Autoconhecimento

O que podemos aprender com o trauma

Garota na janela com expressão chateada
123RF | Ulkas
Escrito por Paula Viana

Nasci e cresci em uma família prática, isso quer dizer que pouco se falava em sentimentos ou empatia. Nunca tinha pensado nisso com essa visão, apesar dessa praticidade minha mãe me ensinou algo importante, aprender com a observação. Cresci em um ambiente em que não existia separação entre gêneros, eu e meus irmãos não tínhamos diferença entre o tratamento de ser menina ou menino. Isso por um lado foi importante para entender que a mulher não é menos que o homem em suas habilidades práticas. Observei muitas coisas estranhas em minha casa, ninguém na verdade se preocupava com os sentimentos das pessoas, a minha mãe sofria porque meu pai era infiel e eu não entendia nada sobre sentimentos ou justiça. Quando somos crianças, percebemos coisas, mas não com a consciência de adulto, eu me lembro de algo muito forte quando chorei sem saber porque eu não entendia sobre como as pessoas iam para o paraíso, isso me deixou muito angustiada. Afinal quem poderia explicar sobre o paraíso e o inferno?

Meio rosto de criança com a boca fechada em foto preta e branca
Kat Jayne / Pexels


Eu me lembro que não conseguia me comunicar com as pessoas, eu tinha essa dificuldade e talvez por isso comecei a escrever muito cedo, eu aprendia muito rápido e sempre fui fechada, não conseguia ser expansiva e era muito difícil me relacionar com os outros. Depois de muitos estudos sobre autoconhecimento, psicologia e outros, eu entendi que a minha essência é introspectiva e eu gosto de estudar muito e analisar pela observação a vida. A minha família era vista de forma prática, era algo de dentro, e não um problema de fora, muitas vezes as pessoas têm essa tendência em dizer que ficaram traumatizadas, que a culpa é do pai e da mãe, mas na verdade a percepção que temos de fora é algo que está dentro de nossa essência.


Há uma grande importância sobre se autoconhecer, fazer cursos, entender que cada família tem um estilo e isso me deu uma grande vontade de escrever e partilhar conhecimento. Esse conhecimento não é algo de que devo me orgulhar para me promover, mas sim para entender que no Universo somos todos irmãos, e que podemos com atos simples como escrever nesse blog que pode alcançar muitas pessoas, pessoas comuns como eu, que cresci em um ambiente racional, mas não menos feliz… Neste relato quero compartilhar a importância de entender as vivências não como traumas mas sim como presentes que vivemos para aprender com o nosso meio ambiente, com nossos pais e irmãos.

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A vida é dada para ser agradecida, essa foi a grande lição que vivi e que gostaria de compartilhar com os leitores deste portal. Vamos viver com gratidão e todas as outras coisas serão entendidas no tempo certo.

Sobre o autor

Paula Viana

Viana é esteticista e tem formação técnica em nutrição, terapias complementares, runas e Barras de Access.

Autora de dois livros, "Duas Irmãs" e "Beleza e Bem-Estar em 50 dicas".

Atende em seu espaço estético em São Paulo.

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