O Natal é uma celebração muito aguardada ao longo do ano. As crianças ficam ansiosas pelos presentes que receberão do Papai Noel, as pessoas religiosas preparam-se para celebrar o nascimento de Jesus Cristo e aquelas que adoram as comidas natalinas fazem a festa quando a data está se aproximando. Mas se engana quem pensa que tudo são flores nessa época tão esperada.
Além da religião, o Natal é entendido como uma comemoração para celebrar o amor que há entre as pessoas de uma família, para demonstrar a sua gratidão por tudo que conquistou ao longo do ano e para materializar em presentes toda a felicidade que sentimos por ter tantas pessoas queridas em nossa vida. Em teoria, é uma das datas mais lindas do ano, quando se transborda amor e carinho.
No entanto, em muitas famílias o Natal representa um momento de estresse, de acúmulo de tarefas e de desconforto. Quantas vezes você encontrou alguém da sua família com quem não tinha afinidade e teve que fingir que estava tudo bem, só porque era Natal? Ou então talvez você tenha precisado fazer as pazes com alguém que te magoou o ano inteiro, exclusivamente para não deixar a festa com um clima pesado.
Qualquer gesto de carinho, de amor e de gratidão que fazemos por obrigação perde seu valor. Os presentes, as boas conversas e a felicidade que sentimos ao ver alguém devem surgir naturalmente, como manifestações do que realmente sentimos. Sendo assim, por que demonstrar, de forma forçada, algo que não sentimos? Qual é o valor que esse gesto terá para a pessoa que o recebe e para a pessoa que o faz?
Aprendemos com nossos familiares que o Natal é um momento feliz, de celebração, quando nada de errado ou de ruim pode acontecer. Então, conforme a data se aproxima, tentamos mudar nossos sentimentos sobre alguém somente para preservar a tradição da festa. Passamos por cima dos nossos sentimentos verdadeiros e incorporamos uma imagem de amor e de alegria que irá durar algumas horas.
Assim, em vez de incorporar o tão conhecido espírito natalino, acabamos construindo uma versão desonesta de quem somos e do que sentimos. Se você e outra pessoa da sua família não se dão bem, por que devem fingir que se amam mais que tudo durante o Natal? Se uma pessoa não te respeita e já deixou claro que a sua existência a incomoda, por que ela é merecedora do seu afeto?
Em qualquer ocasião do ano, devemos nos cercar de pessoas que nos amam e nos querem bem. Quanto mais dermos espaço para a falsidade e para um amor simulado, mais distantes estaremos de quem realmente somos. No Natal não deveria ser diferente. Não há necessidade de presentear, de perdoar e de receber na sua casa aqueles que nunca quiseram o seu bem.
Pode parecer estranho pensar dessa forma, considerar que as obrigações natalinas nos distanciam de quem somos, mas é essencial abrir os olhos para essa nova perspectiva. Se o Natal é mesmo um momento de celebração e de amor, que vivamos essa data ao lado de quem cultivou os melhores sentimentos por nós ao longo de todo o ano!
Para incorporar o espírito natalino e para demonstrar os seus melhores sentimentos, você precisa aprender a recusar a presença de quem te incomoda e saber dizer “não” para aqueles convites que foram feitos somente por causa de um protocolo de boa educação. A seguir, aprenda a deixar o seu Natal mais sincero!
Não sou obrigada(o)!
Imagine que durante todo o ano você e uma pessoa discordaram e discutiram de forma agressiva sobre algum assunto. Ou então que ela tomou uma série de atitudes que sabia que iriam te machucar. Essa pessoa não nutriu sentimentos positivos por você durante todo o ano, então é melhor que ela passe o Natal ao lado de quem ela realmente ama.
Em vez de convidar essa pessoa para a sua casa, mesmo que ela seja da família, explique para os seus outros parentes que você prefere estar ao lado dos familiares e dos amigos mais próximos ou diga a verdade e fale que você não se sente bem com a presença dessa pessoa na sua casa.
Pode ser que aqueles que te amam tentem te fazer mudar de ideia. É normal, já que eles ainda acreditam que as obrigações natalinas devem superar qualquer desavença. O que você pode fazer, nesse caso, é mostrar que nessa data tão feliz e tão amorosa você quer estar perto de quem está com você durante os momentos mais felizes e mais difíceis, te apoiando e te ouvindo.
É importante que você persista no seu posicionamento mesmo que os seus familiares ou os seus amigos estejam te pressionando a mudar de ideia. Talvez eles não entendam os seus sentimentos por essa outra pessoa, e por isso acreditam que o desentendimento pode ser superado. Mas se essas pessoas realmente estão ao seu lado elas vão entender que é muito mais sincero comemorar a união e o amor com quem valoriza e preza por esses sentimentos!
Hoje não!
Sabe quando você recebe um convite que tem certeza de que foi feito por obrigação? Só porque a pessoa queria passar uma imagem de que ela é educada e que pode superar, por um dia, as desavenças que existem entre vocês? O melhor a fazer nesses casos é recusar o convite.
Você não precisa dizer que não vai passar o Natal com essa pessoa de forma agressiva. Você pode falar que já se planejou para fazer outra coisa, para encontrar outras pessoas, e que será melhor assim. Se a outra pessoa te convidou por obrigação, internamente ela ficará até feliz por você ter feito isso.
Não tenha medo de como o restante da família pode reagir a essa atitude. É claro que existirá uma pressão por parte de terceiros, mas mantenha a sua essência e a sua sinceridade. Mostre que você quer celebrar o Natal ao lado de quem realmente importa para você, sem correr o risco de causar qualquer desconforto.
Bônus: que tal uma mãozinha?
Outra obrigação natalina que é muito estressante é a de cozinhar para todas as pessoas. Como se não bastasse decorar a casa, comprar os presentes e manter um sorriso no rosto, normalmente uma pessoa precisa realizar todo o trabalho sozinha. Não é justo, não é?
Se você cansou de carregar o Natal nas costas, tome uma atitude. Peça às pessoas convidadas que levem um prato, convide uma delas para te ajudar na cozinha ou deixe a decoração para alguém que mora com você.
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O Natal é uma época de amor, de união e de harmonia, que não combina com sobrecarga de funções e estresse. Não tenha vergonha de pedir ajuda! Será muito mais prazeroso participar de uma festa feita em grupo do que organizar tudo para todo mundo, sem qualquer ajuda.
Para que as obrigações natalinas não te consumam todos os anos, adote uma postura mais sincera. Diga quando não quiser encontrar alguém, peça ajuda na hora da festa. Celebre o Natal com o amor e com a harmonia que a data exige, mostrando que você quer estar ao lado de quem realmente se importa com o seu bem-estar!