Eu mesma tinha um terror interno e particular de usar biquíni, shorts ou roupa de banho, porque eu me achava horrível e achava que todas as pessoas achariam a mesma coisa e ririam da minha cara.
Pensamos que precisamos entrar no padrão para sermos amadas e desejadas. Ficamos tão preocupadas que deixamos de comer o que gostamos, perdemos tempo com quem amamos para ficar na academia, perdemos saúde com dietas doidas e medicamentos para acelerar o metabolismo ou ganhar mais massa muscular.
Eu já fui assim… Já tive overtraining com direito a arritmia de tanto esporte que praticava. Já passei meses sem menstruar porque não queria comer. Passei meses com a imunidade baixa e muito irritada tomando pilulas para acelerar o metabolismo. Passei por efeito sanfona. Fiquei anoréxica. Sempre me comparando com outras meninas e mulheres e me engessando.
Sendo o que eu achava que gostariam que eu fosse. Até que um dia eu percebi que já não me permitia mais sentir os meus sentimentos. Não conseguia mais chorar. Não tinha opinião sobre nada. Não sabia colocar limites.
Precisei de muito trabalho, observação interna e terapia para aprender a amar o meu corpo e respeitá-lo. Muita ajuda para sentir que não sou esse corpo, que ele é emprestado e que ele não determina o meu valor. E que eu quero, acima de tudo, me sentir bem dentro dele.
E que, se eu quero ser feliz, amar aos outros e dar valor à vida, preciso aprender a me amar e aceitar com todos os erros e acertos. Com todas as imperfeições que me fazem única e humana, com todos os sentimentos e com toda vida.
Aprendi a ser mais verão e criar calor interno a partir desse abraço que vou me dando. Dessa aceitação. O corpo de verão é o corpo que emana calor, acolhimento. É o corpo que brilha como o sol, que é sol. Que reflete uma alma que é sol e ilumina aonde vai, com sorriso, compaixão, com verdade e com clareza.
Verão é clareza, é calor. É ser luz. Assim, imagina, tem verão o tempo todo! 😉
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