Menina Mulher, não se sabia se ela era as duas ou uma, tudo levava a crer que era ambas. Eles se conheciam há muito tempo, tinham uma relação ímpar, um compreendia o outro com uma simples troca de olhar, não precisavam dizer, bastava sentir, existir.
Por um lado era ela uma menina, era aventureira, ela o retirava da cidade grande, com o intuito de escapar da rotina, ela o instigava a ser quem ele é, e ele da mesma forma, faziam suas verdadeiras essências regressarem; de outra forma ela era a sua fortaleza, ambos se sentiam seguros só por estarem perto um do outro, eram o “porto seguro” mútuo, bem da verdade, eles se prendiam para se “libertar”.
Seu olhar era de menina sapeca, ele nutria uma vontade de cuidá-la, já ela queria esse zelo, quando o véu de maia a contaminava, ele era o conforto para retirar o desconforto, seus olhos eram repletos de mistério, ao mesmo tempo em que ele sabia tudo sobre ela, não sabia, e isso era fascinante e encantador; enquanto que o olhar dela era a luz reluzente de que teriam lindos frutos, ele queria a doçura desse olhar em seus descendentes.
A voz dela era uma melodia para seus ouvidos, delicada, meiga, soava como mel, era um mantra divino ouvi-la; já as palavras que saíam de seus lábios eram a entonação da sabedoria, ele mergulhava na profundidade do seu saber, da mesma forma, ela era fascinada para escutar sobre suas histórias. O que era um beijo se podiam ter os seus olhares!
Você também pode gostar
- Aprenda se é possível viver de amor
- Avalie quando o amor em excesso pode te fazer mal
- Explore as definições encantadoras do que é amor
Era uma relação nobre que ultrapassava tempo e espaço, no entanto, não era sempre que eles tinham a benção da convivência, por muitas vezes tiveram caminhos opostos, por terem missões diversas, não se cruzaram, mas no seu âmago sabiam da existência do outro, embora fossem inteiros sabiam que lhes restava uma parte, até porque tinham a certeza de que nunca era um adeus, mas, sim, um até breve, porque eram almas gêmeas.