Não existe nada mais artificial do que a tristeza. Pessoas tristes estão muito distantes da sua verdadeira natureza, pois a alma humana, dentro do seu espectro de realidade, é absolutamente alegre e feliz.
Um indivíduo triste não está refletindo seu Eu Verdadeiro, apenas revela a sua condição de detento em um campo ilusório, pois está preso e identificado com um falso eu, acreditando nas demandas de um personagem qualquer que se instalou em função da profunda ignorância de si mesmo.
O estado de felicidade e bem-aventurança é o nosso estado natural, qualquer traço de tristeza ou melancolia apenas expõe as informações de um campo artificial, impermanente e ilusório. Você não tem o poder de ser triste, quando digo “você”, estou me referindo ao seu Verdadeiro Eu, não à pessoa, pois a pessoa não existe (sei que muitos devem me achar louco nesse momento).
As religiões, a educação e os mecanismos socioculturais, insistem em valorizar a seriedade, a sisudez e reforçar no indivíduo a ideia de que vale a pena demonstrar tristeza para chamar atenção e, desta forma, receber cuidados externos. As igrejas, por exemplo, insistem em expor imagens de santos com expressões de sofrimento, de tal forma, que um fiel, dentro de um culto qualquer, acaba se sentindo constrangido em demonstrar-se alegre.
Uma pessoa alegre e feliz não precisa de psicólogo, psiquiatra, pai de santo, padre, pastor, terapeuta holístico, nada disso. Uma pessoa assim está protegida por um campo energético intransponível, onde não entram o mau-olhado, a inveja, o olho gordo, os obsessores, os encostos, eguns, etc. Não há proteção maior do que a alegria, pois ela dissolve todas as frustrações e decepções provocadas pelos desejos, além de encher de ânimo e coragem a alma dessa pessoa.
A tristeza está na raiz de várias doenças, pois o sistema imunológico atua menos. Vocês sabiam que a glândula timo, que continua sendo uma ilustre desconhecida, cresce quando estamos contentes, encolhe pela metade quando estressamos e mais ainda quando adoecemos.
Alegria é um dos atributos da nossa natureza, que é satchitananda. Viver na tristeza é viver na ilusão, portanto, se você está triste, acredite, vive na ignorância de si mesmo, completamente fora da realidade.
Vejam os grandes iluminados, todos expressavam um estado de graça e felicidade, alegria e beleza. Jesus, Buda, Mahavira, Francisco de Assis, Ramakrishna e tantos outros.
Pessoas alegres são belas, agradáveis, agregam sempre, vivem rodeadas de pessoas, vejam o exemplo de Jesus. O Nazareno arrastava multidões, pois ninguém gosta de ficar perto de uma pessoa triste e melancólica, todos nós (e isso faz parte do senso comum) queremos a companhia de pessoas alegres, felizes e agradáveis. Você pode até se curar na presença de um deles, uma mulher doente, em meio a uma multidão que cercava o Cristo, curou-se apenas ao tocar em suas vestes.
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A tristeza cria abismos enquanto a alegria oferece pontes.
Não aceito o discurso vitimista da tristeza, nem compactue com a melancolia alheia. Procure viver a vida agradecendo por toda a graça que existe em seu próprio ser, mesmo que você desconheça.