A tensão pré-menstrual, conhecida popularmente como TPM, é uma condição normal entre as mulheres, que afeta o bem-estar físico e emocional durante o ciclo menstrual e no período que antecede a menstruação de fato.
Como envolve dores no corpo, alterações no humor, inchaço e fadiga, é de extrema importância que todo mundo — não apenas as mulheres — compreendam o que é a TPM. Isso auxilia na hora de encontrar maneiras eficazes de aliviar os sintomas da condição e melhorar a qualidade de vida do público feminino.
Neste artigo, abordaremos o significado real da TPM, seus sintomas, a duração e as opções de tratamento disponíveis, que auxiliam na melhora de alguns sintomas. Então continue lendo para se informar mais sobre esse tema tão importante!
O que você encontrará neste artigo:
O que é TPM?
Você já parou para pensar no que significa TPM? O termo é a abreviação de tensão pré-menstrual e está relacionado a um conjunto de sintomas físicos, emocionais e comportamentais que ocorrem com algumas mulheres regularmente antes da menstruação. Ou seja, faz parte do ciclo menstrual e tende a acontecer todos os meses.
Os sintomas, que são tão diversos e incluem o físico e o psicológico, geralmente aparecem cinco dias antes da menstruação, mas essa frequência pode variar de mulher para mulher. A duração também é incerta e vai depender de cada caso, mas o mais comum é que os sintomas desapareçam no início do fluxo menstrual.
A TPM pode incluir alterações de humor, sensibilidade nos seios, fadiga, dores de cabeça, inchaço, irritabilidade e ansiedade. É importante ressaltar que a intensidade dos sintomas também varia de mulher para mulher. Inclusive, algumas não apresentam qualquer sinal da condição, enquanto outras têm a qualidade de vida afetada por causa do problema.
Não se sabe ainda, com toda a certeza, o que causa a TPM. Estudos apontam que a principal causa da condição, no entanto, é uma alteração hormonal que acontece durante o período menstrual. Essa alteração interfere no sistema nervoso central e é estimado que tenha uma ligação com os hormônios sexuais femininos, as endorfinas, que são substâncias naturais relacionadas ao prazer, e os neurotransmissores, como a serotonina.
Sintomas de TPM: como reconhecer os sinais?
A TPM inclui sintomas físicos, como:
• Dor de cabeça;
• Alteração no apetite, como fome em excesso ou falta de vontade de comer;
• Sonolência em excesso;
• Fadiga;
• Acne;
• Aumento de peso e inchaço no abdômen;
• Inchaço nos seios;
• Dores por todo o corpo, incluindo as costas;
• Início das cólicas menstruais.
E também sintomas psicológicos, como:
• Depressão e tristeza profunda;
• Vontade de chorar a qualquer momento;
• Irritabilidade;
• Ansiedade;
• Insônia;
• Dificuldade de concentração;
• Dificuldade de manter a rotina.
Nem todas as mulheres vão sentir todos esses sintomas, mas isso não significa que elas não tenham a condição. Os sintomas da TPM também podem sofrer alteração a cada ciclo, ou seja, a mulher pode ter sintomas mais fracos ou mais fortes, dependendo do mês.
Os sintomas de TPM forte podem ser confundidos com alguns transtornos psicológicos, como depressão e bipolaridade. Nesses casos, a mulher pode se sentir incapaz de realizar atividades cotidianas e simples tanto por causa das dores quanto pela questão psicológica, que atrapalha o ânimo diário.
Embora a TPM não seja uma doença, se essas sensações atrapalharem o bem-estar geral e o dia a dia, a paciente precisa procurar um ginecologista para que seja iniciado um tratamento adequado, aliviando os sintomas e proporcionando maior qualidade de vida novamente.
É possível diagnosticar a TPM?
Como falamos acima, a TPM não é uma doença, mas ela é uma condição que pode ser diagnosticada. O principal empecilho é que a sociedade e as mulheres, no geral, acreditam que esses sintomas são normais e que se queixar sobre eles é “frescura”.
Mas não é bem assim. Quando as dores e o psicológico passam a afetar o dia a dia e prejudicar tarefas pessoais e profissionais, é essencial buscar ajuda profissional. O médico mais indicado para diagnosticar casos de TPM forte é o ginecologista.
Não sofra à toa! Se você se sente mal todos os meses, procure o quanto antes um ginecologista da sua confiança para que ele consiga te auxiliar da melhor maneira possível.
A TPM dura quantos dias?
No geral, a TPM tende a começar entre onze e cinco dias antes do início do fluxo menstrual. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem assim que a menstruação tem início.
A duração média é de alguns dias, mas pode variar de mulher para mulher. Algumas mulheres podem experimentar sintomas por um período mais curto, enquanto outras podem vivenciar a TPM durante a menstruação.
A TPM não sumir após o início da menstruação, inclusive, não é incomum. Isso acontece porque, nesse período, ainda há uma confusão hormonal no organismo da mulher, que é o que gera os sintomas.
No entanto, continuar se sentindo mal depois do fim do sangramento não é normal. Existe uma outra condição, chamada transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), que é uma TPM com sintomas muito mais intensos e com duração maior do que o que estamos acostumadas.
