A prática possui mais de 2.000 anos e seus efeitos sobre o corpo humano, principalmente o cérebro, ainda são novidades. Segundo o Wikipédia, meditar é um ato de “voltar-se para o centro no sentido de desligar-se do mundo exterior” e “voltar a atenção para dentro de si”, porém, pesquisas recentes estão mostrando que meditar é muito mais do que simplesmente não pensar em nada ou somente relaxar.
Meditar pode ser o momento de você desenvolver a sua capacidade cerebral e treinar o seu cérebro, assim podendo reagir melhor aos acontecimentos da sua vida. O Dr. Craig Hassed, cientista e membro da Monash University ressalta que a maneira como os cientistas costumavam pensar sobre o cérebro, até recentemente, era que o cérebro fazia as suas conexões no desenvolvimento inicial e na primeira infância e, depois disso, a única coisa que acontecia era a perda de células à medida que envelhecemos.
O ponto positivo está justamente aí: a meditação contribui para o crescimento do cérebro e pode fazer com que ele se desenvolva, assim fazendo com que ele não “envelheça”.
O Dr. Hassed defende que, assim como quando realizamos exercícios físicos, estamos desenvolvendo as células do cérebro. E, a meditação também contribui para esse desenvolvimento.
“Quando as pessoas falam sobre matéria cinzenta, elas estão falando sobre células — as células do cérebro que se conectam umas com as outra. Quando uma pessoa aprende uma habilidade especial — como a meditação — ela está exercitando essas áreas de matéria cinzenta, cujo trabalho é formar essa habilidade”.
Essas pesquisas novas também indicam que além do aumento da quantidade de matéria cinzenta, ocorre a desaceleração da perda dela.
“Em nosso mais recente estudo, ampliamos o nosso foco de investigação olhando para o potencial impacto do envelhecimento no cérebro, especificamente o impacto do envelhecimento sobre a matéria cinzenta do cérebro. Mais uma vez, a nossa análise revelou uma diferença marcante entre meditadores e grupos controles: os cérebros dos meditadores parecem ser muito menos afetados pelo declínio normal natural da massa cinzenta relacionado à idade”, afirma a Professora Eileen Luders, assistente da UCLA e PhD.
Comece a praticar agora! O Dr. Hassed indica no mínimo cinco minutos por dia: “Uma pessoa pode começar a ver diferença significativa com a meditação com atenção plena praticando por cinco minutos algumas vezes por dia, mas se uma pessoa pratica mais do que isso, ela também terá mais benefícios — é a mesma coisa que o exercício físico”.
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Meditar traz somente benefícios. Quando você se torna uma pessoa melhor, seja através de orações ou meditações, essa melhora é refletida no ambiente ao seu redor. Boa sorte!
Escrito por Bruno Melo da Equipe Eu Sem Fronteiras