentais para o bem-estar físico e mental de uma pessoa.
Mas como nós podemos descobrir a utilidade de cada erva? E aquelas que são venenosas? Para evitar confusões e equívocos, existe um tipo de conhecimento que analisa detalhadamente as plantas medicinais. Então tenha a natureza como sua aliada aprendendo sobre herbalismo, a seguir!
Direto ao ponto
O que é herbalismo?
Herbalismo, do termo em inglês “herbalism”, também é conhecido no Brasil como fitoterapia. A partir dessa forma de conhecimento, estuda-se os efeitos das ervas medicinais no corpo humano, tanto para tratar enfermidades quanto para complementar a alimentação de um indivíduo.
Entretanto algumas das práticas relacionadas ao herbalismo não são baseadas em evidências, seguindo ensaios clínicos. Mesmo que mais estudos sejam realizados sobre os componentes de inúmeras ervas todos os anos, a técnica ainda gera um pouco de descrença, sendo considerada uma pseudociência ou um placebo.
Apesar disso, é um fato que ao longo de toda a história inúmeras civilizações utilizaram os recursos da natureza para manter a mente e o corpo sãos. Esse conhecimento ancestral é uma parte fundamental do herbalismo. Portanto descubra qual é a origem dessa prática!
História do herbalismo
Há 5.000 anos, os sumérios registraram em placas de argila tudo que eles sabiam sobre centenas de espécies de plantas. Como os povos da antiguidade eram coletores, conhecer o efeito das ervas não era só uma questão de bem-estar, mas também de sobrevivência.
Outros registros sobre plantas medicinais foram encontrados no Papiro Ebers, um tratado médico do Antigo Egito, datado de cerca de 1500 a.C.. No documento, foram registradas as informações mais importantes sobre cerca de 850 ervas que utilizamos até hoje, como o alho e a babosa.
Além disso, o documento médico que é uma das bases da medicina ayurvédica, o Rigveda, do mesmo período, revela que os indianos também dedicaram horas de estudos às plantas. Ou seja, em diversas comunidades, as ervas foram um importante objeto de análise, já que serviam para a alimentação e para o tratamento de doenças.
A partir do conhecimento popular sobre plantas e de experiências pessoais, o imperador chinês Shen Nong escreveu um livro unindo todas as informações, nomeado “Shen Nong Ben Cao Jing”. Nele, Shen listou as características e os efeitos de 365 ervas medicinais. Ao testar todas elas, acredita-se que o imperador tenha se envenenado 70 vezes por dia.
No entanto a principal classificação científica de plantas foi realizada por Aristóteles e Teofrasto, que separaram as ervas a partir do porte de cada uma delas. Mais tarde, na Idade Média, os mosteiros beneditinos traduziam textos antigos sobre as plantas medicinais, mas sem realizar novas pesquisas.
Ainda assim, homens e mulheres da Europa continuavam experimentando os poderes das ervas medicinais, potencializando-os com simpatias, feitiços e orações. Infelizmente, com a Inquisição, esse tipo de prática passou a ser considerada bruxaria. Como consequência disso, tornou-se mais difícil estabelecer tal contato com a natureza.
Entretanto, com o passar do tempo, a Idade Moderna trouxe o intercâmbio de especiarias entre nações, então novos estudos puderam ser realizados sobre os efeitos de cada planta. Atualmente, elas continuam sendo investigadas e aproveitadas na fitoterapia.
Para se aprofundar
Se você quer participar das descobertas sobre os usos das plantas medicinais, ampliando seu conhecimento sobre o mundo e sobre a história, existem alguns livros que vão te ajudar. Surpreenda-se com cada um deles:
1) “O Grande Livro das Plantas Medicinais”, 2018
Em “O Grande Livro das Plantas Medicinais”, o fitoterapeuta Andrew Chevallier descreve como as plantas foram utilizadas em todos os continentes ao longo da história, além de dizer como elas são aproveitadas atualmente.
2) “Plantas e civilização: fascinantes histórias da etnobotânica”, 2016
Luiz Mors Cabral, em “Plantas e civilização: fascinantes histórias da etnobotânica”, investiga histórias surpreendentes sobre plantas que fizeram parte de acontecimentos marcantes em todo o planeta. Inclusive, ele revela qual foi a planta que originou o desenho de coração que conhecemos.
3) “O guia completo das Plantas Medicinais: Ervas de A a Z para tratar doenças, restabelecer a saúde e o bem-estar”, 2019
Na obra “O guia completo das Plantas Medicinais: Ervas de A a Z para tratar doenças, restabelecer a saúde e o bem-estar”, David Hoffman, herbalista, mostra como as plantas podem ser utilizadas de forma natural para trazer mais saúde física e mental.
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Levando em conta as informações que você acabou de ler, já dá para entender que o herbalismo pode ser uma revolução no seu contato com a natureza. Continue aprendendo sobre esse assunto para renovar a sua saúde com as ervas medicinais que fazem parte da sua vida.