Autoconhecimento Comportamento Convivendo Tecnologia

Os rumos da vida

Imagem de várias cabeças desenhadas em papel amassado e em destaque o planeta terra. A imagem traz o conceito de transformação e novos rumos na vida.
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Escrito por Luiz Guimaraes

A tecnologia avança, mas sem o cultivo das virtudes, a humanidade se distancia do essencial: o despertar do espírito. O progresso real exige equilíbrio entre razão e emoção, ciência e moralidade. A evolução é inevitável, e, no tempo certo, todos compreenderão que o verdadeiro caminho é o bem.

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim” – João 14:6.

O desenvolvimento tecnológico vem ocorrendo com uma celeridade inimaginável. As inteligências movimentam-se para o progresso da humanidade. Porém, nem sempre se prendem, infelizmente, à nobreza dos sentimentos do ser humano, afastando-o do caminho do bem.

A busca do “ter” deprime a nossa luz interior, onde dormita o “ser”, que abriga a Centelha Divina em todos nós. O mal é criação do homem, sendo, pois, imperfeito e passageiro. Caminhando para tornar-se um Planeta de Regeneração, a Terra passa por transformações de toda ordem, onde as consciências despertarão para a predominância do bem.

Essa mudança vem ocorrendo há tempo, estando a humanidade bem próxima da ruptura dos conceitos equivocados. O banimento de certas posturas está chegando e, quem estiver atento, observará esses fatos.

Divaldo Pereira Franco nos diz no Livro Transição Planetária, pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, pág. 26: “As grandes transformações, embora ocorram em fases de perturbação do orbe terrestre, em face dos fenômenos climáticos, da poluição e do desrespeito à Natureza, não se darão em forma de destruição da vida, mas de mudança de comportamento moral e emocional dos indivíduos, convidados uns ao sofrimento pelas ocorrências e outros pelo discernimento em torno da evolução.”

Nossas imperfeições precisam ser buriladas! O reconhecimento dessa realidade ainda não chegou a todos. Há aqueles que continuam inertes para as imperiosas mudanças, permanecendo na insensatez da maldade.

A ciência continua levando-nos ao progresso, mas a aquisição das virtudes que devemos cultivar estão muito aquém daquilo de que precisamos. Nelas repousa o tesouro da nossa evolução moral.

Segundo Platão (Século IV a.C.), “As virtudes são forças da alma que direcionam o ser humano para o bem. Ele acreditava que as virtudes são acessíveis a todos e que a busca por elas deve ser constante, ao longo de toda a vida.”

Sobre nossas conquistas científicas, citamos a inteligência artificial (IA), como um fato revolucionário! Aprimoram-se as máquinas, confirmando o progresso que já vivemos. O quociente de inteligência (QI) avalia o grau de aptidão que temos para a realização de tarefas. Nesse contexto, o quociente emocional (QE) fica em plano secundário, sendo, contudo, da maior importância para discernirmos sobre as nossas emoções e disciplinarmos os nossos sentimentos.

Imagem de um computador e um cérebro conectados, trazendo o conceito de inteligência artificial.
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No livro Inteligência Emocional de Daniel Goleman, pág. 98, encontramos: “Conhecer as próprias emoções. Autoconsciência – reconhecer um sentimento quando ele ocorre – é a pedra de toque da inteligência emocional”.

Os ensinamentos do Mestre Jesus continuam ignorados por muitos. Entretanto, a Lei do Progresso é inevitável e todos nós, sem exceção, somos regidos por ela. Cada um, a seu tempo, perceberá essa necessidade de elevação espiritual.

Através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, no Livro Rumo Certo, pág. 16, encontramos: “Esperas encontrar ansiosamente o Senhor e um dia chegarás à Divina Presença; entretanto, antes de tudo, a vida te encaminha à presença do próximo, porque o próximo é sempre o degrau da bendita aproximação.”

Para esse mister, é indispensável sabermos conviver com as diferenças. O conhecimento próprio e a prática da empatia para com os nossos semelhantes correspondem à chave da compreensão, tolerância e indulgência. Esses são os elementos que nos oportunizam evoluir, envolvidos que estaremos com os sentimentos elevados.

Carlos Antônio Bacelli, no Livro do Outro Lado do Espelho, pág. 2, relata: “Do outro lado do Eterno Espelho da Vida, o homem sempre se deparará com a imagem real de si. Liberto dos contornos ilusórios da matéria, os seus autênticos traços intelecto-moral se lhe acentuarão no espírito. A voz da consciência lhe falará sem qualquer subterfúgio e ele não conseguirá, por mais tempo, ignorar a Verdade.”

Que Jesus abrigue em nossos corações e sua Divina Luz desperte nossas consciências.

Sobre o autor

Luiz Guimaraes

Sou médico diplomado no ano de 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Já era funcionário do Banco do Brasil e em 1977 assumi o cargo de médico no serviço da Instituição. Em 1988, assumi a chefia daquele serviço e em 1996 aposentei-me. Escrevo para o Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco (ambos em Recife) sobre a Doutrina Espírita e também sobre nossa conjuntura política. Sou membro efetivo da Academia Pernambucana de Música desde 1998.

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