A melhor sensação é aquela de perceber que o tempo passa, inevitavelmente. E passou. Passou como um sopro suave, como uma brisa fresca ao final da tarde, naquela despedida do sol na praia. Ah, e que praia! Uma daquelas que traz paz ao coração e faz a gente se sentir em sintonia com a imensidão. O mar e o tempo se misturam, ambos sempre em movimento. E assim eu sigo, navegando pela vida.
Tenho essa sorte, sabe? A vida me dá a oportunidade de experimentar mudanças, algumas vezes bruscas, outras mais sutis, mas todas repletas de lições. É um presente aprender com cada detalhe, e sou grata por isso. Não tenho medo de mudar. O que me assustaria, de verdade, seria a ausência de mudanças. Ficar estagnada, parada no mesmo lugar, vivendo os mesmos dias, me parece aterrorizante.
Cruzes, nem gosto de imaginar!
Há algo incrivelmente mágico em aproveitar cada detalhe da vida, até os mínimos. É como a rapa do bolo, aquele restinho que fica na tigela e que muitas vezes é a melhor parte. Essa é a essência da vida: saborear cada momento, até aqueles que, para alguns, podem parecer pequenos e insignificantes. Todos eles têm seu valor, todos têm algo a ensinar, se estamos abertos a aprender.
Hummm… e que delícia é poder viver assim, plenamente.
Eu sei que não sou uma árvore. Não estou presa a raízes fixas, não estou condicionada a permanecer em um só lugar. Minhas raízes são a liberdade, e é justamente isso que me permite inventar e reinventar quem sou. A vida não me pede para ser constante, ela me dá a chance de ser flexível, de seguir o fluxo, e, para mim, isso é o que realmente importa. Mudar de rota, traçar novos caminhos, explorar o desconhecido sem medo de falhar.
Cada mudança que acontece em minha vida é como uma onda do mar: ora forte e impetuosa, ora suave e acolhedora. Mas todas são necessárias para me moldar e me ensinar. Talvez seja esse o verdadeiro propósito da existência, essa possibilidade de evolução constante. E é por isso que, ao olhar para trás, vejo que tudo fez sentido. As quedas, as vitórias, os tropeços e os saltos de alegria. Cada um deles compõe a minha história, e eu sou eternamente grata por isso.
E, se o tempo passa, que passe deixando marcas, lembranças, experiências. Que passe me trazendo novas oportunidades de ser e de viver. Porque, no final das contas, tudo o que queremos é viver intensamente, com plenitude. É acordar todos os dias com a disposição de recomeçar, de abraçar as incertezas e deixar de lado as preocupações que nos paralisam. É olhar para o espelho e dizer: “Eu sou quem decide os caminhos que vou trilhar, e não me prendo ao passado ou ao medo do futuro.”
Acredito que a beleza da vida está nessa fluidez. Em não ter que ser algo para sempre, em poder escolher, a cada dia, quem desejamos ser. E eu me reinvento quantas vezes forem necessárias, sem hesitação. Cada mudança, cada nova versão de mim mesma é uma jornada de autoconhecimento, de descobertas, de aceitação. Não há certo ou errado, apenas o desejo de evoluir e de estar em paz com quem sou em cada fase da minha vida.
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Há quem prefira segurança, constância, a certeza do que virá amanhã. Mas, para mim, a incerteza é um convite à aventura. É ela que faz com que cada dia seja único, que cada encontro seja especial, e que cada passo que dou me leve a lugares onde nunca imaginei estar. E, quando olho ao redor, percebo que o mundo é muito vasto para me limitar a um só pedaço de terra, a um só jeito de ser.
Então, que venha o desconhecido! Que venham as mudanças, as surpresas, as novas oportunidades de aprender e crescer. Que eu possa continuar a inventar e reinventar minha vida, sem receio, com coragem e alegria no coração. Porque sei que, no fundo, não sou uma árvore com raízes fincadas ao chão. Sou vento, sou mar, sou movimento constante. E, enquanto houver tempo, que ele passe, e que eu passe com ele, sempre em direção a algo maior, mais leve, mais verdadeiro.
E essa é a melhor sensação: saber que o tempo passa e eu posso passar com ele, em um eterno reinventar.
Caminhando pela vida com intensidade eu vou.