Antes de iniciar a leitura desse texto, proponho uma breve dinâmica. Olhe ao seu redor. Sim, isso mesmo, olhe com atenção ao seu redor.
O que você vê? Onde você está? Tem muita coisa fora do lugar por aí? Quantas coisas você consegue enxergar que provavelmente não usa há muito tempo? Quantas outras você nem lembra que existiam? Você sente que está num ambiente harmonioso ou parece que tem muita coisa atravancando seu caminho?
Depois de responder tudo isso, uma segunda leva de perguntas. E a sua vida, como está? Você se sente realizado e feliz? Ou sente que alguma coisa não está fluindo como deveria? Já teve a sensação de que a sua vida está empacada e não tem ideia do motivo?
Ok, agora eu paro de fazer perguntas. Só precisava que você refletisse sobre sua condição antes de falar qualquer coisa. Preciso de um pouco de identificação antes de que você leia o restante do texto. Caso contrário, talvez ele não fizesse o efeito desejado. Melhor não correr riscos em não fazer a diferença.
Se você leu com atenção até aqui, provavelmente deve estar se perguntando qual a relação entre as perguntas do primeiro parágrafo com as do segundo. Eu te respondo numa só palavra: todas! As respostas de todas essas perguntas estão totalmente ligadas, mas nós dificilmente nos damos conta disso. A proposta de fazer essa relação é o tema central do livro “A Mágica da Arrumação – A Arte Japonesa de Colocar Ordem na Sua Casa e na Sua Vida” (Ed. Saraiva, 160 páginas, 2016), da autora japonesa Marie Kondo.
No livro, a autora nos prova que a arrumação física da nossa casa, nosso espaço de trabalho e qualquer outro lugar que habitamos, está íntima e diretamente ligada à forma com a qual nossa vida se desenrola. Quando colocamos ordem nas nossas coisas físicas, automaticamente abrimos espaço para uma série de novas atitudes, ações e mudanças de pensamento.
Ao arrumar e organizar nossas coisas, nos deparamos com uma série de itens aparentemente inúteis, mas carregados de importância sentimental. Acumulamos coisas que não servem pra nada simplesmente porque temos medo do desapego. Jogar uma coisa fora, doar pra alguém que use efetivamente ou vender alguma coisa que não usamos mais pode ser mais difícil do que parece, porque em nosso íntimo não estamos preparados para nos desfazer deste vínculo emocional.
Pela técnica de Marie Kondo, você deve pegar cada item que possui e se
questionar: “Isto me traz alegria?”. Caso a resposta seja negativa ou inconclusiva, não hesite em se desfazer do objeto. Já se a resposta for afirmativa, mantenha-no. Há um motivo maior para ele continuar em sua posse, além de sua utilidade.
A técnica é simples e efetiva, tanto que Marie se tornou uma das pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista Time, e seu livro é um best-seller mundial.
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Tenha em mente que a vida é um ciclo de pessoas, coisas, sentimentos, sensações e ações. O desapego é saudável e necessário para que a roda continue girando e não nos deparemos com uma vida empacada. Agora, os motivos você já sabe, a saída também. Levante dessa cadeira e comece já a reorganização de sua vida física, mental e espiritual. O efeito é libertador!
Escrito por Roberta Lopes da Equipe Eu Sem Fronteiras.