Educação dos filhos

Optar por educação alternativa ao convencional

Menina na mesa de casa estudando com livros ao lado
123RF | Olga Yastremska
Escrito por Fabiano de Abreu

A escola é, sem sombra de dúvida, um espelho modelador para as crianças a par com a família e o ambiente doméstico.

Muitos são os pais que se debatem sobre qual a melhor alternativa na formação escolar dos filhos, mesmo em idades muito precoces. Os jardins infantis invariavelmente possuem as mesmas gamas de oferta. Existem uns poucos exemplos que têm uma abordagem alternativa na educação das crianças. Colocar numa ama (babá) centraliza na comodidade e também no fator segurança, é visto como uma opção mais acolhedora e intimista. Quem tem a possibilidade opta muitas vezes por criar em casa com a ajuda de outros familiares, muitas vezes os avós.

Meninas na sala de aula fazendo atividades
Pragyan Bezbaruah / Pexels

Principalmente desde a década de 80 que planos educacionais alternativos foram surgindo, planos esses que podem ser executados em casa ou no jardim de infância.

A escola tende a ser modeladora, segregadora, olhando para o grupo como um todo e não na sua individualidade e sobretudo prezando quase sempre as capacidades intelectuais que são pautadas por um conjunto de regras rígidas.

Muitas vezes a natureza da criança não é respeitada. As crianças são naturalmente ativas e curiosas, o aspecto sensorial é um importante veículo de absorção de novos saberes.

No que toca à sua experiência, às atividades que querem desenvolver, as crianças devem sentir-se livres para expressar as suas opiniões e agir livremente nesse âmbito. O seu tempo e ritmo deve se desenvolver de acordo com o que ela sente que precisa, sem limites impostos.

Irmã ajudando irmão com a lição de casa
Andrea Piacquadio / Pexels

Há uma diferença substancial em dizer que educamos uma criança ou dizer que a ajudamos a se desenvolver.

Cada ser é único é são esses aspectos divergentes que devem ser explorados, mesmo que com acompanhamento e direcionamento em questões pertinentes. A criança deve ser livre para experienciar, questionar e dialogar. Atividades diversas devem ser praticadas, desde a jardinagem ao teatro, passando pelas experiências científicas e linguísticas. O seu desenvolvimento deve ser diverso, pois lhes abre a consciência da grandeza do mundo e de tudo o que é possível aprender.

O fracasso da escola tradicional, nos padrões que seguem quase inalterados por anos, está em querer que todos aprendam exatamente o mesmo e no mesmo ritmo. Acaba por criar um bloco em que quem não se integrar e se perder no compasso de tempo fica para trás. O grupo segue como se de um todo homogêneo se tratasse. Assim sendo, a criatividade, as curiosidades individuais, o que nos permite pensar fora do que é normativo é simplesmente eliminado. O aluno posiciona-se como um espectador durante a sua aprendizagem, intervindo apenas quando assim é solicitado. A memorização sobrepõe-se à experiência.

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Quando pensamos num outro tipo de ensino, colocamos o aluno e o professor a percorrer um caminho em que um orienta o outro e espera que, por si, a seu tempo chegue às suas conclusões. A intuição, a forma individual de ver o mundo acabam por ter um papel de destaque. Há vários estudos que comprovam que crianças que frequentam esse tipo de ensino estão mais felizes e integradas e mostram maior vontade de aprender, e o abandono escolar é mais reduzido. Benjamin Franklin tem uma frase que resume bem esse espírito de ensino: “Fale e eu esquecerei; ensine-me e eu poderei lembrar; envolva-me e eu aprenderei”.

Sobre o autor

Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu Rodrigues é um jornalista, psicanalista, neuropsicanalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e especialista em neurociência cognitiva e comportamental, neuroplasticidade, psicopedagogia e psicologia positiva.

Pós PhD em Neurociências e biólogo membro das principais sociedades científicas como SFN - Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Sigma XI, sociedade científica onde os membros precisam ser convidados e que conta com mais de 200 prêmios Nobel e a RSB - Royal Society of Biology, maior sociedade de biologia sediada no Reuno Unido.

É membro de 10 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa, Intertel, ISPE, Triple Nine Society, coordenador Intertel Brazil, diretor internacional da IIS Society e presidente da ISI e ePiq society, todas sociedades restritas para pessoas com alto QI comprovados em testes supervisionados. Criou o primeiro relatório genético que estima a pontuação de QI através de teste de DNA e o projeto GIP - Genetic Intelligence Project com estudos genéticos e psicológicos sobre alto QI com voluntários.

Autor de mais de 50 estudos sobre inteligência, foi voluntário em testes de QI supervisionados, testes genéticos de inteligência e estudo de neuroimagem já que atingiu a pontuação máxima em mais de um teste de QI em mais de um país corroborando com os demais resultados genéticos e de neuroimagem.

Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional.

Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo, criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil.

Lançou os livros “Viver Pode Não Ser Tão Ruim”, “Como Se Tornar Uma Celebridade”, “7 Pecados Capitais Que a Filosofia Explica” no Brasil, Angola, Paraguai e Portugal. Membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo, Fabiano foi constatado com o QI percentil 99, sendo considerado um dos maiores do mundo.

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