No mundo moderno, nos questionamos sobre o que fazer para sermos felizes. Não basta termos os bens materiais que desejamos outrora, queremos mais. Não basta a família serena e em harmonia, queremos momentos de festas com muita bebida e comida. Não basta o emprego que nos garante o sustento, queremos mais, queremos salários mais altos, mais luxo.
De três pessoas que me procuram como analista, uma delas está insatisfeita com a vida atual, ou o emprego, ou o modelo familiar, ou com ela mesma, ou com o país, ou com o todo. Quando peço a elas para explicar o que as incomoda, após minutos de reflexões, todas são unânimes: “É, acho que o problema sou eu mesmo”. É interessante que muitos tenham em seu inconsciente essa afirmação, mas não consigam racionalizá-la de forma que possa tornar-se útil em sua vida para a evolução.
Sei que, em momentos de tormenta, muitos de nós nos questionamos sobre as provas pelas quais passamos, vivenciando momentos de tristezas e lamentações, mas sejamos honestos: isso nos ajudou em algum momento? Lamentar, reclamar, questionar, nos revoltar ajudou a solucionar alguma dificuldade pela que passamos? Creio que muitos estejam respondendo “não”.
As lamentações geram um sentimento de angústia que, por sua vez, se transforma em ansiedade. A ansiedade em excesso pode gerar neuroses e transtornos psicóticos que nos desequilibram, tornando-nos seres doentes.
Se eu acredito que podemos ser felizes sempre? Sim. A felicidade não é ficar esbanjando um sorriso amarelo e falso pelos quatro cantos do mundo, mas suportarmos nossas diferenças com o todo, suportarmos nossos defeitos, aceitando-os e corrigindo-os na medida do possível.
E, respondendo a questão acima, onde está a verdadeira felicidade, digo: está no interior de cada um de nós e está no todo; está naquele que cuida do todo, pensando nas gerações futuras sem esperar nenhuma recompensa do próximo; está naquele que aceita seus defeitos e segue a vida buscando seu melhor; está naquele que não perde a esperança mesmo que haja pedras no caminho; está naquele que acredita, que tem fé em algo, mas não perde um amigo defendendo seus ideais; está naquele que encara a vida de frente, assumindo a responsabilidade por seus atos sem carregar a mochila pesada da culpa; está naquele que não espera o amanhã nem se lamenta pelo ontem, mas que vive o hoje com o coração aberto para doar e receber o amor.
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Pare um instante em sua vida, pense em você vivenciando tudo isso, verdadeiramente, sinta a leveza que isso traz a você, ao seu interior, e sinta a verdadeira felicidade dentro de si.
Pratique essa reflexão, busque em seu dia a dia mudar seus pensamentos e atitudes de forma construtiva e sinta a verdadeira felicidade em sua vida.
Sabedoria e muita paz a cada um de vocês!