Sem dúvidas, a maternidade estabelece vínculos que se iniciam antes do nascimento. Durante a gestação, as mães já amam e doam-se incondicionalmente. Mas, além desse amor desmedido, a maternidade também é repleta de responsabilidades. Mães vegetarianas são repreendidas, até mesmo condenadas por esse hábito alimentar, que pode ser mantido durante a gravidez, desde que seguidas as recomendações médicas. Elas ouvem todo tipo de discurso para mudarem de ideia.
Antes de falarmos sobre os tipos de maternidade, é preciso falar sobre as escolhas atreladas. Por exemplo, o parto é algo que cria muita polêmica. O parto normal é o mais aconselhado, pois, oferece menos riscos de infecção e hemorragia. Porém, outras modalidades estão em voga. O parto domiciliar oferece conforto emocional à gestante. O parto de cócoras, onde a mãe fica em uma cadeira ou em um banco especial permite a saída do bebê e alivia as dores das contrações. O parto na água, a mãe dá à luz dentro de uma banheira com água morna vem sendo bastante requisitado pelas mulheres, por ser mais confortável e porque a temperatura alivia as dores das contrações.
As futuras mães que optam pelo parto domiciliar e o na água são severamente criticadas. Elas são acusadas de colocarem as vidas das crianças em risco, sem ao menos saber que tanto um como o outro é acompanhado por um enfermeiro-obstetra e por um médico, além de ser autorizado pelo profissional de saúde. Quem recrimina o parto na água não sabe que ele não é indicado para gestantes diabéticas, hipertensas, com herpes genital ativo, hepatite B e HIV positivo.
E o que dizer da cesárea? Nem sempre a mãe escolhe esse tipo de parto para não sentir dor, ou então, para que a criança nasça em condições astrológicas favoráveis. Quando o bebê está em uma situação inadequada ou há deslocamento prematuro da placenta e o parto normal coloca a vida da mãe e da criança em risco. Portanto, antes de criticar, procure saber por que o médico indicou a cesárea.
Direto ao ponto
Outra questão sobre a maternidade são os estereótipos. O maior deles é que “mãe é tudo igual, só mudam de endereço”. Isso é um mito, porque, cada pessoa tem uma personalidade. Entendemos por personalidade a combinação de fatores biológicos, socioculturais e psicológicos. Também podemos definir personalidade como o conjunto de padrões psicológicos que direcionam a maneira de pensar, agir e sentir. Os tipos mais comuns de personalidades são: racional, cujos pontos fortes estratégia e lógica, idealista, definida pelo otimismo, fé e persistência, guardião, caracterizada pela seriedade e estabilidade e por fim, a personalidade artesã determinada pela autoconfiança e ousadia.
Produção independente
Cresce o número de mulheres que partem para a produção independente. Algumas estão com 35, outras passaram dos 40, não encontraram o parceiro ideal e não querem mais adiar o sonho. Com a redução na quantidade e da qualidade dos óvulos, a medicina reprodutiva permite que elas engravidem nesse período biológico desfavorável. Mulheres com baixa contagem de óvulos podem congelar seus óvulos. Quem não possui óvulos próprios recorrem à doação de óvulos. Outra possibilidade é a doação de espermatozóides.
A fertilização in vitro faz a fecundação artificial e depois transfere os embriões para o útero. O índice de gravidez costuma ser alto, já que os óvulos ou espermatozóides foram recolhidos de pessoas saudáveis em idade reprodutiva.
A mulher que decide ser mãe sem ter um companheiro não é egoísta. E quem se pergunta se a ausência do pai causa traumas, a psicóloga Caroline Geocze esclarece que os danos emocionais ocorrem porque algumas mães que não sabem a melhor forma de lidar com isso. Por essa razão, a verdade sempre deve ser dita, levando em consideração a compreensão e a maturidade da criança, enfatiza Geocze. A figura masculina pode ser exercida pelo avô, tio ou padrinho.
Os desafios da maternidade após os 35 são os mesmos enfrentados por mulheres mais jovens. Com o nascimento da criança, as mães renascem, se redescobrem e se reinventam. Portanto, a produção independente não deve ser visto como um tipo de maternidade, e sim como uma forma de chegar a ela. Se a mulher tiver estrutura psicológica e financeira para ter um filho, ela deve procurar clínicas especializadas para realizar todos os exames necessários, a fim de garantir o sucesso da produção independente.
Adoção
Muitas mulheres tornam-se mães graças à adoção. A assim como a produção independente, a adoção requer estabilidade psicológica e financeira. O processo demora, pois, é cumprido o processo de habilitação. O interessado precisa esperar os que se cadastraram primeiro adotem. É necessário fazer cursos, fazer cursos, passar pelo processo de adaptação quando tiver encontrado uma criança.
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Os desafios diários são mais intensos, pois, mãe e filho precisam absorver um ao outro para entenderem as particularidades de cada um. A criação do vínculo é difícil, às vezes parece que não vai fluir, porém, quando ambos conseguem verdadeiramente abrir mentes e corações, a mulher consegue “parir com o coração” e o fato da criança ser adotiva passa a ser meramente burocrática.