A vida na terra é uma vida de provas e elas acontecem de tempos em tempos, justamente, nos momentos em que somos compelidos à mudança.
O ser humano traz uma tendência de buscar o conforto, por isso cria – através de suas próprias escolhas – modelos de comportamento que lhe tragam segurança e bem-estar. Desta forma, a vida se transforma em uma rotina, com ações repetitivas e o resultado é a inércia. No pano de fundo desse comportamento usual está um grande gigante da alma: o medo.
A mudança sempre foi tratada com periculosidade. As novidades assustam, pois acionam nossas inseguranças e nos obrigam a lidar com a própria “sombra”, pois é justamente diante do novo que ocorre a ressonância com os conteúdos do inconsciente. Convivemos sob forte influência dos registros deixados por questões que não foram bem resolvidas e é através da ação dos eventos do dia a dia que essas informações são tratadas. O Universo estará sempre nos obrigando a olhar para a própria sombra.
Um cidadão que trabalha há vinte anos em uma empresa, cumprindo normas e procedimentos padronizados, não entende o porquê, de repente é demitido; por que se vê obrigado a recomeçar e enfrentar os desafios de construir uma nova realidade. Não percebe que está diante de uma prova que tem o propósito de forçá-lo a desenvolver-se através do diálogo com esses conteúdos patológicos. Muitas vezes não percebe que a estabilidade daquela vida prosaica estava conspirando contra o seu crescimento. Toda natureza se desenvolve a partir de algum desafio, todo ser possui algum tipo de predador e precisa lutar pela sua sobrevivência, por que seria diferente com o ser humano?
O objetivo da existência é promover uma noção de realidade cada vez maior, por isso existem tantos desafios, por isso passamos por altos e baixos, pois é diante dos tombos que vamos aprendendo a andar e é diante do enfrentamento dos obstáculos que nossas potencialidades são acionadas, justamente, para que a consciência se expanda e deixemos a zona de conforto criada.
A evolução é uma Lei Natural, tudo precisa evoluir, pois essa é a dinâmica universal, não evoluir significa perder a sintonia com a natureza.
Nunca é tarde para aprender um novo idioma, voltar à faculdade, empreender algo novo, etc. O calvário do ser humano começa no momento em que ele perde o interesse pelo movimento, quando as suas crenças trabalham a favor da estagnação, não entende que nunca é tarde para aprender um novo idioma, empreender um novo negócio, voltar a faculdade, aprender tocar um instrumento, etc.
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A paz está no movimento e não na inércia. Para que a bicicleta se mantenha equilibrada é preciso pedalar, tudo trabalha constantemente na natureza.