O mundo nos reserva a companhia de fantasmas ao longo de toda a existência. Primeiro, os que infestam o imaginário infantil e escolhem esconder-se debaixo de nossas camas, forçando-nos a povoar nosso universo de super-heróis, fadas-madrinhas e anjos celestiais para nos sentirmos protegidos deles.
Algum tempo depois, descobrimos que esses eram os inimigos mais fáceis de vencer, pois os de agora não são mais encontrados e expulsos de debaixo da cama pelos guerreiros de sempre: escondem-se no fundo de nós, a cujos labirintos nós mesmos não conseguimos, às vezes, ter acesso, e é quando se tornam invencíveis, caso não consigamos decifrar o mapa do caminho para a liberdade.
Daí só nos resta aprender a conviver com os que são possíveis de serem suportados, ou encarar de frente os que não o são até descobrirmos a fórmula que nos permita expulsá-los de nós, devolvendo-lhes características de inimigos que possam ser combatidos como algo externo aos nossos insondáveis labirintos.
A melhor forma de fazer isso é identificá-los, subtraí-los de seus esconderijos nos recônditos do ser e trazê-los à luz da compreensão para que nos exponham suas vulnerabilidades, em vez de nos deixarmos, nós próprios, permanecer fragilizados e dominados por eles. Faz-se necessário promover encontros mais frequentes com nossa essência, fazer as pazes com ela para, finalmente, transformá-la de novo em parte indivisível do eu conhecido.
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Por último, fundamental se faz identificar a natureza dos elementos agora banidos que produzem desencontros – ameaças latentes para esse Eu agora integral –, de forma a manter segura distância de tudo o que lhes permita retornar em metástase e se reestruturarem como novas células cancerígenas do espírito.