Era um domingo de Páscoa. O ano era 2017. Já era noite e estava prestes a dormir, quando, rolando a tela do celular, me deparei com uma foto de 2012 – da minha primeira viagem sozinha. Lembro-me, até hoje, da sensação de liberdade que tive durante toda aquela viagem e como me sentia eu mesma, pela primeira vez na minha vida.
Desde a minha infância, era uma pessoa extremamente tímida e, por isso, sofria quando não conseguia me socializar tão bem. Toda vez que me via em situações em que precisava interagir com pessoas que não conhecia, me dava um branco completo, como se estivesse fazendo uma prova muito difícil – e isso era extremamente desconfortável para mim. Me culpava muito por não ser como as outras pessoas, que simplesmente conversavam entre si, e ponto. Sem neuras demais, como as minhas.
Mas, por incrível que pareça, naquela primeira viagem que fiz sozinha, em um ambiente totalmente diferente, convivendo com pessoas que nunca tinha visto antes, consegui ser eu mesma, livre para me expressar como bem entendia. E, assim, experimentei uma felicidade genuína, pois havia encontrado a mim mesma, profundamente – sem timidez, sem travas. E, sabendo que poderia ser assim, aos pouquinhos fui vencendo a minha timidez, depois de voltar para minha casa, para o meu cantinho.
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Olhando, ali, aquela foto, todos esses sentimentos voltavam à tona, e me emocionei bastante ao perceber tudo que havia vivido desde então. As conquistas e o aprendizado que tive, e como o tempo passou rápido… havia se passado cinco anos e eu, definitivamente, não era a mesma pessoa. O tempo praticamente voou. E nesse voar dos dias, dos meses, dos anos, me veio uma epifania muito forte, naquele instante… o que de valioso temos feito da nossa vida? Quem temos nos tornado? Quanto tempo gastamos vivendo no automático? Discutindo? Julgando? Nos importando com coisas que não fazem sentido? E o mais importante: deixando de ser amor? Amor para nós mesmos e para os outros à nossa volta?
Naquela noite, tive uma conversa sincera com a minha voz interior e chegamos à seguinte conclusão: a vida é valiosa e breve demais para perdermos tempo com o que não importa, com o que fomenta a segregação, a desigualdade, a distância e a ilusão. A vida é um suspiro, que só deve ser preenchido de amor e mais nada. Amor verdadeiro, que não escolhe objeto ou sujeito, que não coloca condições, que não cria expectativas.
Só aí entendi a minha missão. Ser esse amor. E mais nada… o resto é consequência.
Por isso, te convido neste momento a entrar em contato com a sua voz interior e seu maior guia: o seu coração. Aprenda a ouvir essa voz, que muitos conhecem como intuição. E o mais importante: aprenda a confiar nela. Somente ela te mostrará o caminho que a sua alma anseia em percorrer. Não existe força maior no Universo do que essa, pois ela é o Amor Puro e Verdadeiro, que guia cada um dos seus passos em direção à sua Luz Interior… que te aperfeiçoa, que te completa. Apenas ouça, confie e vá.
Vamos meditar? Namastê!
Link para a meditação: https://open.spotify.com/episode/5rvtaQKLokgGGNDWfSOrLX