Autoconhecimento

Amor-próprio: cultive o seu e desfrute os benefícios

Mulher sorridente se abraçando com carinho.
Cast Of Thousands / Shutterstock
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Em uma sociedade onde somos ensinados que o outro vem sempre antes de nós, amar a si mesmo se torna um ato de coragem. Desde a infância aprendemos a não expor nossas necessidades para “não atrapalhar”. À medida que crescemos, é comum que nos coloquemos em caixas que, por mais que nos machuquem, mantêm as pessoas ao nosso redor satisfeitas conosco.

Essa é só a ponta do iceberg de uma estrutura que nos incentiva a não gostarmos da nossa aparência, dos nossos costumes, das nossas origens e de tudo que nos torna seres individuais e únicos. Por isso neste artigo vamos buscar a compreensão do amor-próprio, seus desafios, benefícios e explorar como se amar em meio a tudo isso. Venha com a gente aprender sobre amar a si mesmo!

Por que o amor-próprio é importante?

Mulher mostrada parcialmente, com as mãos sobre seu coração.
Fa Barboza / Unslpash

O amor-próprio é benéfico em diversos setores da vida, porque ele é a base para um bom desenvolvimento pessoal e emocional. Pessoas que se amam e se valorizam costumam apresentar facilidades para lidar com problemas diários, principalmente pela capacidade de respeitar os limites do próprio corpo e da mente.

Amar-se também é importante para estabelecer relacionamentos saudáveis e equilibrados, porque esse amor-próprio faz com que a pessoa consiga identificar os sinais de que o outro está fazendo mal para ela. Quando há a falta de amor por si próprio, é comum se manter em situações tóxicas e prejudiciais pelo simples medo de perder o “amor” e a atenção do outro.

Portanto o amor-próprio nada tem a ver com egoísmo ou narcisismo, porque essa qualidade é muito importante para desenvolvermos uma vida feliz e potencializadora.

Por que é tão difícil ter amor-próprio?

Não precisamos buscar estudos sociais para perceber o quanto a sociedade cobra a perfeição de todos. Desde a infância, muitos são reprimidos por fazerem coisas que não agradam ao outro, e a punição pelas falhas cometidas, mesmo que sem intenção, é severa.

Essa pressão, somada aos padrões irreais de beleza e sucesso compartilhados diariamente nos meios de comunicação, resulta em pessoas que se cobram constantemente para serem mais parecidas com aquilo que veem na tela do celular. Porém o que vemos nas redes não passa de manipulação feita exatamente para que nos sintamos mal em relação às nossas vidas, e assim compremos mais produtos e serviços que prometem deixar nossa realidade mais parecida com a de um influenciador, por exemplo.

Como desenvolver o amor-próprio?

Mulher em meio à natureza, parada, em pé, com os olhos fechados e a cabeça voltada para o alto.
Jackson David / Unsplash

Você começa a amar uma pessoa muito rapidamente? Geralmente não, certo? Então o primeiro passo é entender que desenvolver o amor-próprio é um processo de conquistar a si mesmo. Neste momento, iniciar um processo de autoconhecimento pode ajudar muito, porque você vai começar a entender o que você gosta ou não; o que faz você sentir felicidade e prazer; quais pessoas te agradam ou não; o que você realmente gosta de comer e fazer; e assim por diante. Há também outras dicas que são úteis nesse processo. Acompanhe a seguir!

Estabelecendo metas viáveis para o amor-próprio: resumidamente, comece pelo começo. Antes de mudar o guarda-roupa ou o cabelo, busque compreender de onde vêm as crenças de que você não é suficiente, seja em beleza, sucesso ou o que quer que te limite. Entenda se agora não seria o momento de procurar o auxílio de um psicólogo, cuidar da criança interior ferida, separar pequenos primeiros passos que envolvem cuidar do seu interior, entre outras coisas que vão criar uma base sólida para a verdadeira transformação.

Superando os pensamentos ruins sobre si: sabe aquela voz que fica repetindo o tempo todo que você não é suficiente, que te deprime e te coloca para baixo? Pois bem, você deve silenciá-la. Essa voz cobradora nada mais é do que um eco das coisas que você ouviu durante a vida, direta ou indiretamente. Tudo que você absorveu desde a infância relacionado a ser bom ou mau, bonito ou feio, ficou guardado em seu subconsciente e hoje se manifesta assim. Portanto, voltando ao passo anterior, o cuidado psicológico ajudará muito nesse processo.

Lidando com o julgamento alheio: piores que as vozes da mente são as vozes reais, que muitas vezes saem da boca de pessoas que amamos e admiramos, cuja opinião importa muito. Para desenvolver o amor-próprio, porém, é importante entender que não há ninguém mais importante do que você na sua própria vida. Aprender a priorizar as suas necessidades e enxergar o que há de mais belo e positivo em si mesmo é o armamento necessário para que os julgamentos alheios não te prejudiquem mais. Além disso, mais uma vez, cuidar do seu psicológico, de traumas e crenças pode ajudar esse processo a ser mais leve.

Melhorando a autoimagem: quando seu interior está bem, o exterior reflete. Mas, você também pode começar a cuidar da sua imagem pessoal e isso irá trazer destaque para a beleza que você já tem, mas que ficou muito tempo escondida atrás dos medos. A dica principal é: procure maneiras de cuidar da sua imagem de forma saudável, sem pressão ou julgamentos. Melhore a sua alimentação para que seu corpo bem nutrido possa aproveitar mais dias felizes; cuide da sua pele como forma de gratidão por ela proteger o seu corpo; faça exercícios físicos para dar mais disposição para você compartilhar alegria por aí; etc.

Descobrindo como se amar: para esse passo não há tempo ou pressa, porque amar si mesmo é um processo diário e vitalício. Diariamente, você precisará se observar, entender o que hoje lhe faz bem ou não e traçar os seus limites pessoais. O amor-próprio é um carinho e um cuidado diário que faz por você o mesmo esforço — ou até mais — que você faz pelas pessoas que mais ama.

Para nutrir o amor-próprio, é essencial entendermos que os padrões não foram criados pela natureza, mas sim pelo ser humano, que busca sempre limitar e tolher a beleza verdadeira. Se você observar uma floresta ou uma praia, verá que não há padrão ou simetria, mas uma beleza encantadora e divina, uma verdadeira obra de arte.

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E nós somos obras de arte que, infelizmente, esquecemos o nosso valor. Por isso é que olhar para dentro e reconhecer o nosso brilho, deixando de buscar a felicidade e a aprovação do externo, é importante nesse processo. Desafiar os padrões impostos pode ser difícil, mas acredite: uma pessoa se torna muito atraente quando se sente bem dentro da própria pele.

Por fim, lembre-se de que o processo do amor-próprio é um trabalho diário. Coloque essa reflexão na sua rotina e não tenha medo de se conquistar e experimentar todas as facetas de si mesmo. Como disse Oscar Wilde: “Amar a si mesmo é o começo de um romance para toda a vida.”

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