Nessas situações, o tratamento pode ser clínico e psiquiátrico, então é ainda mais importante procurar um médico. O ginecologista e o psiquiatra são os mais indicados nesses casos.
Tratamentos para TPM: formas naturais de aliviar os sintomas
Você já deve ter parado para pensar: o que ajuda na TPM? A boa notícia é que existem algumas opções naturais de tratamento e de autocuidados para TPM.
Mas é importante lembrar que cada mulher é única, então o tratamento mais adequado pode variar. Por isso nós recomendamos sempre a orientação médica, se você sentir que a condição está atrapalhando o seu dia a dia.
Confira algumas estratégias naturais que podem ajudar:
Mudanças na alimentação: ter uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras, assim como reduzir o consumo de sal, açúcar e cafeína pode ajudar a diminuir o inchaço e os sintomas físicos.
Exercícios físicos regulares: a prática regular de atividade física é capaz de ajudar a melhorar o humor, reduzir o estresse e aliviar os sintomas físicos da TPM. Exercícios aeróbicos, como caminhadas, corridas ou natação, são especialmente indicados nesses momentos.
Técnicas de relaxamento: praticar técnicas de relaxamento, como meditação, ioga ou respiração profunda, pode ajudar a reduzir a ansiedade, o estresse e a irritabilidade associados à TPM.
Tratamentos naturais: você sabia que existe chá para TPM? Alguns remédios naturais, como chás de camomila, gengibre ou valeriana, podem oferecer alívio para alguns sintomas.
Remédio para TPM: alguns medicamentos podem ser utilizados em alguns casos. No entanto, esse tipo de tratamento deve ser feito somente com a orientação de um médico ginecologista ou psiquiatra, que poderá prescrever remédios para TPM grave.
Diferenciando TPM e gravidez
Algumas mulheres podem confundir os sintomas de TPM e de gravidez, então é importante perceber que eles são diferentes. Confira como diferenciar os dois casos:
Menstruação: a presença da menstruação é um indicador chave para diferenciar a TPM da gravidez. Na TPM, a menstruação ocorre regularmente no final do ciclo, enquanto que na gravidez, a menstruação, na maioria das vezes, é ausente.
Náuseas e enjoos: embora algumas mulheres possam sentir náuseas leves durante a TPM, náuseas intensas e persistentes são mais comuns na gravidez. Além disso, os enjoos matinais são frequentemente associados à gestação.
Sensibilidade mamária: a sensibilidade nos seios é comum tanto na TPM quanto na gravidez. No entanto, na gravidez, os seios tendem a ficar mais inchados e sensíveis ao toque.
Alterações de humor: mudanças de humor também são características comuns nos dois casos. Entretanto, na gravidez, essas flutuações emocionais podem ser mais claras e durar mais tempo.
Outros sinais de gravidez: além dos sintomas mencionados, outros sinais de gravidez incluem aumento da frequência urinária, alterações no apetite, cansaço excessivo e aumento da sensibilidade olfativa.
A maneira mais confiável de confirmar uma possível gravidez é por meio de um teste de gravidez. Caso haja suspeita de uma gestação, é fundamental consultar um médico para avaliação adequada, incluindo exames de sangue.
Dúvidas comuns sobre a TPM
Quem toma anticoncepcional tem TPM?
O uso de anticoncepcionais hormonais pode ajudar a regularizar os hormônios e reduzir os sintomas da TPM em muitas mulheres. No entanto, algumas mulheres ainda podem experimentar sintomas TPM mesmo com o uso de anticoncepcionais, já que cada organismo interage de uma maneira diferente com os medicamentos.
É normal sentir enjoo na TPM?
Embora náuseas leves possam ocorrer em algumas mulheres durante a TPM, enjoo intenso não é considerado um sintoma comum. Se os enjoos são persistentes e interferem na qualidade de vida, é recomendado buscar avaliação médica para descartar outras causas, como uma possível gravidez.
Por que os seios doem na TPM?
As alterações hormonais durante a TPM podem causar sensibilidade e dores nos seios. Essas alterações incluem aumento da progesterona e retenção de líquidos, o que pode causar inchaço e desconforto nas mamas.
Como controlar a irritação na TPM?
Para controlar a irritação durante a TPM, você pode adotar algumas estratégias de autocuidado, como praticar exercícios físicos, buscar atividades relaxantes (meditação ou ioga, por exemplo), ter uma alimentação saudável e equilibrada, dormir o suficiente e buscar apoio emocional de amigos e familiares. Se os sintomas forem graves e persistentes, é recomendado buscar orientação médica para avaliação e indicação de possíveis tratamentos adicionais.
Fique atenta aos sintomas!
Mesmo que as mulheres sejam ensinadas desde sempre que os sintomas de TPM são normais, é preciso ter atenção. Nada que atrapalhe a realização de tarefas cotidianas pode ser considerado normal.
Se você sente muitas dores ou fica com o psicológico muito abalado durante a TPM, busque orientação de um médico. Faça o mesmo se os sintomas durarem muito mais do que o normal.
Você também pode gostar:
Também aproveite as dicas naturais que citamos neste artigo para conseguir aprender a lidar com alguns dos sintomas. E não se esqueça de compartilhar este artigo nas redes sociais, para conscientizar outras pessoas!