Seguido da atividade de Arteterapia anterior, onde foi proposto que cada participante se representasse através da modelagem de uma árvore feita com argila e contendo detalhes e representações relativos a características pessoais.
Dessa forma, visamos resgatar a importância do autoconhecimento e da transmutação dos potenciais internos em benefício de si próprio e também de um melhor relacionamento com os seus familiares.
Feito isso, após uma semana, nos reencontramos no ateliê e foi proposto a cada um que analisasse sua “Árvore” e dissesse o que em sua opinião estava faltando no trabalho artístico.
Assim, cada um observou o trabalho e, momentos depois, disseram que faltavam vegetação, folhas e pássaros.
Depois de todas as opiniões expostas, o Arteterapeuta relembrou as participantes da ausência de um dos bens mais importante das Árvores: os frutos, que demonstram a riqueza e a pureza interior.
Além disso, também detalhou que cada Árvore é formada por inúmeros elementos e nutrientes ecológicos, assim como cada pessoa tem, internamente, uma parte genética de cada um de seus familiares: pai, mãe, avós e outras pessoas das gerações presente e passada.
Dessa forma, carregam dentro de si a genética e os infinitos estímulos de comportamentos advindos de seus familiares, beneficiando-se com a imensa carga afetiva que lhe é herdada, auxiliando em melhores interações e participação nas experiências em geral.
Porém, de outro lado, tendem a ter muito cuidado com os conflitos familiares e complexos que possam estar inseridos e/ou se desenvolverem ao longo do tempo e que possam atrapalhar e prejudicar as ações e os comportamentos pessoal e coletivo. (BOECHAT, 2011)
Terminadas as explicações, as participantes foram orientadas a fazer os frutos que faltavam em sua Árvore, simbolizando as vontades e ações faltantes para que a família vivesse melhor, com mais união e confraternização.
Nesses momentos, ambas utilizaram diferentes cores de massa de biscuit e detalharam minuciosamente suas expressões artísticas, nomeando vibrações de amor e paz aos entes queridos por meio de cores e formas.
Depois de terminado, organizamos os materiais, a sala e cada participante apresentou seu trabalho, explicando o porquê dos frutos e como ajudariam na melhor convivência com os familiares.
A participante A expressou frutos em busca de amor, troca recíproca de seus atos e sentimentos de paz, união e felicidade com os familiares. Entretanto, ela demonstra certo grau de ansiedade, necessitando se equilibrar e gradualmente agir com mais atenção e carisma em suas experiências atuais.
Já a participante B demonstra maior equilíbrio e conexão com a intuição. Ela, aliada ao tempo e à presença de sua determinação, poderá concretizar as mudanças que tanto almeja.
Com o término dessa etapa, nos concentramos para o fechamento da oficina através da leitura de um pensamento:
“Se no local onde vive há problemas, você faz parte dos problemas. Seja a pessoa que deseja que o outro seja.”
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(Autor Desconhecido)
Conheça a Arte da terapia e enriqueça-se com sentimentos e melhores resultados essenciais aos crescimentos pessoal, familiar, profissional e social.
Referências Bibliográficas:
BERNARDO, P. P. A prática da Arteterapia. Correlações entre temas e recursos, vol. VI: sexualidade, o sagrado e a arteterapia: aproximações mitológicas entre Oriente e Ocidente. São Paulo : Arteterapinna Editorial, 2011.
BOECHAT, P. Terapia Familiar: mitos, símbolos e arquétipos. 3 ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2011.
CARNEIRO, C. Arte, neurociência e transcendência. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2010.
CURY, A. Pais brilhantes formam sucessores, não herdeiros. São Paulo: Saraiva, 2014.