Estamos todos no mesmo barco. Uns no convés e outros no porão, na proa talvez ou, quem sabe, em uma bela cabine. Todos balançando conforme as ondas que vão e vem, em um delírio constante de pensamentos diversos ao sopro do vento que o mar liberta na sua imensidão.
Somos incapazes de deixar de sentir o prazer do balanço e a náusea da incapacidade de agir. Temos escolha? Pulamos na água? Temos para onde correr?
Quantas dúvidas! Onde estou? Diz a mente perturbada.
Encolhemo-nos ao chão acuados como bebês procurando alívio. Sentimos o ninar do mar embalando o nosso sono e trazendo a paz.
Onde estou? Grita novamente a mente doentia querendo fugir do aconchego do balanço da canção de ninar que o vento proporciona. Em um instante está de pé, em busca de caminhos novos e sem rumo para seguir.
Sofre novamente com a tormenta do desencanto até o momento que não mais aguenta e se entrega ao chão do barco buscando novamente a paz.
Todos somos marujos, oficiais ou meros passageiros deste grande barco que é a vida.
O comandante é Deus que tudo sabe e tudo provê.
A nós basta a confiança de que a cada balanço ou a cada solavanco que passamos, receberemos a calmaria na sequência. Não existe tempestade que não traga um belo amanhecer.
No barco da vida o vai e vem das ondas nos ensina a confiar mais, lutar mais, amar mais, aproveitar ao máximo cada momento ao lado das pessoas boas que nos cercam.
Você também pode gostar
Quando a tristeza nos envolver, olhemos para as estrelas ou o nascer do sol, assim teremos a certeza de um recomeço e esperança de algo melhor.
Somos todos viajantes de passagem marcada com data de ida e volta. A estadia boa ou má só depende de nós.