Bem, o que pode passar pela cabeça de milhões ou bilhões de pessoas que comemoram o Dia das Mães? Certamente, há inúmeras possibilidades.
Vamos dar uma passadinha pela história e entendermos o objetivo primeiro desta comemoração?
Nos Estados Unidos, Ann Maria Reeves Jarvis teve como objetivo reduzir a mortalidade infantil em famílias de baixa renda. Mais tarde, agregou-se à data um novo sentido, que era atender melhor aos feridos na Guerra de Secessão. Isso tudo aconteceu por volta de 1850.
A filha de Ann Maria, já no século XX, lutou para que o Dia das Mães fosse reconhecido, criando um memorial em sua homenagem. Atingiu o seu objetivo, mas com o passar dos anos, percebeu que a data foi se tornando muito comercial e isso a desagradou tanto que chegou não só a se afastar do movimento, como a lamentar sua criação.
Daí em diante, a história nos soa mais familiar. Mas, conhecer esse começo pode nos fazer refletir um pouco sobre essa data.
Comemorar o Dia das Mães com todo o apelo comercial é bom ou ruim? Eu diria que depende da forma como as pessoas encaram essa celebração. Muitas mães criam expectativas sobre o presente que irão ganhar, as surpresas que os filhos farão. E, se isso não acontecer, elas acabam se frustrando enormemente e não se sentindo amadas. Se olharmos por esse lado, vamos pensar que a comemoração se torna algo ruim.
Muitas outras mães, preferem viver o dia de forma mais tranquila, almoçar fora, passear no parque, mas compreendendo os desejos e necessidades de cada um, sem depositar na família a responsabilidade de ser feliz nesse dia.
Importante lembrarmos, também, que algumas pessoas já não têm mais a mãe ao seu lado e muitas mães já não têm seus filhos. Quantas vezes essas pessoas se deprimem nessas datas comemorativas? Quantas vezes nos culpamos por não termos aproveitado as oportunidades? Quantas vezes dizemos a nós mesmos “Ah se o tempo voltasse…”. Justamente por esses motivos, proponho a reflexão:
E se aumentássemos a qualidade do tempo que estamos com nossas mães, filhos, pais, irmãos e amigos?
E se não ficássemos dependentes de datas para fazer isso?
E se decidíssemos respeitar as diferenças, as escolhas, a simplicidade e a singeleza?
E se parássemos para pensar sobre o que é ser mãe, porém com os pés na realidade?
Mãe é aquela que ama, que cobra, que chora, que é imperfeita, que dá uma de louca, que cansa, que esquece e que não é santa.
Mãe é aquela que ri, que brinca, que educa, que canta, que dança, que compreende.
Mãe é aquela que cria, aquela que educa.
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Mãe é aquela que permite que o filho cresça e faça suas escolhas. É aquela que ajuda o filho a se tornar independente e viver a sua vida, tendo sempre em mente qual a sua raiz, de onde veio para compreender para onde vai.
Hoje, em especial, dedico este artigo à mulher que me gerou, me criou e me ensinou o que é amar e respeitar ao próximo. E ao meu filho, que tanto amo e respeito, a quem procurei ensinar, dar exemplos e a quem sou profundamente grata por todas as oportunidades que me deu para crescer e evoluir.