A escola é, sem sombra de dúvida, um espelho modelador para as crianças a par com a família e o ambiente doméstico.
Muitos são os pais que se debatem sobre qual a melhor alternativa na formação escolar dos filhos, mesmo em idades muito precoces. Os jardins infantis invariavelmente possuem as mesmas gamas de oferta. Existem uns poucos exemplos que têm uma abordagem alternativa na educação das crianças. Colocar numa ama (babá) centraliza na comodidade e também no fator segurança, é visto como uma opção mais acolhedora e intimista. Quem tem a possibilidade opta muitas vezes por criar em casa com a ajuda de outros familiares, muitas vezes os avós.
Principalmente desde a década de 80 que planos educacionais alternativos foram surgindo, planos esses que podem ser executados em casa ou no jardim de infância.
A escola tende a ser modeladora, segregadora, olhando para o grupo como um todo e não na sua individualidade e sobretudo prezando quase sempre as capacidades intelectuais que são pautadas por um conjunto de regras rígidas.
Muitas vezes a natureza da criança não é respeitada. As crianças são naturalmente ativas e curiosas, o aspecto sensorial é um importante veículo de absorção de novos saberes.
No que toca à sua experiência, às atividades que querem desenvolver, as crianças devem sentir-se livres para expressar as suas opiniões e agir livremente nesse âmbito. O seu tempo e ritmo deve se desenvolver de acordo com o que ela sente que precisa, sem limites impostos.
Há uma diferença substancial em dizer que educamos uma criança ou dizer que a ajudamos a se desenvolver.
Cada ser é único é são esses aspectos divergentes que devem ser explorados, mesmo que com acompanhamento e direcionamento em questões pertinentes. A criança deve ser livre para experienciar, questionar e dialogar. Atividades diversas devem ser praticadas, desde a jardinagem ao teatro, passando pelas experiências científicas e linguísticas. O seu desenvolvimento deve ser diverso, pois lhes abre a consciência da grandeza do mundo e de tudo o que é possível aprender.
O fracasso da escola tradicional, nos padrões que seguem quase inalterados por anos, está em querer que todos aprendam exatamente o mesmo e no mesmo ritmo. Acaba por criar um bloco em que quem não se integrar e se perder no compasso de tempo fica para trás. O grupo segue como se de um todo homogêneo se tratasse. Assim sendo, a criatividade, as curiosidades individuais, o que nos permite pensar fora do que é normativo é simplesmente eliminado. O aluno posiciona-se como um espectador durante a sua aprendizagem, intervindo apenas quando assim é solicitado. A memorização sobrepõe-se à experiência.
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Quando pensamos num outro tipo de ensino, colocamos o aluno e o professor a percorrer um caminho em que um orienta o outro e espera que, por si, a seu tempo chegue às suas conclusões. A intuição, a forma individual de ver o mundo acabam por ter um papel de destaque. Há vários estudos que comprovam que crianças que frequentam esse tipo de ensino estão mais felizes e integradas e mostram maior vontade de aprender, e o abandono escolar é mais reduzido. Benjamin Franklin tem uma frase que resume bem esse espírito de ensino: “Fale e eu esquecerei; ensine-me e eu poderei lembrar; envolva-me e eu aprenderei”.