Essa técnica de meditação foi redescoberta por Sidarta Gautama, o Buddha. Buddha é uma qualidade e não uma pessoa, mas isso explicarei melhor depois.
Ele descobriu, após anos trabalhando em meditações de concentração intensa (Samadhi), que mesmo chegando ao grau mais elevado de Samadhi, seu sofrimento não estava erradicado.
Com essa técnica, trabalhando dentro da moldura do corpo e com a verdade de cada momento, o Iluminado descobriu que o sofrimento acontece por causa das sensações do corpo. Todo objeto com o qual entramos em contato (órgãos dos sentidos e pensamentos e emoções) gera uma sensação no corpo. E ela pode ser prazerosa ou desprazerosa.
Se for prazerosa, nós nos apegamos e queremos mais. Se não for, geramos aversão e queremos evitar. A avidez e a aversão acontecem por causa das sensações e não o objeto em si. Uma droga não vicia, mas a sensação que ela causa.
Então, ele descobriu que a causa do sofrimento está no apego e na aversão às sensações. Porque tudo muda o tempo todo e nunca as sensações serão as mesmas e não podem ser nem controladas. Ele aprendeu a observar a todas elas com uma mente equânime, sem reagir.
Ele descobriu que quando não reagimos vamos erradicando o padrão da mente de criar apego ou aversão e, assim, erradica o sofrimento.
Se uma pessoa sofre, ela causa sofrimento às outras. Quando existe um sentimento negativo, as sensações são de sofrimento e desprazerosas, o inferno queimando dentro da própria pessoa. Ela já sofre. E está pagando pelas suas ações aqui e agora. Quando fazemos algo bom, geramos boas vibrações de paz e amor e sentimos o céu, aqui e agora.
A conclusão é sempre a mesma, uma e outra vez: conhece-te a ti mesmo.
Perceba em você que uma sensação precisa ser justificada por um objeto externo, mas não precisa reagir. Praticando Vipassana esse entendimento sai do intelectual e aí você vivencia essa verdade e a mudança acontece.
Gratidão a todos os mestres e praticantes que vêm passando essa técnica adiante com toda a sua pureza.
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