Autoconhecimento Meditação

O Yin, o Yang e os julgamentos

Escrito por Ricardo Ricchini

Nós tendemos a perceber mais os exageros e menos as sutilezas.

Então, quando conhecemos uma pessoa muito “zen” ou muito “elétrica”, acabamos por julgar as duas como negativas.

O zen não liga para dinheiro, para aparência… Está sempre tudo bem. Nunca vai ser alguém na vida.
O elétrico não se observa, fica sempre buscando algo inalcançável. Nunca vai ser feliz.

Meu convite é para você notar a polaridade oposta dessas pessoas. Em que momento o zen é também ativo e onde o elétrico se recolhe. Serão eles tão desequilibrados assim?

Na observação verdadeira, não existem julgamentos, pois você despreza sua opinião pessoal e foca na verdade. É uma maneira de expandir sua consciência e usar sua empatia.

É possível então perceber que, para conhecer melhor o outro, é aconselhável, antes de tudo, se conhecer mais. E o que vemos nos outros, pode ser também um reflexo do que somos.

Todos os seres humanos têm energias ativas e passivas. E toda vez que exageramos na ação, colocando toda a nossa atenção para fora, sofremos. Quando o excesso é na introspecção, sofremos.

Isso acontece por falta de equilíbrio. Se conseguirmos identificar as nossas características pessoais ou o momento de vida pelo qual passamos, entendendo como estamos lidando com as nossas energias, podemos harmonizá-las.

Essa harmonia nos faz tomar decisões mais assertivas, porque não existe nenhuma tendência gerada pelas nossas energias desequilibradas. Tomar boas decisões faz subir nossa autoestima, o que nos faz buscar por mais equilíbrio. Isso cria uma espiral ascendente de evolução pessoal.

Apesar desse benefício, podemos ir além das nossas conveniências ao considerarmos o todo. O universo está em constante movimento. O fluxo de acontecimentos pede que saibamos nos posicionar. Quando nos flexibilizamos, passamos a entender mais facilmente qual energia devemos utilizar no momento adequado. Nessa hora, não estamos trabalhando apenas a nossa energia, estamos entrando em harmonia com o universo, o que gera menos resistência e traz mais felicidade.

Quando alcançamos esse estágio, o início desse artigo não faz mais sentido. Nosso “julgamentalismo” diminui, porque o nosso equilíbrio nos impede de dar atenção ao desequilíbrio dos outros.

O universo está em constante movimento.

Se você tem real interesse em buscar uma vida com energias harmonizadas, pode buscar por autodesafios com a polaridade oposta ao desequilíbrio que pode enxergar em si.

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Quem está mais passivo pode focar em se doar, em construir, em contribuir e colaborar.
Quem está mais ativo pode se concentrar em entender, em escutar, em ler, ou seja, em aprender.

Independentemente de sua energia estar mais passiva ou mais ativa, só aconselho uma coisa: não acredite em nada do que eu escrevi. Teste na prática, pois só assim vai saber se o conhecimento faz sentido para você.

Conhecimento aplicado vira sabedoria e isso é tudo o que importa.

Sobre o autor

Ricardo Ricchini

Professor de meditação, autor, palestrante e especialista em negociações

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